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PARA DESAFOGAR O TRÂNSITO

Obra de ligação entre os bairros Piratini e Prinstrop deve ser concluída em dez meses

Nova via é considerada importante para mobilidade urbana, já que desvia o trânsito do Centro de Gramado

Mônica Pereira
Publicado em: 17/01/2023 às 15h:53 Última atualização: 18/01/2024 às 10h:59
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Considerada uma das obras mais importantes para auxiliar na mobilidade urbana de Gramado, o ato de assinatura para início da ligação viária entre os bairros Prinstrop e Piratini ocorreu na manhã desta terça-feira (17).

Nos próximos dias, a Dalfovo Construtora, empresa de Caxias do Sul que venceu a licitação e executará o projeto, iniciará o levantamento topográfico e demarcação da área, além da mobilização de equipamentos. Em um valor total de R$ 6,5 milhões, a expectativa é que a nova via seja concluída em dez meses.

Engenheiro Franco Parmeggiani é um dos responsáveis pela obra de ligação viária entre os bairros Piratini e Prinstrop, em Gramado



Engenheiro Franco Parmeggiani é um dos responsáveis pela obra de ligação viária entre os bairros Piratini e Prinstrop, em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Apesar de um trecho curto, de aproximadamente 400 metros, o desafio da obra é o desnível entre as ruas que serão interligadas, a Abramo Eberle e Theobaldo Prinstrop (junto ao condomínio Alphaville), que chega aos 20 metros. Por isso, detonações precisarão ser realizadas e cerca de 45 mil metros cúbicos de rochas devem ser retiradas do local para posterior criação de estruturas de contenção no entorno. As rochas detonadas serão destinadas para uso da pedreira municipal.

Conforme o engenheiro da construtora, Franco Parmeggiani, a via terá pista dupla em ambos os sentidos e com possibilidade de trânsito também de veículos pesados.

“É uma obra complexa. Vamos ter alturas profundas de detonação e volume de rocha em função da grande largura da pista”, atesta. Apesar de ser a primeira obra em Gramado, a empresa destaca que costuma realizar obras para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit), possuindo conhecimento na área de detonações.

Com a conclusão dessa obra, esse será mais um trecho do projeto de construção do anel viário de Gramado, que busca interligar os pontos da cidade desviando a área central. 

Importância da obra

O vice-prefeito de Gramado, Luia Barbacovi, afirma que essa é uma das obras mais importantes para o cidadão gramadense, no quesito mobilidade urbana. “Vai ter esse papel importante no deslocamento da população, principalmente para o lado norte para quem vai na direção de Nova Petrópolis, Várzea Grande, Linha Marcondes, Tapera – e no sentido inverso também”, comenta.

“É uma felicidade cumprir mais essa promessa que vai beneficiar a nossa comunidade”, completa o prefeito Nestor Tissot.

Com o projeto concluído há cerca de três anos, através de uma contrapartida do Estudo de Impacto de Vizinhança, o vice-prefeito pondera que o início da obra foi adiado porque o Executivo tinha planejado utilizar o recurso de outorga da venda da Corsan, que ainda não chegou aos cofres municipais. Depois, tentou recursos estaduais e federais. Por causa da demora, decidiu executar o projeto com recursos próprios.

O secretário de Obras, Rafael Ronsoni, será o responsável pela fiscalização da execução da obra. “Hoje é um dia histórico para Gramado. Essa obra não inicia hoje, mas lá atrás quando foi pensado e traçado o anel viário do município”, frisa. Em sua fala, o secretário adiantou que há a projeção de 17 quilômetros de asfalto para o município neste ano.


Empresário gramadense Waldir Wille



Empresário gramadense Waldir Wille

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL


Morador do bairro Piratini, Waldir Wille conta que reivindica essa obra há cerca de 15 anos. “Cada carro que não precisar passar pelo Centro vai ajudar àqueles que precisam ir. Tem gente que precisa ir para o Centro todos os dias, mas quem não precisa pode usar essa rota alternativa. É uma obra fundamental para a nossa mobilidade urbana, sem contar a questão ecológica porque um carro polui muito menos andando do que trancado lá no Centro”, destaca o empresário e ex-presidente da associação de moradores do bairro.

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