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APÓS 13 ANOS

Museu na Casa do Major é inaugurado com a proposta de honrar a história de Gramado

Espaço foi comprado pela Prefeitura em 2009, e nos últimos dois anos passou por um processo de restauro

Publicado em: 09/12/2022 às 03h:00 Última atualização: 31/07/2024 às 09h:22
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Com antigas máquinas de costura e escrita, animais empalhados, utensílios domésticos e móveis de tempos remotos, o Museu Major José Nicoletti Filho, na Casa do Major, primeiro subintendente do município, foi inaugurado no final da tarde de quarta-feira, dia 7. O museu não conta somente com relíquias, mas também com tecnologia, na forma de projeções audiovisuais, totens com áudio e telas com imagens.

Museu está aberto gratuitamente para visitação



Museu está aberto gratuitamente para visitação

Foto: FOTOS Nicoli Saft/GES-ESPECIAL

A Casa do Major foi comprada pela Prefeitura de Gramado em 2009, e nos últimos dois anos passou por um processo de restauro. O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, destacou em seu discurso na cerimônia de abertura sobre a satisfação de ter feito a compra do local na sua primeira gestão e agora, após 13 anos, poder finalmente inaugurar o local.

“O major José Nicoletti Filho viveu aqui por 66 anos, é uma casa centenária. A abertura desse museu significa o resgate da história e política da cidade. Então, agora nós estamos no ambiente em que ele viveu, totalmente recuperado, restaurado, criando aqui um atrativo cultural, turístico, junto com a cafeteria. É um ambiente muito prazeroso de se estar, poder participar um pouco dessa história, em um ambiente externo magnífico no meio da natureza, ouvindo o canto dos pássaros, ao lado desse importante ponto turístico que é a Rua Torta”, coloca.

Conforme explica o secretário da Cultura, Ricardo Bertolucci Reginato, a Casa do Major foi construída em frente à linha férrea que estava sendo feita. A população de Gramado morava onde hoje é a Linha Nova, e o major quis deslocar o Centro da cidade para a atual área por causa do trem. “Então o major construiu a casa aqui para poder observar quem vinha e saía da cidade. E a gente sabe que aonde estava o trem, estava o desenvolvimento. Então, ele pensou vamos tirar a cidade de lá e traze para cá, que logo o trem estará aqui e nós estaremos mais próximos do desenvolvimento”, conta o secretário.

“Além da preservação histórica, essa casa é simbólica, ela representa Gramado valorizando sua cultura, sua história e as pessoas que construíram essa cidade”, acrescenta Ricardo.

 

Conhecimento

O museólogo da Prefeitura de Gramado, Márcio Carvalho, chama a atenção para a importância de espaços de preservação. “O museu é uma ferramenta que serve para transmitir cada vez mais a informação e o conhecimento. Já que ele faz isso, se torna indispensável no desenvolvimento de uma cidade. Dessa forma, Gramado recebe mais uma ferramenta que trabalha em cima do desenvolvimento, do cuidado, do patrimônio e da cultura de uma sociedade”, destaca.

Para o secretário Ricardo, significa preservar a história da cidade. “Gramado se tornou muito turística, e a grande migração de pessoas pra cá acaba deixando a nossa história meio de lado, e é fundamental termos um ponto que a preserve, que conte nossa história para as pessoas, seja para os turistas que estão vindo para cá, seja pra nossa própria comunidade, escolas, que vão usufruir desse espaço”, complementa.

 

Setor privado

O prefeito Nestor destacou que o museu só pode ser aberto por conta também do setor privado. O processo de restauro da Casa do Major, por exemplo, foi custeado por uma parceria com a empresa Hasam Incorporações.

Anexo ao acervo histórico, funciona agora um café da Lugano, empresa que venceu licitação pública. O estabelecimento conhecido por seus chocolates foi a responsável por fazer o jardim do local, de uso público.

O projeto de paisagismo preservou a vegetação local, mantendo a natureza próxima de um dos pontos mais visitados de Gramado.

Um convite a todos

O secretário da Cultura, Ricardo Bertolucci Reginato, faz um convite a todos para que visitem o museu. Inicialmente ele será gratuito, funcionando de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas. “Estamos organizando a equipe para fazer uma escala, o local ficará fechado nas segundas-feiras. Também estamos estudando como vão ser os formatos no futuro”, justifica.

“Venham conhecer a história da cidade, venham conhecer um pouco mais daquilo que trouxe Gramado até aqui. Essa é a história que o museu está contando, é o mais importante. Temos duas frentes de exposição, nossas paredes e acervos contando a história da cidade, dos colonizadores e dos povos originários, os indígenas que eram os primeiros moradores, os negros que também chegaram ao município, e depois os tropeiros e colonizadores, os alemães, italianos, portugueses que vieram para trabalhar e até hoje estão aqui.”

“Depois temos os totens que estão ali dentro, e o próprio major conta a sua história por meio de gravações de áudio para quem quiser conhecer mais sobre esse sujeito que contribuiu tanto para a construção da cidade de Gramado”, conclui o representante da Cultura no município.

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