Longevidade, saúde, bem-estar, viver feliz. Palavras que soltas podem trazer diversos significados. Mas, para a terceira idade, estão correlacionadas. Nesta semana, comemora-se a Semana do Idoso. Na terça-feira, dia 1º, o Dia Mundial do Idoso.
E como forma de homenagear, um empreendimento gramadense desejou conhecer quem são as pessoas com 90 anos ou mais que residem em Gramado. O Kurotel Centro de Saúde e Bem-Estar aceitou cadastros desde o mês passado. Na terça, na Câmara de Vereadores, entregou presentes e fez um coquetel aos nonagenários e seus familiares.
“Hoje homenageamos os superidosos, aqueles que nasceram de 1934 para baixo. É um momento de retribuir o respeito e carinho com essas pessoas que temos tanto a aprender com elas”, justifica a diretora técnica, Mariela Silveira.
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O plenário do Legislativo lotou e aplausos não faltaram. Os idosos, inclusive, ganharam parabéns a você e muitos desejos de saúde.
O médico e fundador do Kur, Luiz Carlos Silveira, emocionou-se com a presença dos nonagenários. “Vocês fazem parte da história da nossa cidade. É muito gratificante celebrar essas vidas extraordinárias, que ultrapassam as nove décadas, repletas de sabedoria e desafios. Vocês acompanharam a emancipação de Gramado, viajaram de trem até Taquara, São Leopoldo, Porto Alegre, são testemunhas oculares da história”, afirma, enfatizando o quão os presentes são inspiração de vida.
Inspiração e reflexos
A homenagem teve como inspiração um arquipélago do Japão, onde as pessoas aos 90 anos são homenageadas em um carro aberto e recebem flores.
“Quando estudamos as pessoas que mais vivem no mundo, encontramos que a tecnologia não é o que faz maior diferença, e sim, os atos, as escolhas e o microambiente. Então cada vez que a gente puder pensar em ressaltar e fazer com que as novas gerações aprendam aquilo que fez com que essas pessoas vivam tanto tempo e oferecer um microambiente agradável, toda a comunidade sai na frente”, explica Mariela.
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Afinal, qual o segredo?
Para Albano Schneider, “não há segredo”. “É não guardar raiva de ninguém, perdoar em primeiro lugar e sem vingança”, afirma.
Maria Carmen de Castro, de 98 anos, compartilha da ideia. “Eu sempre fui muito feliz, a felicidade faz a gente sorrir e ajudar aos outros”, revela.
Já para Iraci Casagrande, de 92, a infância estaria relacionada. “Às vezes eu fico pensando, eu fui criada nos hotéis dos meus avós, com uma horta enorme, sem produtos químicos. Tomava leite direto da vaca”, diz.
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