O outono começou de forma oficial pouco depois da meia-noite de quarta-feira (20). Apesar da mudança de estação, que marca o período de transição das temperaturas mais altas do verão para as mais frias do inverno, o primeiro dia foi marcado por sol e registros de 30°C. Já na madrugada de quinta (21), o tempo virou e, com ele, a chegada de uma frente fria, que trouxe chuva e vento, baixando as mínimas para a casa dos 10°C.
Mas afinal, como deve ser a nova estação na Região das Hortênsias?
“O outono começa ainda sob a influência do El Niño, com um padrão mais úmido, abafamento. Mas gradativamente as massas de ar frio vão chegando. A primeira já nesse final de semana, com um refresco nesse primeiro momento”, conta a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia.
Assim, os próximos meses ainda terão umidade e chuva. Após, o frio vai ganhando força. Muito longe de um outono rigoroso, de muitos dias de frio, pelo contrário, muitos dias amenos e até quentes, mas o frio vai acontecer em períodos curtos, o que pode mudar ao longo do inverno. Previsão de termos ciclones e frentes frias gerados pela grande variação de temperatura podem impactar com vento, chuva e temporais na Serra gaúcha.
Tendência
Os altos e baixos das temperaturas são características das meias-estações, como o outono, que pode haver grande variação térmica – do frio ao calor no mesmo dia.
“É independente de El Niño e La Niña. Essas oscilações térmicas ficarão mais evidentes na segunda metade da estação, ao longo da metade de abril e partir de maio e junho”, afirma.
Junho, inclusive, costuma ser um mês mais frio na Serra gaúcha. Por diversas vezes, as mínimas do ano foram registradas neste mês.
“Junho é um período que pode receber ondas de frio mais significativas, até porque marca oficialmente o início do inverno, as noites são mais longas, então os fenômenos típicos, geada e até algum episódio de neve, podem ocorrer entre final de maio e junho. Mas só conseguiremos prever no curto prazo”, explica.
Fim do El Niño
O outono também marcará o fim do El Niño, que trouxe grande instabilidade nos últimos meses na região e todo o Estado.
“Significa que terminaremos com neutralidade, longe de ser normalidade, pois teremos uma transição rápida possivelmente para o La Niña. O que talvez já impacte o inverno, potencializando frio e o postergando até pouco mais no início da primavera”, diz Estael
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