ESPAÇO PARA A COMUNIDADE
Teatro da Câmara de Gramado é revitalizado e resgata história de Elisabeth Rosenfeld
Após as reformas, posse dos políticos eleitos em 2024 será o primeiro evento oficial; veja as melhorias
Última atualização: 21/12/2024 16:27
“Quando se tem bom humor, alegria e se faz com prazer o que se precisa fazer, então, a vida tem a beleza e a felicidade que buscamos.” Dita por Elisabeth Rosenfeld, essa é a frase que está estampada na placa de reinauguração do teatro da Câmara de Vereadores de Gramado, que leva o nome da artesã gramadense.
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Considerada uma mulher visionária e criativa, foi Elisabeth quem idealizou o Kikito, em 1966, que, anos mais tarde, passou a ser entregue aos premiados do Festival de Cinema de Gramado. Agora revitalizado, o espaço público municipal continua preservando a história da artista. “A gente buscou ter a representação da Elisabeth em todos os cantos do teatro”, destaca a diretora-geral da Câmara, Tânia Moraes.
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Fechado desde 2023, o local foi reinaugurado, na tarde da quinta-feira, dia 19. Logo na entrada, a assinatura da própria artesã, confeccionada em madeira. Nos camarins, fotos e registros do legado da gramadense.
Tânia diz que o projeto de reformar o teatro iniciou na metade do ano passado. Isso porque, devido às condições precárias da rede elétrica, decidiu-se interditar o local. Além da parte elétrica, houve melhorias nos camarins – que contam com portas corta-fogo -, nova pintura, cortinas e aparelhos de ar-condicionado. Também foi criada uma sala de imprensa. Ao todo, o investimento foi de R$ 566,5 mil.
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A diretora do Legislativo reforça que a obra estrutural começou em março deste ano, depois dos trâmites burocráticos, contudo, a catástrofe climática atrasou as entregas e serviços. A plataforma elevatória, por exemplo, precisará ser novamente licitada em 2025, pois a empresa não conseguiu atender a demanda.
“Buscamos trazer um aspecto moderno com os painéis ripados, mas, mesmo assim, preservando o que já tínhamos. O palco foi lixado duas vezes, as cadeiras renovadas, o carpete higienizado. Nos preocupamos muito com a utilização do recurso público. Cuidamos de cada detalhe”, garante Tânia.
O espaço tem capacidade para até 264 lugares, com locais para pessoas com deficiência física e poltronas maiores para obesos, que estão distribuídas em diferentes pontos. Ainda, um projetor foi adquirido e a parede do palco pintada de branco para as exibições.
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A utilização do espaço é gratuita à comunidade, para eventos, palestras e formaturas. Os pedidos são deliberados pela Mesa Diretora. Existe um regramento interno e um dos pontos é que não pode haver destinação comercial do local.
O primeiro evento oficial do novo teatro será no dia 1º de janeiro de 2025, com a posse dos políticos eleitos nas eleições de 2024.
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Melhorias à comunidade
Em um de seus últimos atos como presidente da Câmara, Cícero Altreiter (MDB), destaca que o intuito da revitalização do teatro foi atender à comunidade. “Estamos muito satisfeitos. É gratificante entregar esse espaço público”, atesta.
O parlamentar reforça que, nos últimos quatro anos, os vereadores que presidiram a Mesa buscaram melhorar a estrutura do local, com obras internas, instalação de placas fotovoltaicas e cisterna. Somente a conta de energia elétrica diminuiu de R$ 5 mil para cerca de R$ 400 mensais.
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“Foi um projeto coletivo do nosso grupo. A reforma do teatro iniciou com o Celso Fioreze (PSDB), mas dei continuidade. Todas as ações que tomamos na questão organizacional não foram pensadas no individualismo, mas no coletivo, no todo. A gente sabe que está aqui de passagem”, declara Cícero.
Em sua gestão, até a sexta-feira, dia 13, foram aprovadas 20 moções, 35 projetos de lei do Legislativo e 65 do Executivo. Os vereadores fizeram 46 pedidos de informações, 97 pedidos de providências e 48 indicações. Neste ano, conforme a Câmara, mais de R$ 2 milhões do recurso que é destinado à Casa foram devolvidos à prefeitura.
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Os projetos que não forem votados até esta semana, serão arquivados e precisarão ser retomados pelos próximos parlamentares eleitos. “E é importante dizer que não foram votados por algum entrave ou falta de documentação. Se um projeto passa pelas três comissões, obrigatoriamente, vai à votação. Isso independente da vontade do presidente”, explica o vereador emedebista.
“Foi feita uma gestão institucional e neutra”
Para o presidente, o ano foi atípico na conjuntura política, em razão das eleições. “Colocaram sobre mim a responsabilidade da gestão em um ano que teríamos que conviver com divergências políticas”, frisa.
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“E eu saio de cabeça erguida, com a certeza que foi feita uma gestão institucional e neutra, sem privilegiar A ou B. Se havia alguma dúvida da minha capacidade de fazer essa gestão em ano um difícil, foi suprimida, inclusive, pelos adversários políticos”, aponta.
Sobre o futuro na política, o vereador – que também é presidente do MDB em Gramado – adianta que está articulando a sigla no município e no Estado. Pela primeira vez em, ao menos, duas décadas, a agremiação não terá representação na Câmara. Uma das possibilidades estudadas é lançar um candidato a deputado estadual, nas eleições de 2026.