TRADICIONALISMO
Rodeio de Gramado terá 150 mil reais em prêmios e apresentações artísticas
Segunda edição internacional do evento encerra no domingo, dia 12. Rafaella Hochscheidt será uma das jovens que participará da declamação
Última atualização: 23/01/2024 12:57
As tradições gaúchas, através do campo e das manifestações artísticas, ganham destaque em Gramado pelos próximos dias. Começou na quinta-feira, dia 9, o 2º Rodeio Internacional e 43º Rodeio Nacional de Gramado. As atividades ocorrem no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Manotaço, no bairro Mato Queimado.
"Esta é a segunda edição que recebemos competidores de fora, como Argentina e Uruguai. Por isso, a internacionalização. Assim conseguimos expor o evento, aliado com a marca de Gramado", conta o patrão do CTG, Benno Júnior.
As competições começaram na sede campestre e seguem até o encerramento da programação, no domingo, 12. A abertura oficial ocorre nesta sexta-feira, dia 10, às 18 horas.
Conforme a organização, 180 duplas de laçadores estão inscritas. Já no duelo, são mais de 250 competidores.
Premiações e muita música
Ao todo, mais de R$ 150 mil serão distribuídos em prêmios durante as competições. A premiação mais alta, de R$ 50 mil, irá para o laçador que vencer a prova Astro do Laço.
As semifinais ocorrem no domingo, a partir das 6h30, na modalidade Astro do Laço e às 7h30 no laço duplas. Após, ocorrem as finais destas categorias, assim como da Taça Crioulo de Los Buenos e da Gineteada Internacional.
As provas artísticas também são realizadas no último dia de evento. A partir das 8 horas acontece as de gaita ponto e piano, nas faixas etárias menores de 15 anos e maiores de 15 anos. Já às 10 horas tem as de intérprete vocal nas categorias mirim, juvenil e adulto, e, às 14 horas, a declamação, também nas mesmas três modalidades.
Dois fandangos estão previstos para as noites de rodeio. Na noite de sexta, com Julian e Juliano & Só Vanerão e no sábado com o Grupo Bailaço. Os bailes acontecem a partir da meia-noite e devem receber de 650 a 800 pessoas por noite
De família tradicionalista, jovem se apresentará na declamação
Rafaella Hochscheidt, de 10 anos, frequenta o CTG Manotaço há quase três. Vinda de família tradicionalista, com pai que dançava e irmão que laçava, a jovem começa a seguir os seus próprios passos. "É algo que veio do pai da minha mãe, então vieram os filhos, veio passando de geração em geração. Eu que não costumava ir mesmo", brinca a mãe Haidi.
Além de dançar uma vez por semana, a menina declama. Por ser da "casa", não competirá. Entretanto, se apresentará ao público, para ganhar experiência para outros torneios que surgirem, como o de Imbé, que ainda não está com a data confirmada.
De qualquer forma, esta não será a primeira vez que faz declamação em público, assim como já frequentou outros rodeios de Gramado, como espectadora. "Minha primeira competição foi este ano, no rodeio de Canela. Foi um aprendizado, em vários sentidos. Na interpretação, nos gestos. E também tu percebe que nem sempre tu pode ganhar", conta.
A poesia escolhida para a ocasião é Brinquedos de Outrora, considerado como um de seus favoritos, e o quarto desde que começou a ensaiar e praticar. "Eu comecei a ler ele na segunda, na quarta já tinha decorado", revela Rafaella.
"Eu entro literalmente na poesia, na história escrita"
Para Rafaella, declamar vai além da arte. "Eu entro literalmente na poesia, na história escrita, para sentir o que está naquele texto", enfatiza a estudante do 5º Ano do Ensino Fundamental, que aprendeu a ler entre a escola e sua casa, devido à pandemia.
A declamação costuma integrar as provas artísticas de rodeios. Entre os quesitos que são avaliados por jurados, estão os fundamentos da voz - impostação, entonação e dicção -, transmissão da mensagem poética - prender a atenção de quem ouve e vê, além de passar com clareza os versos - e interpretação facial e gestual. Por fim, precisa seguir e ser fiel exatamente ao texto, do qual é entregue uma cópia à banca, onde um dos avaliadores acompanha a leitura e verifica se não há erros.
