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"ALMA DE GRAMADO"

Movimentos culturais querem aflorar história da cultura alemã de Gramado dentro do Parque Knorr

Após aprovação de projetos, local será transformado também em um atrativo noturno; saiba os detalhes

Mônica Pereira
Publicado em: 17/11/2024 às 10h:51 Última atualização: 17/11/2024 às 10h:51
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Uma casa construída há 84 anos, símbolo de Gramado e que vai manter viva a história da cultura alemã. É esse o projeto para que a Casa Knorr, que por anos abrigou a casa do Papai Noel na cidade, volte a ser visitada pela comunidade e turistas.

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Marco, Romeo e Leonid falam sobre o futuro da Casa Knorr



Marco, Romeo e Leonid falam sobre o futuro da Casa Knorr

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Inserida em uma área de 87,9 mil metros quadrados, o intuito é que o local seja o ponto de encontro para homenagear uma das etnias colonizadoras do município. A ideia foi do presidente do Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Ambiental e Cultural de Gramado, Leonid Streliaev.

No ano em que se comemora o bicentenário da imigração alemã, o espaço, que é uma autêntica construção bávara, será transformado em memorial.

“Essa casa é um ícone de Gramado. Faremos o resgate de uma imagem que está no inconsciente, dos gaúchos e dos brasileiros”, descreve Leonid, ao afirmar que conheceu o Parque Knorr, em 1966, na primeira visita ao município. “Foi em uma excursão da escola e nunca mais saiu da cabeça”, declara.

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Casa Knorr, em Gramado



Casa Knorr, em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Em outubro do ano passado, o parque foi adquirido em leilão, por R$ 33,8 milhões, pelo HR Group, que comprou também a fábrica de chocolates Prawer. “Quando eu soube, pensei que tínhamos que resgatar a história da casa. Levei a ideia para o Conselho do Patrimônio, que aprovou por unanimidade. E fomos bem recebidos pela empresa. Esse resgate é algo que Gramado agradecerá para sempre”, alega.

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Atrativos culturais

Estrutura está passando por melhorias para reabrir ao público como um memorial



Estrutura está passando por melhorias para reabrir ao público como um memorial

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A incumbência de levar vida ao espaço será da Academia Gramadense de Letras e Artes (Agla). Os membros do grupo desenvolverão ações culturais e artísticas ao longo do ano. “A gente vai fazer com que essa história aflore, através da parte cultural”, comenta o presidente da entidade, Marco Antônio Lopes Ferreira. Uma das ações pode ser até a revitalização da pintura da estrutura, que contém muitas flores.

O gramadense Romeo Ernesto Riegel é um dos entusiastas da cultura alemã. Ele recorda que a área do Parque Knorr era de seu avó, João Fisch Sobrinho, que posteriormente foi vendida a Oscar Knorr. “Não vai ser um museu, é um conceito diferente. Um elemento vivo da nossa história”, pondera.

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“A gente quer que esse projeto seja algo pulsante e que gere relacionamento, contemplação, alegrias. Que transporte para a comunidade e para o Brasil a verdadeira alma de Gramado. Essa casa é um dos pedacinhos da alma da nossa cidade”, salienta Leonid, citando que procura buscar um novo conceito dentro do conselho municipal. “Queremos que o Conselho do Patrimônio dê mais conselhos e menos pareceres”, conclui o presidente.

Qual o futuro do parque

Projeto para construir restaurante foi protocolado



Projeto para construir restaurante foi protocolado

Foto: Divulgação

O diretor-executivo da Prawer, José Augusto Freiberger, destaca que o Parque Knorr se tornará um espaço para contemplação da natureza. Ao todo, a revitalização da área deve ter um investimento de R$ 30 milhões.

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Como é uma área tombada, o representante da empresa comenta que o grupo teve autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae) para construir edificações na mesma metragem que havia antes da saída da Aldeia do Papai Noel do parque. O projeto, que tem 2,5 mil metros quadrados, foi enviado para aprovação na Prefeitura de Gramado.

 José Augusto



José Augusto

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A ideia é construir um restaurante com vista para o Vale do Quilombo, além de bilheteria e banheiros. “Colocamos bastante madeira e vidro no projeto para deixar o local bem imersivo na natureza e respeitando o tombamento. Até agora, não fizemos nenhuma interferência, só o plantio de flores, corte da grama, colocamos alguns bancos”, relata.

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Ainda não há previsão de quando o parque será aberto ao público, mas José Augusto reforça que o intuito é transformar em um atrativo noturno. “Queremos fazer um show de luzes no lago, deixar o ambiente iluminado. Queremos ver o parque com vida, porque nós conseguimos manter e fazer cada vez mais melhorias, envolver a comunidade”, complementa, reiterando que moradores de Gramado sempre terão isenção de ingressos para visitar o local. 

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