Depois de mais de um mês de negociações, os sindicatos patronal e dos trabalhadores ainda não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial para quem trabalha na hotelaria e gastronomia de Gramado.
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Inicialmente, a proposta do Sintrahg era de 6,5% de aumento, levando em consideração a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que está na casa dos 4%, e mais um ganho real. Porém, a proposta não foi aceita pelo Sindtur Serra Gaúcha. Após reuniões, o último percentual debatido foi o de 4,6%. Contudo, o pedido dos empresários é que o valor seja parcelado em duas vezes.
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Na terça-feira, dia 10, trabalhadores se reuniram em uma assembleia com o sindicato e decidiram que as negociações devem seguir até que se esgotem as possibilidades de avançar no acordo. Conforme o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, o valor de 4,6% é aceito, mas sem o parcelamento.
Nova reunião
O documento com a nova proposta será enviado ao Sindtur e uma reunião deve ser agendada para a próxima semana. “Queremos construir uma proposta intermediária”, declara Callais, reforçando que, nos anos anteriores, as definições ocorreram ainda em novembro, que é a data-base da categoria.
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“Neste ano, os trabalhadores ficaram sem o reajuste no salário de novembro e na primeira parcela do 13º. Vai haver a necessidade do pagamento retroativo”, argumenta.
Segundo o representante dos trabalhadores, a classe deve organizar manifestações e atos de protestos, caso não seja fechado um acordo. “Não podemos ficar esperando sentados por uma mudança de opinião do sindicato patronal. Temos que denunciar essa postura que estão tendo”, relata.
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Para Callais, o percentual vigente que está sendo discutido leva em consideração a situação de calamidade que a região viveu em 2024 e o fechamento do aeroporto Salgado Filho. “A gente entende isso e cedeu. Agora, negociar ou pensar em algo abaixo da inflação, nada justifica”, pondera.
Situação empresarial
O presidente do Sindtur, Claudio Souza, afirma que não vai se manifestar sobre as negociações. “No nosso entendimento, as negociações acontecem dentro de uma sala e têm que ter o interesse das partes. No final, a verdade prevalecerá”, aponta.
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Ainda segundo ele, os empreendimentos da cidade sofreram com baixa receita por meses consecutivos e que o Natal Luz está com movimento abaixo do normal, o que faz com que não tenha sido possível uma recuperação financeira por parte das empresas.
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