TURISMO

Saiba como é feito o cálculo do número de visitantes de Gramado

Para o prefeito Nestor Tissot, percepção de menos turistas na cidade é por causa do aumento da demanda de atrativos: "Pessoal está se dividindo", diz

Publicado em: 02/02/2024 10:13
Última atualização: 02/02/2024 10:13

Ainda é assunto nas rodas de conversas pela cidade a movimentação turística. Com uma queda no número de visitantes no período do Natal Luz, mas com um montante maior no ano, em relação a 2022, a estimativa é que 8 milhões de pessoas tenham passado por Gramado em 2023. O prefeito Nestor Tissot alega que o dado pode ser constatado pela arrecadação da Prefeitura, que chegou a R$ 500 milhões, superando os R$ 470 milhões previstos.

Centro de Gramado Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Segundo a Secretaria de Turismo, o cálculo do número de visitantes é baseado nas praças de pedágio da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). O estudo é feito da mesma maneira há mais de 20 anos, conforme a pasta. É contabilizada uma média de três pessoas por veículo leve, descontando 25%, que seriam de moradores.

Como não há diferenciação entre os ônibus e caminhões, o cálculo leva em conta 90 mil pessoas por mês chegando através desse meio de transporte (número praticado em anos anteriores). “O dado não contabiliza de forma geral as pessoas que chegam através da Citral, pela Linha Araripe e por Santa Maria do Herval”, alega o prefeito.

A presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, declara que uma pesquisa encomendada pelo Sebrae, através da Vivo – pelas antenas dos celulares, mostrou que, em 2022, os visitantes da cidade já ultrapassavam os 8 milhões. “Trabalhamos com um número modesto”, reforça Rosa.

Para o gestor do Executivo municipal, um dos fatores que pode ter contribuído para a percepção de um número menor de turistas é a maior oferta de serviços na cidade. “Só no ano passado, nós assinamos 62 alvarás de restaurantes. Nesses três anos do nosso governo, abriram 12 hotéis, cerca de 2,5 mil leitos”, atesta o prefeito.

Até os espetáculos do Natal Luz têm tido “concorrência” com os parques temáticos, registrando menos ingressos vendidos do que em 2022. “O público está se dividindo”, aponta Nestor.

O prefeito adianta também que aguarda uma legislação federal para poder legalizar os aluguéis por temporada. “Ao menos para saber o número que há hoje, porque não temos nem noção”, frisa. 

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