DESENVOLVIMENTO
Programa propõe um contraturno diferente para mais de 100 estudantes de Gramado
Momentos para refletir sobre situações da vida e do papel da pessoa como cidadã, oficinas e brincadeiras são realizados pelo Projeto Águia
Última atualização: 26/03/2024 17:42
Momentos para refletir sobre situações da vida e do papel da pessoa como cidadã, oficinas e brincadeiras. Assim são marcadas as manhãs e tardes de mais de 100 estudantes de duas escolas da rede municipal de Gramado. São cerca de 20 a 25 atendidos por turno.
Eles participam no contraturno escolar do Projeto Águia. As atividades ocorrem nas terças-feiras, com os alunos do 5º ao 7º Anos da Nossa Senhora de Fátima e da Mosés Bezzi, na Vila Olímpica, no bairro Várzea Grande. Este é o primeiro ano que as aulas são na localidade, após parceria firmada com a Prefeitura de Gramado. Além disso, transporte escolar para os jovens é fornecido pela Secretaria de Educação até o espaço.
Nas quintas-feiras, o grupo de oficineiros e voluntários vai até o Altos da Viação Férrea, na Emef Vicente Casagrande. As ações são realizadas na própria escola.
Como começou
O projeto nasceu das mãos do casal Erlo e Juliana Aurich. Ela fez um curso de capelania escolar, em 2016, e precisou realizar um estágio.
Na época, conseguiu uma oportunidade na Ramos Pacheco, onde conversou com os alunos e teve a ideia de suprir uma necessidade, uma lacuna latente: as atividades lúdicas.
"Ocorreu uma proposta de levar a eles momentos de convivência, mostrar outros valores, uma realidade que não conheciam", conta Erlo.
O projeto, de forma efetiva, iniciou no segundo semestre de 2017. Eram oito voluntários trabalhando, uma tarde por semana, com estudantes do 5º Ano.
Foi a partir de 2019 que obtiveram apoio da Secretaria de Educação e atualmente contam com recursos financeiros repassados pelo Executivo municipal para pagar os custos com materiais pedagógicos, alimentação e combustível. A verba é obtida por meio do Movimento Comunitário de Combate à Violência (Mocovi).
"Após anos de pandemia, este é o nosso primeiro na Vila Olímpica. Ficamos muito felizes com a oportunidade. O projeto vem se consolidando e ganhando credibilidade", comenta o fundador.
As atividades como propósitos sociais e morais
No primeiro dia, há um momento de integração, de "quebra gelo", para que os jovens se conheçam. Em seguida, são feitos desafios e iniciam momentos de oficinas e brincadeiras.
"O material trabalha questões para valorizar de onde vieram, a família, a escola, quem eles são. E aí trabalham valores, como honestidade e sabedoria, mas tudo dentro da faixa etária deles. Fazem perguntas e precisam aprender como aplicar o valor na vida", comenta o voluntário e filho dos fundadores, Lucca Aurich.
"Sempre gostei da águia como ilustração daquilo que podemos desenvolver"
Foi pensando nesses intuitos que o nome do programa surgiu, inclusive.
"Sempre gostei da águia como ilustração daquilo que podemos desenvolver. Elas têm muitas características, é uma ave imponente. A águia carrega os filhotes nas asas durante o voo. Do ninho, os pais começam a empurrá-los para alçar os primeiros voos. Mas, às vezes, é atrapalhado, e se, a mãe perceber que o filhote não dará conta, ela pega ele por baixo e o leva de volta para o ninho", explica Erlo.
A proposta do contraturno é somar com a família e unir esforços com as escolas e professores.
"Temos psicólogas, assistentes sociais. Nos sábados à tarde estou indo nas casas e fazendo entrevistas. Precisamos entender a realidade e conquistar a confiança dos pais, é uma dinâmica de relacionamento", pontua o diretor.
No dia 3 de junho é estudada uma conexão comunitária entre as famílias, onde uma mesa redonda é feita e os próprios participantes trazem seus pontos de vista. "Eles chegam e anotam uma situação que estão vivenciando e gostariam que fosse tratada. Após, colocam numa urna e três são selecionados", justifica Erlo.
