Uma comitiva formada pelo prefeito de Farroupilha Fabiano Feltrin (PP), pelo senador Luiz Carlos Heinze (PP), e pelos deputados federais Denise Pessôa (PT) e Maurício Marcon (Pode) foi até o Ministério de Portos e Aeroportos, em Brasília, para debater a construção do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, de Vila Oliva, entre Caxias do Sul e Gramado. Os políticos foram recebidos pelo ministro Márcio França, que sugeriu o encaminhamento de um projeto de modelagem, que será feito pelos prefeitos da região.
“Um relatório apontou que as condições climáticas de lá (de Vila Oliva) são muito mais favoráveis do que no aeroporto de Porto Alegre – ali tem muito menos incidência de neblina. Essa questão climática vai colocar esse aeroporto como sendo o principal do Rio Grande do Sul”, afirma a deputada federal Denise Pessôa, que fez referência ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) publicado em 2020.
De acordo com o documento, “Embora o Aeroporto Regional de Caxias do Sul – Hugo Cantergiani esteja distante aproximadamente 65 km de Gramado (o município mais procurado por turistas na Serra), costuma fechar com frequência devido às condições climáticas da região e tem voos cancelados ou transferidos para Porto Alegre. Sendo assim, a localização do novo Aeroporto Regional da Serra Gaúcha possui uma posição estratégica em relação aos municípios da Região das Hortênsias (Gramado, Canela e Nova Petrópolis)”.
A possibilidade de uma parceria público-privada (PPP) que envolveria o aeroporto, a estrada de acesso, a ponte a ser construída, o terminal de carga e um eventual pedágio foi discutida. O ministro também manifestou a possibilidade de a administração ficar sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que, por ser pública, dispensa licitação.
“Digamos que você me apresenta a modelagem. Como ela funciona aqui? Passa pelo tribunal de contas e depois passa pela agência – uma de aviação, por causa do aeroporto, e outra terrestre, por causa da pista. Depois é feita uma licitação, um leilão”, apontou o ministro França.
Um estudo preliminar de viabilidade do empreendimento, apresentado em junho pela empresa Infra SA, apontou que o Aeroporto de Vila Oliva terá custo estimado de R$ 520 milhões e que a estimativa é de receber até 2,5 milhões de passageiros por ano.
LEIA TAMBÉM