O homem que morreu após tentar salvar o filho mais velho, Maico Amaral, de 37 anos, e uma criança de 7, que havia caído em um rio, no domingo (3), foi velado e sepultado nesta segunda-feira (4), com muitas homenagens. “Meu pai era um cara humilde, trabalhador, do bem, não queria mal pra ninguém”, é como um dos três filhos, Guilherme Amaral, 35, lembra do empresário Pedro Amaral, de 57 anos. “Ele era nossa base, nosso pilar”, conta.
A despedida foi marcada por muito tributos. Querido pela comunidade, a filha mais nova, Ana Paula Amaral, 21, conta que mais de 200 pessoas compareceram. Durante o velório, um amigo da família tocou músicas que Nunes gostava com uma gaita, “foi muito emocionante”, explica. Enquanto o caixão era levado, os funcionários da empresa automobilística fizeram um buzinaço com os caminhões até o último momento. A rua, inclusive, foi fechada pela Secretaria de Trânsito de Gramado para que isso fosse possível. “Eu estava em choque, não queria acreditar”, ela lembra. “Ali foi caindo a ficha e a sensação de vazio foi ficando cada vez maior.”
O acidente
No domingo, Pedro Amaral foi com a esposa Rosmari Benetti do Amaral, Maico e o neto de 4 anos em um sítio de um conhecido para passear. Não se sabe como, mas o menino, filho do caseiro da propriedade, caiu no rio. Ele estava sendo levado pela correnteza e Maico, ao perceber, se jogou na água atrás da criança.
Pedro, em questão de segundos, também entrou. “Meu irmão viu essa cena, da água levando o gurizinho, e pulou atrás pra salvar o guri”, afirmou Guilherme, “meu pai também, não pensou duas vezes e pulou atrás pra salvar meu irmão e o gurizinho. Meu irmão e o gurizinho conseguiram se salvar, meu pai infelizmente não”.
Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, que fez manobras de ressuscitação durante todo caminho até o Hospital de Gramado, mas chegou lá já em parada cardiorrespiratória, de acordo com a corporação.
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