As tradições gaúchas, através do campo e das manifestações artísticas, ganham destaque em Gramado pelos próximos dias. Começou na quinta-feira, dia 9, o 2º Rodeio Internacional e 43º Rodeio Nacional de Gramado. As atividades ocorrem no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Manotaço, no bairro Mato Queimado.
"Esta é a segunda edição que recebemos competidores de fora, como Argentina e Uruguai. Por isso, a internacionalização. Assim conseguimos expor o evento, aliado com a marca de Gramado", conta o patrão do CTG, Benno Júnior.
As competições começaram na sede campestre e seguem até o encerramento da programação, no domingo, 12. A abertura oficial ocorre nesta sexta-feira, dia 10, às 18 horas.
Conforme a organização, 180 duplas de laçadores estão inscritas. Já no duelo, são mais de 250 competidores.
Premiações e muita música
Ao todo, mais de R$ 150 mil serão distribuídos em prêmios durante as competições. A premiação mais alta, de R$ 50 mil, irá para o laçador que vencer a prova Astro do Laço.
As semifinais ocorrem no domingo, a partir das 6h30, na modalidade Astro do Laço e às 7h30 no laço duplas. Após, ocorrem as finais destas categorias, assim como da Taça Crioulo de Los Buenos e da Gineteada Internacional.
As provas artísticas também são realizadas no último dia de evento. A partir das 8 horas acontece as de gaita ponto e piano, nas faixas etárias menores de 15 anos e maiores de 15 anos. Já às 10 horas tem as de intérprete vocal nas categorias mirim, juvenil e adulto, e, às 14 horas, a declamação, também nas mesmas três modalidades.
Dois fandangos estão previstos para as noites de rodeio. Na noite de sexta, com Julian e Juliano & Só Vanerão e no sábado com o Grupo Bailaço. Os bailes acontecem a partir da meia-noite e devem receber de 650 a 800 pessoas por noite
De família tradicionalista, jovem se apresentará na declamação
Rafaella Hochscheidt, de 10 anos, frequenta o CTG Manotaço há quase três. Vinda de família tradicionalista, com pai que dançava e irmão que laçava, a jovem começa a seguir os seus próprios passos. "É algo que veio do pai da minha mãe, então vieram os filhos, veio passando de geração em geração. Eu que não costumava ir mesmo", brinca a mãe Haidi.
Além de dançar uma vez por semana, a menina declama. Por ser da "casa", não competirá. Entretanto, se apresentará ao público, para ganhar experiência para outros torneios que surgirem, como o de Imbé, que ainda não está com a data confirmada.
De qualquer forma, esta não será a primeira vez que faz declamação em público, assim como já frequentou outros rodeios de Gramado, como espectadora. "Minha primeira competição foi este ano, no rodeio de Canela. Foi um aprendizado, em vários sentidos. Na interpretação, nos gestos. E também tu percebe que nem sempre tu pode ganhar", conta.
A poesia escolhida para a ocasião é Brinquedos de Outrora, considerado como um de seus favoritos, e o quarto desde que começou a ensaiar e praticar. "Eu comecei a ler ele na segunda, na quarta já tinha decorado", revela Rafaella.
"Eu entro literalmente na poesia, na história escrita"
Para Rafaella, declamar vai além da arte. "Eu entro literalmente na poesia, na história escrita, para sentir o que está naquele texto", enfatiza a estudante do 5º Ano do Ensino Fundamental, que aprendeu a ler entre a escola e sua casa, devido à pandemia.
A declamação costuma integrar as provas artísticas de rodeios. Entre os quesitos que são avaliados por jurados, estão os fundamentos da voz - impostação, entonação e dicção -, transmissão da mensagem poética - prender a atenção de quem ouve e vê, além de passar com clareza os versos - e interpretação facial e gestual. Por fim, precisa seguir e ser fiel exatamente ao texto, do qual é entregue uma cópia à banca, onde um dos avaliadores acompanha a leitura e verifica se não há erros.