Faltam 90 minutos. Esse é o tempo que separa o Centro Esportivo Gramadense (CEG) do primeiro título profissional do clube. No domingo, dia 8, a equipe da Serra gaúcha entra em campo com a missão de reverter um placar desfavorável para levantar a taça de campeão da Terceirona Gaúcha.
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Quem vai tentar dificultar esse feito é o Real Sport Club, de Tramandaí. O time disputa a final da competição com o Gramadense e está em busca de um empate no jogo da volta. Isso porque ganhou, de 2 a 1, na primeira partida da final, realizada no domingo, dia 1º, na Vila Olímpica, em Gramado.
O Trem da Serra tem que vencer a última disputa. Caso ganhe por um gol de diferença, leva a decisão para os pênaltis. Se for por dois gols ou mais, garante o título no tempo normal. A confiança por um resultado positivo está presente. Durante a fase classificatória, quando encarou o Real, o CEG venceu um e empatou o outro jogo.
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Desde a terça-feira, dia 3, a equipe gramadense está treinando para corrigir os erros e se preparando psicologicamente para o jogo do domingo, que inicia às 15 horas, no Módulo Esportivo de Tramandaí.
Tendo as duas melhores campanhas da competição, os dois clubes já garantiram vaga na Série A2 do Gauchão em 2025.
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“É perfeitamente possível”
O técnico Carlos Moraes está no comando do time desde o início de outubro. Com mais de 20 anos de experiência, ele foi contratado para incutir o futebol profissional no clube, que até então tinha como DNA o futebol de base. “A questão do profissional muda o dia a dia, da cobrança por rendimento para que o jogador seja um atleta. Foi uma quebra de paradigmas”, ressalta.
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O treinador acentua que se cobra bastante por resultados e leva isso ao grupo. “Tem que ter a performance no treinamento, porque se não treinar forte, não vai performar na partida”, complementa.
Sobre a partida do último domingo, Carlos reforça que houve uma série de fatores para a derrota, como ausências por lesões, a expulsão de um jogador e a perda de foco. “É natural ter aquele relaxamento após a conquista do acesso, mas estamos trabalhando para elevar o nível de novo. No futebol tudo é possível e é perfeitamente possível reverter o placar”, assegura.
A média de idade do time é de cerca de 22 anos. Para Carlos, o ponto forte é a questão técnica. “Temos esta semana para achar as soluções e fazer um jogo sem erros. Temos uma equipe boa, só precisamos evoluir a leitura do jogo, principalmente porque o campo em Tramandaí é ruim. Vamos treinar para que os jogadores consigam sair das dificuldades que forem apresentadas”, salienta.
Com contrato com o clube até o final deste ano, Carlos pondera que as definições para 2025 serão conversadas somente depois do final do campeonato.
“A gente quer muito ser campeão”
A chegada do Gramadense na final e a conquista do acesso à segunda divisão foi com muita emoção. O nome do jogo foi o goleiro Maicon, que garantiu a vitória nos pênaltis, por 9 a 8. “É um momento único. Todo goleiro trabalha para chegar nesta hora e conseguir ser feliz. Tive a oportunidade de fazer a defesa e é algo que não tem como descrever”, cita o jogador.
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Formado nas categorias de base, chegou no Gramadense com 13 anos e também teve passagem pelo Juventude. Com a profissionalização do clube, este é o terceiro ano que joga a Terceirona Gaúcha. “A gente está pensando muito na final, a gente quer muito ser campeão”, comenta, apontando para a ansiedade por estar tão perto de fazer parte do primeiro título do Gramadense.
“Eu acho que é um placar reversível. Por mais que vai ser na casa deles, a gente sabe da dificuldade do campo, mas a gente, com certeza, tem capacidade para chegar lá e reverter”, assegura.
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Com a possibilidade de pênaltis, o trabalho da semana também focará nas cobranças, assim como nas jogadas de bola parada. “A final tem um gostinho diferente, mas a preparação vai ser a mesma. É mais um jogo e temos que dar o nosso melhor”, destaca. O pedido para a torcida é acreditar. “A gente vai conseguir. Eu não tenho dúvidas que a gente vai sair de lá campeão”, frisa.
Importância do trabalho em grupo
Capitão, o volante Tobias é um dos mais experientes do grupo. Para ele, o momento é uma mistura de emoções. “Temos que saber administrar bem isso e viver o dia a dia, aproveitar. É um momento único”, declara.
Tobias argumenta que jogos de finais são decididos nos detalhes. “As duas equipes tiveram chances, mas eles souberam aproveitar melhor. É o gol que conta. Não era o que a gente queria, mas vamos trabalhar bastante nisso e chegar na hora do gol mais confiantes”, diz, reforçando que o vento do litoral e o campo serão pontos de atenção.
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“É acreditar no trabalho e continuar fazendo o que a gente já vem fazendo, porque foi isso que nos trouxe o acesso, nos trouxe à final. O principal é fechar o grupo, porque jogos assim é o grupo que vai vencer”, enfatiza