INVESTIGAÇÃO
IGP faz nova perícia em passarela que desabou em camping de Sapiranga
Queda aconteceu no último domingo, na localidade de Picada Verão. Um homem morreu, e quatro pessoas ficaram feridas
Última atualização: 24/01/2024 14:09
Dois peritos criminais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram no camping Paraíso Verde, em Sapiranga, nesta quarta-feira (15), para coletar amostras de cabos de aço que sustentavam a passarela que despencou no último domingo. A queda da estrutura deixou um homem morto e quatro pessoas feridas. O material será analisado junto aos vestígios coletados na primeira perícia, com o objetivo de determinar as causas do desabamento. O laudo pericial deve ficar pronto em aproximadamente 60 dias.
A Polícia Civil aguarda o recebimento da análise do IGP para concluir a investigação. Por ora, já ouviu o responsável pelo camping e os sobreviventes, de 19, 21, 23 e 27 anos, que tiveram alta do hospital. Segundo o delegado Clóvis Nei, a família de Sapiranga havia chegado cedo à localidade de Picada Verão para aproveitar o domingo na propriedade. Gilmar Dias, de 50 anos, que faleceu no acidente, estava acompanhado da esposa, dos filhos e do genro.
Conforme relato de testemunhas à Polícia, o grupo caminhava sobre a ponte pênsil de maneira espaçada, quando a estrutura veio abaixo. A esposa de Gilmar, que havia decidido ir na frente, foi a única que conseguiu atravessar a passarela, saindo ilesa. Os outros cinco caíram sobre um riacho, quase seco. Gilmar era o último da fila e acabou atingindo uma das margens, junto à entrada da ponte. A estrutura tinha cerca de 20 metros de extensão, e altura entre 6 e 8 metros.
Em relação ao camping, a Polícia apurou que o espaço estava em situação irregular. "Eles tinham esse empreendimento há algum tempo [cerca de um ano e meio]. Não tem alvará de funcionamento, não tem PPCI [Plano de Prevenção Contra Incêndio], e não tem nada de engenharia em relação à essa ponte", afirma o delegado Clóvis Nei.
Sobre a construção da passarela, a Polícia diz que o atual responsável desconhece os detalhes, já que a estrutura teria sido instalada antes que assumisse o camping. Também não havia, segundo apurou a investigação até o momento, manutenção periódica que garantisse a sustentação da ponte. Peritos do IGP adiantaram ainda que, no local, faltava sinalização indicando o peso máximo suportado pela passarela.
O caso é investigado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), mas o delegado ressalta que aguarda o recebimento dos laudos de necropsia, lesão corporal e do local para concluir o inquérito.
Contraponto
A reportagem entrou em contato com o camping Paraíso Verde, que não se pronunciou sobre as irregularidades envolvendo o local. O espaço segue aberto para manifestação.
Pelas redes sociais, ainda no domingo, o estabelecimento lamentou o ocorrido, se solidarizou com os familiares das vítimas e afirmou que colabora com as autoridades.
Dois peritos criminais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram no camping Paraíso Verde, em Sapiranga, nesta quarta-feira (15), para coletar amostras de cabos de aço que sustentavam a passarela que despencou no último domingo. A queda da estrutura deixou um homem morto e quatro pessoas feridas. O material será analisado junto aos vestígios coletados na primeira perícia, com o objetivo de determinar as causas do desabamento. O laudo pericial deve ficar pronto em aproximadamente 60 dias.
A Polícia Civil aguarda o recebimento da análise do IGP para concluir a investigação. Por ora, já ouviu o responsável pelo camping e os sobreviventes, de 19, 21, 23 e 27 anos, que tiveram alta do hospital. Segundo o delegado Clóvis Nei, a família de Sapiranga havia chegado cedo à localidade de Picada Verão para aproveitar o domingo na propriedade. Gilmar Dias, de 50 anos, que faleceu no acidente, estava acompanhado da esposa, dos filhos e do genro.
Conforme relato de testemunhas à Polícia, o grupo caminhava sobre a ponte pênsil de maneira espaçada, quando a estrutura veio abaixo. A esposa de Gilmar, que havia decidido ir na frente, foi a única que conseguiu atravessar a passarela, saindo ilesa. Os outros cinco caíram sobre um riacho, quase seco. Gilmar era o último da fila e acabou atingindo uma das margens, junto à entrada da ponte. A estrutura tinha cerca de 20 metros de extensão, e altura entre 6 e 8 metros.
Em relação ao camping, a Polícia apurou que o espaço estava em situação irregular. "Eles tinham esse empreendimento há algum tempo [cerca de um ano e meio]. Não tem alvará de funcionamento, não tem PPCI [Plano de Prevenção Contra Incêndio], e não tem nada de engenharia em relação à essa ponte", afirma o delegado Clóvis Nei.
Sobre a construção da passarela, a Polícia diz que o atual responsável desconhece os detalhes, já que a estrutura teria sido instalada antes que assumisse o camping. Também não havia, segundo apurou a investigação até o momento, manutenção periódica que garantisse a sustentação da ponte. Peritos do IGP adiantaram ainda que, no local, faltava sinalização indicando o peso máximo suportado pela passarela.
O caso é investigado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), mas o delegado ressalta que aguarda o recebimento dos laudos de necropsia, lesão corporal e do local para concluir o inquérito.
Contraponto
A reportagem entrou em contato com o camping Paraíso Verde, que não se pronunciou sobre as irregularidades envolvendo o local. O espaço segue aberto para manifestação.
Pelas redes sociais, ainda no domingo, o estabelecimento lamentou o ocorrido, se solidarizou com os familiares das vítimas e afirmou que colabora com as autoridades.