EM BREVE
Vila Joaquina em Gramado deve abrigar empresas a partir do segundo semestre
Até cinco empreendimentos criativos serão selecionados e incubados nas cabanas que ficam ao lado do centro de cultura
Última atualização: 06/03/2024 11:03
O Território Criativo Vila Joaquina deve ter as primeiras empresas incubadas nas cabanas junto ao Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen, a partir do segundo semestre deste ano. Um contrato, no valor de R$ 117 mil e válido por dois anos, está para ser assinado pelo prefeito Nestor Tissot nos próximos dias.
Os recursos sairão da Secretaria da Cultura. A pasta ainda não revela quem será a instituição que auxiliará os profissionais e grupos no desenvolvimento das atividades, porém esclarece que é uma universidade da Região Metropolitana. Assim, o processo seletivo que trabalhará a incubação de empresas criativas também ocorrerá nos próximos meses.
Inicialmente, em 2021, quando a proposta começou a ganhar forma, de oito a dez casinhas receberiam o projeto, que tem como intenção formar trabalhadores e descobrir pessoas e empresas que tenham potencial maior de desenvolvimento de serviços, produtos, shows e espetáculos criativos. Porém, para iniciar, decidiu-se que cinco serão escolhidas a partir de processo seletivo.
Próximos passos
"Toda a campanha da Vila Criativa será feita no segundo semestre. Queremos fazer uma reforma na Brizoleta, mais alguns ajustes nas casinhas também", informa o secretário da Cultura, Ricardo Bertolucci.
Com isso, após o contrato aprovado, a universidade deverá realizar um mapeamento das potencialidades criativas do município, e, em seguida, apresentará um plano de economia criativa.
De forma paralela, ocorrerá o processo de seleção dos incubados, que serão exclusivas do setor criativo. Um edital, com critérios específicos, deverá ser seguido. A comissão avaliadora, em princípio, será composta por Cultura, Conselho de Cultura, Secretaria de Inovação, universidade e um representante da comunidade que trabalhe com economia criativa.
Quem poderá participar
Entre os segmentos que poderão participar estão arquitetura e patrimônio, audiovisual, artesanato, artes cênicas, dança, música, literatura e jogos digitais, além de tecnologia aplicada à negócios culturais. Outro pré-requisito que deverá constar no edital é um vínculo com Gramado.
Como funcionará
As empresas ocuparão as casinhas e não terão despesas com aluguel, energia elétrica e Internet, por exemplo. Elas poderão ficar, no máximo, dois anos.
Um projeto de lei que regulamenta o local já foi aprovado pela Câmara de Vereadores no ano passado e destina as cabanas "ao desenvolvimento de atividades econômicas que compõem a economia criativa, entendida como o ciclo de criação, produção e distribuição de bens e serviços tangíveis ou intangíveis que utilizam a criatividade, a habilidade e o talento de indivíduos ou grupos".
"Eles poderão montar seus escritórios ou suas lojas. A ideia ainda é que a gente monte uma associação com esses players, a proposta é que seja algo construtivo, não simplesmente fechem a porta e fiquem ali", explica o secretário. "O sucesso do Vila Joaquina é o deles também. Queremos potencializar esse espaço, que seja um lugar vivo. Será uma vitrine".
Os empreendimentos, como forma de conhecimento, terão encontros quinzenais individuais com a universidade, com metodologia de desenvolvimento de empresas do parque tecnológico da instituição.
Empreendimentos deverão dar contrapartidas
Com os benefícios que as empresas incubadas terão, tanto de desenvolvimento profissional com o compartilhamento de conhecimentos por parte da universidade contratada, quanto financeira, por não despender de gastos fixos de um ponto comercial, elas precisarão apresentar e devolver contrapartidas à Secretaria da Cultura.
"Vamos transformar a Brizoleta em sala de aula novamente, num centro formador de criativos, e vamos fazer encontros semanais ou quinzenais, onde os incubados deverão entregar para alunos da rede municipal, mulheres em situação de vulnerabilidade e projetos sociais os seus saberes", comenta o representante da pasta.
"Por exemplo, tem uma arquiteta que trabalha com projetos sustentáveis, ela pegou o espaço aqui e foi aprovada. Ela terá, como contrapartida, que elaborar um plano de aula, para atender alunos da rede em encontros periódicos, que vão servir para girar a roda da economia criativa", pontua Ricardo.
Um banco de contrapartidas também será elaborado a partir do trabalho de cada um. "No mesmo exemplo da arquiteta, eventualmente podemos pedir algo, como 'eu queria um projeto de melhorias da praça aqui atrás, elabora para a gente?'. Então, a ideia é que eles desenvolvam suas ações e trabalhos aqui, no Vila Joaquina", explica.
Os incubados terão metas, que serão propostas e pedidas pela universidade.
Eventos continuam
A ideia da Secretaria da Cultura é que os eventos, mesmo com a incubação das empresas, permaneçam nos espaços ao redor do centro de cultura. A Festa Junina, por exemplo, já está sendo programada e deve ocorrer em início de junho. As Feiras Criativas também continuarão com a realização mensal.
