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MARCO LEGAL DO SANEAMENTO

Parceria entre Corsan e empresários vai viabilizar R$ 153,6 milhões para o tratamento de esgoto em Gramado

Bairros Várzea Grande, Mato Queimado, Dutra e Moura e setor Oeste estão contemplados no projeto; entenda

Mônica Pereira
Publicado em: 10/01/2025 às 09h:16 Última atualização: 10/01/2025 às 09h:17
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As quatro reuniões agendadas para tratar da antecipação da coleta e tratamento de esgoto em Gramado foram finalizadas, na terça-feira, dia 7. Desde o final do ano passado, a Corsan tem se reunido com empreendedores da cidade para apresentar uma proposta de parceria. Incluindo os bairros Várzea Grande, Moura e Dutra, Mato Queimado e setor Oeste – que compreende o Carazal -, o intuito é investir cerca de R$ 153,6 milhões até dezembro de 2028.

Parceria com empresários prevê ampliar serviços



Parceria com empresários prevê ampliar serviços

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

De acordo com a companhia, a ideia é construir um sistema coletivo para atender aos empreendimentos e, posteriormente, à comunidade. O mapeamento da Corsan estima que já existam cerca de 120 novas construções projetadas nessas localidades, levando em consideração as que possuem mais de dez economias. O levantamento é baseado no número de pedidos de licenças e viabilidade.

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“Como cada construção precisa apresentar uma solução para o esgotamento sanitário, decidimos apresentar essa solução em conjunto, acelerando os investimentos e a possibilidade de oferecer o serviço”, destaca o diretor jurídico da Corsan, Éden Ferreira.

A meta intermediária da empresa é ter 45% do esgoto tratado na cidade até 2028, o que significa aumentar em 10% o atendimento atual. Para cumprir o Marco do Saneamento Legal, até 2033, 90% do esgoto precisa ser coletado e tratado.

A secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira, destaca os benefícios do sistema para toda a comunidade. “Esse esforço conjunto visa não apenas atender às demandas do crescimento urbanístico, mas também melhorar a saúde pública e a qualidade de vida dos moradores, com foco em um futuro sustentável para Gramado”, comenta.

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Ação coletiva

Com a mudança da solução individualizada por uma extensão da rede, a Corsan pondera que as obras ficarão mais baratas para os empreendedores. “Nós vamos realizar projetos, orçamentos e também executar as obras”, reforça Éden.

O diretor jurídico acentua que um termo de cooperação com a Prefeitura de Gramado será criado, depois com cada um dos empreendimentos de forma individual. A minuta do contrato deve ser apresentada na segunda quinzena de janeiro. O Executivo terá o papel de condicionar o licenciamento e aprovação dessas obras com a adesão à proposta da Corsan.

O gerente de engenharia da companhia, Luiz Sá, diz que os empreendimentos foram divididos em equivalência – de pequeno porte até resorts. Ainda, que o custeio dos empresários será somente para seus negócios e que o acréscimo para que a rede atenda à população terá aporte financeiro da Corsan.

“Passar os riscos que hoje estão com os empreendedores é um dos principais benefícios. Fazer a solução individual resulta nos riscos ambientais da emissão da licença e do monitoramento. É trabalhoso e dificultoso, por causa da cidade em expansão”, declara.

Prioridade no investimento

Equipe da Corsan está atuando na parceria com empresários para antecipar atendimento de coleta e tratamento de esgoto em Gramado



Equipe da Corsan está atuando na parceria com empresários para antecipar atendimento de coleta e tratamento de esgoto em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

As obras no bairro Várzea Grande e setor Oeste terão prioridade, devido ao maior número de empreendimentos. A decisão está acordada no aditivo entre a prefeitura e a Corsan, assinado em dezembro de 2021. Atualmente, em toda a cidade, a companhia atende 26 mil economias, contando o abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto.

Podem ingressar no projeto da Corsan os empreendimentos que tiverem prazo de conclusão até um ano após o término das obras. Contudo, Luiz explica que os empresários que já aderirem terão custos menores e um parcelamento que pode ser de até 30 meses, com correção anual pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Ao longo do tempo, a divisão dos custos passará por atualizações e os valores investidos podem sofrer readequações.

Construções de novas estações de tratamento

A proposta apresentada pela Corsan prevê a criação de estação de tratamento de esgoto (ETE) no setor Oeste e também no bairro Várzea Grande, que não contam com serviço de esgotamento sanitário implementado. No momento, a companhia está buscando terrenos que possam receber as estruturas.

No Mato Queimado e Dutra/Moura, os sistemas existentes serão melhorados e ampliados. Uma das alternativas é fazer o tratamento do esgoto dessas localidades na ETE da Linha Ávila, que já tem uma maior capacidade. Além disso, as obras incluem estações de bombeamento de esgoto (EBE’s), coletores troncos e redes.

O maior investimento será no bairro Várzea Grande, com estimativa de R$ 50,5 milhões – com R$ 39,4 de aporte da Corsan e R$ 11 milhões dos empresários. Depois, no setor Oeste, com R$ 42,7 milhões de investimento – sendo R$ 30,4 milhões pela companhia e R$ 12,2 milhões dos empreendimentos.

Na sequência, o Mato Queimado, com R$ 32,3 milhões – R$ 25,2 milhões pela Corsan e os outros cerca de R$ 7 milhões dos empreendedores. Por fim, o bloco Dutra/Moura, que terá aporte de R$ 28,1 milhões – R$ 25,8 milhões da companhia e R$ 2,3 milhões pagos pelos empresários.

No Mato Queimado, as obras devem ser concluídas em dezembro de 2027. Nas demais áreas, em dezembro de 2028.

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