A Polícia Civil de Gramado busca esclarecer as circunstâncias da morte de Paulo Pottratz, de 47 anos. A vítima foi encontrada às margens de uma via no interior na cidade, na localidade de Campestre do Tigre. O corpo, que estava somente de cueca, foi localizado na manhã do sábado (11).
O delegado Gustavo Barcellos, representante da Delegacia de Polícia de Gramado e responsável pelas investigações, afirma que o caso é muito recente para estabelecer que se trata de um homicídio, mas que, em conversas informais com a médica legista do Departamento Médico Legal (DML) de Osório, há indícios dessa possibilidade.
Inicialmente, quando a Civil foi acionada para atender a ocorrência, não foram encontrados sinais de violência. Contudo, o DML aponta que a vítima teve o osso hioide (do pescoço) quebrado. “Isso indica a possibilidade de asfixia, e estamos apurando a natureza dessa asfixia”, releva Barcellos.
O delegado pondera que pediu urgência no laudo oficial da necropsia e que aguarda o resultado. “O caso é bastante complexo”, completa, informando que a Polícia está ouvindo familiares e que trabalha para esclarecer o fato.
“Era uma pessoa boa”, diz sobrinho de Novo Hamburgo
Sobrinho da vítima, Walter Konrath é morador de Novo Hamburgo e conta que a família está transtornada com a morte. O familiar disse à reportagem que parentes acreditaram que ele tivesse tido um surto, já que fazia uso de medicamentos e era alcoólatra.
Segundo Walter, o tio morava sozinho e tinha se afastado dos familiares, inclusive dos dois filhos menores de idade, por causa da bebida. “A gente costumava ir para conversar com ele e tentar mudar o rumo da história dele. Era uma pessoa boa.”
Natural de Gramado, a vítima viveu por anos em Novo Hamburgo, onde trabalhava como representante comercial, mas retornou para a cidade natal há cerca de dez anos e morava próximo ao local em que o corpo foi encontrado.
O sobrinho ressalta que não sabe de desavenças do tio, mas alega que ele ia muito a bares e que isso pode ter acarretado alguma discussão, salientando que ele não era usuário de drogas. “Acreditamos no trabalho da Polícia para que possa descobrir o que aconteceu com ele”, finaliza.
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