O campus do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) vai ser construído no bairro Várzea Grande. A equipe do setor de obras da instituição emitiu, na sexta-feira, dia 13, um parecer positivo sobre a viabilidade para implantação da estrutura na área oferecida pela Prefeitura de Gramado.
O terreno tem, ao todo, 16 hectares e fica próximo da Avenida do Trabalhador, distante 8,5 quilômetros do Centro. Para a construção, o IFRS afirma que precisará de 6,7 hectares da área, que deve ser doada ao governo federal.
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A análise favorável foi feita pelo pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do IFRS, Lucas Coradini, e pela gestora do Departamento de Obras da instituição, a engenheira civil Queila de Camargo. No dia 26 de agosto, eles vistoriaram o terreno que servirá de endereço para o futuro campus. A partir disso, um estudo de viabilidade foi elaborado e aprovado.
Lucas reforça que o ofício encaminhado à Prefeitura aponta para as condições necessárias para avançar na construção da unidade, como de infraestrutura básica e acesso. “Nós pedimos que a Prefeitura deixe o terreno em condições de receber a obra. Isso tem um custo elevado e nosso orçamento é limitado”, explica o pró-reitor.
Em contrapartida, o Executivo se comprometeu com esses requisitos, como a limpeza e terraplanagem do terreno, contenção e drenagem, além de providenciar abastecimento de água, energia elétrica e a criação de um acesso viário pavimentado até a avenida. O início das obras ocorrerá, após essas etapas concluídas. Conforme Lucas, a expectativa é para o primeiro semestre de 2025.
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Para o secretário da Inovação, Heitor Noel, essa é uma conquista para o município. “Resultado de um trabalho árduo, mas extremamente gratificante. Foram inúmeras reuniões, visitas a Brasília, diálogos com secretários, reitores e ministros para trazer o IFRS para Gramado. Com a oficialização do terreno, ganhamos ainda mais força para fortalecer uma educação de excelência para nossa comunidade. O IFRS está cada vez mais perto de se tornar realidade”, celebra.
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Próximos passos para o projeto
O próximo passo será firmar um termo de compromisso entre a instituição e a administração municipal. Com isso, o IFRS encaminha o plano de implantação do campus para o Ministério da Educação (MEC). Assim, uma nota técnica é emitida, depois de uma nova rodada de análises.
Apesar disso, Lucas afirma estar confiante com a aprovação. Como a área atende a determinações estabelecidas pelo próprio MEC para a construção de um campus de instituto federal, é pouco provável que haja um parecer desfavorável.
“A avaliação preliminar é nossa, quem faz a obra é o IFRS. Então, o próprio MEC confia muito no parecer da nossa equipe. A Prefeitura se comprometendo com as contrapartidas, já temos algo mais concreto”, afirma o pró-reitor. “A definição total acontece depois que o MEC faz uma nota técnica e emite a CDO, que é a disponibilidade orçamentária”, acrescenta.
O planejamento é encaminhar o plano completo até o final de setembro. Em paralelo, deve ocorrer a tramitação da doação da área – que precisa ser aprovada pela Câmara de Vereadores. “A gente está no caminho para ter obras em Gramado já no primeiro semestre de 2025, que é nossa intenção”, declara Lucas.
A estimativa é que demore até dois anos para a conclusão dos primeiros blocos acadêmicos. Enquanto isso, há mobilização para que uma estrutura provisória do Estado ou Município possa ser utilizada para dar início nas atividades acadêmicas.
Expansão da estrutura
As estruturas para as unidades de institutos federais seguem padrões nacionais. Porém, mudanças podem ser projetadas no campus de Gramado para que possam se adequar ao padrão construtivo da cidade e, ainda, atender questões como o clima frio da região.
Inicialmente, a estrutura será básica, composta por salas de aulas, espaço administrativo e auditório. “A estrutura vai crescendo conforme a demanda. Depois, temos projetos específicos para refeitório, biblioteca e o campus vai expandindo”, reforça o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do IFRS.
Em funcionamento até 2027, o instituto federal em Gramado vai poder atender até 1,4 mil estudantes, tendo corpo docente com 70 professores e 45 técnicos administrativos. A unidade vai ofertar ensino médio técnico, cursos técnicos, licenciaturas, graduações e pós-graduações. Os cursos que serão oferecidos devem ser discutidos previamente com a comunidade.
Ao todo, o governo federal anunciou que 100 cidades do Brasil foram contempladas, com investimento de R$ 25 milhões em cada campus.
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