Momentos para refletir sobre situações da vida e do papel da pessoa como cidadã, oficinas e brincadeiras. Assim são marcadas as manhãs e tardes de mais de 100 estudantes de duas escolas da rede municipal de Gramado. São cerca de 20 a 25 atendidos por turno.
Eles participam no contraturno escolar do Projeto Águia. As atividades ocorrem nas terças-feiras, com os alunos do 5º ao 7º Anos da Nossa Senhora de Fátima e da Mosés Bezzi, na Vila Olímpica, no bairro Várzea Grande. Este é o primeiro ano que as aulas são na localidade, após parceria firmada com a Prefeitura de Gramado. Além disso, transporte escolar para os jovens é fornecido pela Secretaria de Educação até o espaço.
Nas quintas-feiras, o grupo de oficineiros e voluntários vai até o Altos da Viação Férrea, na Emef Vicente Casagrande. As ações são realizadas na própria escola.
Como começou
O projeto nasceu das mãos do casal Erlo e Juliana Aurich. Ela fez um curso de capelania escolar, em 2016, e precisou realizar um estágio.
Na época, conseguiu uma oportunidade na Ramos Pacheco, onde conversou com os alunos e teve a ideia de suprir uma necessidade, uma lacuna latente: as atividades lúdicas.
"Ocorreu uma proposta de levar a eles momentos de convivência, mostrar outros valores, uma realidade que não conheciam", conta Erlo.
O projeto, de forma efetiva, iniciou no segundo semestre de 2017. Eram oito voluntários trabalhando, uma tarde por semana, com estudantes do 5º Ano.
Foi a partir de 2019 que obtiveram apoio da Secretaria de Educação e atualmente contam com recursos financeiros repassados pelo Executivo municipal para pagar os custos com materiais pedagógicos, alimentação e combustível. A verba é obtida por meio do Movimento Comunitário de Combate à Violência (Mocovi).
"Após anos de pandemia, este é o nosso primeiro na Vila Olímpica. Ficamos muito felizes com a oportunidade. O projeto vem se consolidando e ganhando credibilidade", comenta o fundador.
As atividades como propósitos sociais e morais
No primeiro dia, há um momento de integração, de "quebra gelo", para que os jovens se conheçam. Em seguida, são feitos desafios e iniciam momentos de oficinas e brincadeiras.
"O material trabalha questões para valorizar de onde vieram, a família, a escola, quem eles são. E aí trabalham valores, como honestidade e sabedoria, mas tudo dentro da faixa etária deles. Fazem perguntas e precisam aprender como aplicar o valor na vida", comenta o voluntário e filho dos fundadores, Lucca Aurich.
"Sempre gostei da águia como ilustração daquilo que podemos desenvolver"
Foi pensando nesses intuitos que o nome do programa surgiu, inclusive.
"Sempre gostei da águia como ilustração daquilo que podemos desenvolver. Elas têm muitas características, é uma ave imponente. A águia carrega os filhotes nas asas durante o voo. Do ninho, os pais começam a empurrá-los para alçar os primeiros voos. Mas, às vezes, é atrapalhado, e se, a mãe perceber que o filhote não dará conta, ela pega ele por baixo e o leva de volta para o ninho", explica Erlo.
A proposta do contraturno é somar com a família e unir esforços com as escolas e professores.
"Temos psicólogas, assistentes sociais. Nos sábados à tarde estou indo nas casas e fazendo entrevistas. Precisamos entender a realidade e conquistar a confiança dos pais, é uma dinâmica de relacionamento", pontua o diretor.
No dia 3 de junho é estudada uma conexão comunitária entre as famílias, onde uma mesa redonda é feita e os próprios participantes trazem seus pontos de vista. "Eles chegam e anotam uma situação que estão vivenciando e gostariam que fosse tratada. Após, colocam numa urna e três são selecionados", justifica Erlo.
Eles participam no contraturno escolar do Projeto Águia. As atividades ocorrem nas terças-feiras, com os alunos do 5º ao 7º Anos da Nossa Senhora de Fátima e da Mosés Bezzi, na Vila Olímpica, no bairro Várzea Grande. Este é o primeiro ano que as aulas são na localidade, após parceria firmada com a Prefeitura de Gramado. Além disso, transporte escolar para os jovens é fornecido pela Secretaria de Educação até o espaço.