Reivindicações do setor turístico da Serra gaúcha foram apresentadas ao governo federal na tarde desta quarta-feira (5). O ministro do Turismo, Celso Sabino, e o ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, estiveram em Gramado e se reuniram com autoridades, empresários e imprensa. Na ocasião, apresentaram ações para manutenção dos negócios no Estado.
A visita foi provocada pelos grupos hoteleiros e de entretenimento Wish e Gramado Parks. O CEO do Gramado Parks, Ronaldo Costa Beber, já levou demandas à União, em recente viagem a Brasília. Entretanto, aponta a importância de um encontro presencial na Serra para reiterar os pedidos.
A principal solicitação e o consenso de todo o trade é que o aeroporto de Porto Alegre precisa voltar a operar. “Nós não podemos, em hipótese nenhuma, ter o aeroporto Salgado Filho reaberto só em dezembro. A gente precisa disso urgentemente”, afirma, pedindo que medidas “possíveis e impossíveis sejam tomadas”.
O CEO destaca que reconhece os esforços realizados em outros aeroportos, mas que o Salgado Filho é insubstituível neste momento. Ainda, avalia como “catastrófica” a opção de operar somente com as estruturas provisórias de outros aeroportos. “Por mais que se tente tudo que é possível com Caxias, Torres, Base Aérea de Canoas, a gente não vai chegar nem perto da oferta que existia no Salgado Filho”, acrescenta.
Ronaldo frisa que o grupo está buscando diálogo junto com a Fraport, concessionária responsável, para se colocar à disposição, inclusive, com investimentos. Para ele, a operação significa a manutenção dos empregos na região. “Sem o aeroporto, a demanda em Gramado vai oscilar em torno de 20% a 30% ao longo do ano. Isso é inviável para manter os empregos, manter o nível de investimento”, reforça.
“A gente também apoia muito a ideia do aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul, que já tem todas as licenças, que já tem o seu encaminhamento ambiental”, conclui.
A opinião é endossada pelo secretário de Turismo do Estado, Luiz Fernando Rodriguez Júnior. Ele cita que é preciso restaurar a conectividade áerea. “Nós nos sentimos como se estivéssemos em uma ilha, afastados do resto do Brasil, com dificuldade nos nossos negócios, na recepção dos turistas”, aponta. “A data limite seria agosto para evitar um colapso”, ressalta.
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