CUIDADO NA INTERNET
Polícia Civil alerta para novos tipos de golpes com nome de facção
Moradores de Gramado e Canela já receberam mensagens e ligações. Criminosos se passam por membros de organizações e ameaçam com a citação de dados pessoais das vítimas
Última atualização: 18/10/2023 20:21
Comunidade e empresários têm passado por sustos nas últimas semanas. As tentativas de crimes de estelionato aumentaram e estão se tornando mais visíveis, através de contatos não apenas por ligação, mas por mensagens de aplicativo, no WhatsApp.
Os famosos golpes têm como objetivo principal arrecadar valores financeiros das vítimas, que são ameaçadas e intimidadas. Assim, sentem-se coagidas e, em muitos casos, pagam o recurso que é solicitado.
Um dos golpes que vêm sendo aplicado em Gramado e Canela diz respeito a criminosos que se passam por integrantes ou até líderes de facções, como o Comando Vermelho.
"Temos tido registros com frequência, sempre de criminosos se passando por membros de facções e realizando ameaças às vítimas, exigindo valores em dinheiro para que as ameaças cessem. A Polícia Civil de Canela afirma se que trata de golpe, na medida que as ameaças até então registradas na cidade são falsas", justifica o delegado titular da Delegacia de Policia de Canela, Vladimir Medeiros.
Os números utilizados nas tentativas de estelionato nem sempre são do Rio Grande do Sul. "Muitos dos criminosos sequer de Canela ou em Canela estão. Eles aplicam os golpes por telefone contra vítimas quase que aleatoriamente" registra o responsável pela DP.
Uma vítima, que não terá sua identidade revelada, além de mensagens, chegou a receber ligação durante a madrugada. Ela chegou a registrar boletim de ocorrência e já recebeu ameaças de mais de número, com códigos de áreas distintos. "Me sinto apreensiva e minha família com medo", lamenta.
Os detalhes e como denunciar
Nas mensagens, os criminosos colocam dados pessoais das vítimas e chegam a passar detalhes da rotina. Eles informam pertencer a uma facção e fazem ameaças, após terem ouvido falar sobre supostas conversas que a vítima teria relatado e denunciado sobre o grupo.
“Mesmo que pareçam reais as ameaças, porque citam dados particulares das vítimas, como nomes, parentes ou endereço profissional, esclarecemos que, em verdade, são informações que os criminosos podem obter facilmente em fontes abertas, como a Internet”, argumenta o delegado Vladimir.
A orientação é que, primeiramente, nenhum valor seja depositado. Também, que seja registrada ocorrência, que pode ser feita no site delegaciaonline.rs.gov.br. Ainda, que os números de telefone de onde foram feitas as ameaças, sejam bloqueados.