DEBATE
'Somos totalmente contrários à construção', diz Associação Amigos do Parque do Palácio
Audiência pública foi realizada na Câmara de Vereadores de Canela para tratar sobre possível concessão do Centro de Feiras em troca da estruturação de um centro de congressos no local cedido pelo Estado
Última atualização: 02/02/2024 14:24
Uma audiência pública foi realizada no início da noite de quarta-feira (15), na Câmara de Vereadores de Canela, para tratar a possível concessão do Centro de Feiras em forma de uma permuta pelo centro de convenções que deve ser construído no Parque do Palácio.
A criação deste espaço para congressos no município visa um gravame que consta em matrícula, na cedência de parte do terreno do local pelo governo estadual. O Executivo municipal tem o prazo até janeiro de 2025 para erguer a edificação, conforme lei assinada pelo governador Eduardo Leite. Caso não se cumpra, a área é devolvida ao Estado.
O encontro contou com grande participação da comunidade e lotou o plenário. Com manifestações favoráveis e muitas contrárias, a sessão teve a participação de vereadores, do secretário de Governo, Gilmar Ferreira, da Associação Amigos do Parque do Palácio, do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema), Conselho de Cultura, além do Gramado e Canela Convention & Visitors Bureau Região das Hortênsias.
Manifestação
O secretário Gilmar Ferreira, em sua fala, pontuou o que consta no Diário Oficial do Estado e as determinações que o Executivo estadual coloca. Também, apresentou o projeto de lei que foi encaminhado para o Legislativo. "Ela é necessária para primeiro atender essa demanda. Respeitamos os ambientalistas, mas posso garantir que grande parte desse acervo, desse bioma, será preservado. Se isso voltar para o Estado, ele vai acabar sendo privatizado", afirma o representante da pasta.
O Convention, apesar de ser favorável à construção, reiterou que a área deve ser decidida entre a Prefeitura e a comunidade, em comum acordo. Porém, frisa que um centro de congressos e convenções é necessário para Canela. Conforme a entidade, somente em 2022 eventos desse segmento atraíram cerca de 185 mil pessoas para a região, representando a injeção de aproximadamente R$ 461 milhões na economia local.
Preocupações
“Somos totalmente contrários à construção de um centro de convenções ali. Nossa posição sempre foi a favor da manutenção e revitalização do Parque. Não somos contra a construção de um centro de convenções. Existem alternativas interessantes já encaminhadas à apreciação da Prefeitura de Canela”, comenta a representante da Associação Amigos do Parque, Sonia Guimarães.
Para a instituição, a grande preocupação é a preservação natural. “É o último reduto dos chamados Campos de Cima da Serra, tem uma flora e uma fauna importantes, abriga grande número de espécies vegetais, das quais muitas são endêmicas, ou seja, só existem naquela região. É um fragmento significativo do bioma Mata Atlântica e Ecossistemas Associados, tombado pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)”, avisa
Uma audiência pública foi realizada no início da noite de quarta-feira (15), na Câmara de Vereadores de Canela, para tratar a possível concessão do Centro de Feiras em forma de uma permuta pelo centro de convenções que deve ser construído no Parque do Palácio.
A criação deste espaço para congressos no município visa um gravame que consta em matrícula, na cedência de parte do terreno do local pelo governo estadual. O Executivo municipal tem o prazo até janeiro de 2025 para erguer a edificação, conforme lei assinada pelo governador Eduardo Leite. Caso não se cumpra, a área é devolvida ao Estado.
O encontro contou com grande participação da comunidade e lotou o plenário. Com manifestações favoráveis e muitas contrárias, a sessão teve a participação de vereadores, do secretário de Governo, Gilmar Ferreira, da Associação Amigos do Parque do Palácio, do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema), Conselho de Cultura, além do Gramado e Canela Convention & Visitors Bureau Região das Hortênsias.
Manifestação
O secretário Gilmar Ferreira, em sua fala, pontuou o que consta no Diário Oficial do Estado e as determinações que o Executivo estadual coloca. Também, apresentou o projeto de lei que foi encaminhado para o Legislativo. "Ela é necessária para primeiro atender essa demanda. Respeitamos os ambientalistas, mas posso garantir que grande parte desse acervo, desse bioma, será preservado. Se isso voltar para o Estado, ele vai acabar sendo privatizado", afirma o representante da pasta.
O Convention, apesar de ser favorável à construção, reiterou que a área deve ser decidida entre a Prefeitura e a comunidade, em comum acordo. Porém, frisa que um centro de congressos e convenções é necessário para Canela. Conforme a entidade, somente em 2022 eventos desse segmento atraíram cerca de 185 mil pessoas para a região, representando a injeção de aproximadamente R$ 461 milhões na economia local.
Preocupações
“Somos totalmente contrários à construção de um centro de convenções ali. Nossa posição sempre foi a favor da manutenção e revitalização do Parque. Não somos contra a construção de um centro de convenções. Existem alternativas interessantes já encaminhadas à apreciação da Prefeitura de Canela”, comenta a representante da Associação Amigos do Parque, Sonia Guimarães.
Para a instituição, a grande preocupação é a preservação natural. “É o último reduto dos chamados Campos de Cima da Serra, tem uma flora e uma fauna importantes, abriga grande número de espécies vegetais, das quais muitas são endêmicas, ou seja, só existem naquela região. É um fragmento significativo do bioma Mata Atlântica e Ecossistemas Associados, tombado pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)”, avisa