Após mais de um ano com a estrutura parada e desativada, a empresa responsável pelo Mega Domo iniciou no final de semana a retirada das lonas, ferros e cabos que estão no terreno localizado nas proximidades da entrada de Canela. A medida atende a liminar da 2ª Vara Judicial da Comarca de Canela, do dia 8 de fevereiro, que determinava a saída do empreendimento em cinco dias, devido ao risco de saúde pública, pela presença da água parada e aumento de casos de dengue no RS.
Uma equipe foi contratada pela Histórias Incríveis Entretenimento para fazer a limpeza da área e atua desde o último final de semana. Entretanto, os trabalhos precisaram ser paralisados no sábado (17), devido ao temporal que atingiu o município.
A expectativa é que o local seja esvaziado até o final de semana. Para que isso seja cumprido, espera que o tempo colabore. A presença de materiais que podem atrair raios faz com que, em períodos de chuva, a equipe precise parar.
“Não temos como dar uma previsão definitiva. Dependemos inclusive do tempo seco para concluir os trabalhos. Estamos fazendo tudo ao nosso alcance para concluir no menor tempo possível”, afirma a advogada da H.I, Nice Casagrande.
São aproximadamente 15 profissionais que trabalham na retirada dos materiais. Cabos de aço e ferros que auxiliavam na fixação da estrutura são retirados, junto da lona que é cortada. Um dos motivos justificados para a demora na desinstalação do Mega Domo era justamente os altos valores para levantar e guardar a lona de forma adequada. Com a decisão judicial, a empresa precisou optar por cortar a mesma.
Relembre
A juíza Simone Chalela determinou que a Histórias Incríveis Entretenimento, responsável pelo ex-atrativo, retirasse o domo da localidade em até cinco dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil.
A liminar também era válida para a proprietária do local, a rede Sky Hotéis, e atendia um pedido do Ministério Público, que entrou no dia 1º de fevereiro com uma ação civil pública. Na ocasião, a Promotoria de Canela sinalizou o risco de saúde pública devido ao acúmulo de água parada.
No despacho, a magistrada coloca que “é notório, através dos elementos demonstrados pela Municipalidade e pelo Ministério Público, sobretudo pela pesquisa realizada por intermédio da Secretaria de Municipal da Saúde, que o acúmulo de água da chuva sobre a lona desinflada do Mega Domo propicia possíveis reservatórios para proliferação de mosquitos, sendo vantajoso, inclusive, para proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela dengue”.
Além de retirar a lona desinflada, as empresas devem fazer a sanitização do terreno.
A empresa responde por processos na justiça, desde questões ambientais – como dano em áreas de preservação permanente – até inadimplência de aluguéis e IPTU do terreno, de propriedade da rede Sky Hotéis.
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