"Queremos interligar tudo isso. O planejamento inicial era fomentar a economia criativa e agora ligamos as pontas", comenta Ricardo.
O Território Criativo Vila Joaquina deve ter as primeiras empresas incubadas nas cabanas junto ao Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen, a partir do segundo semestre deste ano. Um contrato, no valor de R$ 117 mil e válido por dois anos, está para ser assinado pelo prefeito Nestor Tissot nos próximos dias.
Os recursos sairão da Secretaria da Cultura. A pasta ainda não revela quem será a instituição que auxiliará os profissionais e grupos no desenvolvimento das atividades, porém esclarece que é uma universidade da Região Metropolitana. Assim, o processo seletivo que trabalhará a incubação de empresas criativas também ocorrerá nos próximos meses.
Inicialmente, em 2021, quando a proposta começou a ganhar forma, de oito a dez casinhas receberiam o projeto, que tem como intenção formar trabalhadores e descobrir pessoas e empresas que tenham potencial maior de desenvolvimento de serviços, produtos, shows e espetáculos criativos. Porém, para iniciar, decidiu-se que cinco serão escolhidas a partir de processo seletivo.
Próximos passos
"Toda a campanha da Vila Criativa será feita no segundo semestre. Queremos fazer uma reforma na Brizoleta, mais alguns ajustes nas casinhas também", informa o secretário da Cultura, Ricardo Bertolucci.
Com isso, após o contrato aprovado, a universidade deverá realizar um mapeamento das potencialidades criativas do município, e, em seguida, apresentará um plano de economia criativa.
De forma paralela, ocorrerá o processo de seleção dos incubados, que serão exclusivas do setor criativo. Um edital, com critérios específicos, deverá ser seguido. A comissão avaliadora, em princípio, será composta por Cultura, Conselho de Cultura, Secretaria de Inovação, universidade e um representante da comunidade que trabalhe com economia criativa.
Quem poderá participar
Entre os segmentos que poderão participar estão arquitetura e patrimônio, audiovisual, artesanato, artes cênicas, dança, música, literatura e jogos digitais, além de tecnologia aplicada à negócios culturais. Outro pré-requisito que deverá constar no edital é um vínculo com Gramado.
Como funcionará
As empresas ocuparão as casinhas e não terão despesas com aluguel, energia elétrica e Internet, por exemplo. Elas poderão ficar, no máximo, dois anos.
Um projeto de lei que regulamenta o local já foi aprovado pela Câmara de Vereadores no ano passado e destina as cabanas "ao desenvolvimento de atividades econômicas que compõem a economia criativa, entendida como o ciclo de criação, produção e distribuição de bens e serviços tangíveis ou intangíveis que utilizam a criatividade, a habilidade e o talento de indivíduos ou grupos".
"Eles poderão montar seus escritórios ou suas lojas. A ideia ainda é que a gente monte uma associação com esses players, a proposta é que seja algo construtivo, não simplesmente fechem a porta e fiquem ali", explica o secretário. "O sucesso do Vila Joaquina é o deles também. Queremos potencializar esse espaço, que seja um lugar vivo. Será uma vitrine".
Os empreendimentos, como forma de conhecimento, terão encontros quinzenais individuais com a universidade, com metodologia de desenvolvimento de empresas do parque tecnológico da instituição.
Empreendimentos deverão dar contrapartidas
Com os benefícios que as empresas incubadas terão, tanto de desenvolvimento profissional com o compartilhamento de conhecimentos por parte da universidade contratada, quanto financeira, por não despender de gastos fixos de um ponto comercial, elas precisarão apresentar e devolver contrapartidas à Secretaria da Cultura.
"Vamos transformar a Brizoleta em sala de aula novamente, num centro formador de criativos, e vamos fazer encontros semanais ou quinzenais, onde os incubados deverão entregar para alunos da rede municipal, mulheres em situação de vulnerabilidade e projetos sociais os seus saberes", comenta o representante da pasta.
"Por exemplo, tem uma arquiteta que trabalha com projetos sustentáveis, ela pegou o espaço aqui e foi aprovada. Ela terá, como contrapartida, que elaborar um plano de aula, para atender alunos da rede em encontros periódicos, que vão servir para girar a roda da economia criativa", pontua Ricardo.
Um banco de contrapartidas também será elaborado a partir do trabalho de cada um. "No mesmo exemplo da arquiteta, eventualmente podemos pedir algo, como 'eu queria um projeto de melhorias da praça aqui atrás, elabora para a gente?'. Então, a ideia é que eles desenvolvam suas ações e trabalhos aqui, no Vila Joaquina", explica.
Os incubados terão metas, que serão propostas e pedidas pela universidade.
Eventos continuam
A ideia da Secretaria da Cultura é que os eventos, mesmo com a incubação das empresas, permaneçam nos espaços ao redor do centro de cultura. A Festa Junina, por exemplo, já está sendo programada e deve ocorrer em início de junho. As Feiras Criativas também continuarão com a realização mensal.
"Queremos interligar tudo isso. O planejamento inicial era fomentar a economia criativa e agora ligamos as pontas", comenta Ricardo.