JUSTIÇA
Mais três se tornam réus por desvio de dinheiro pela Operação Cáritas em Canela
Ex-secretário de Turismo de Canela, jornalista e empresário responderão por crime de peculato
Última atualização: 01/02/2024 15:28
O ex-secretário de Turismo de Canela, Ângelo Sanches, se tornou pela segunda vez réu após novo recebimento de denúncia do Ministério Público por parte do Poder Judiciário. Ele, junto do empresário Paulo Cezar da Rosa e do jornalista de Gramado Carlos Henrique Marquez de Souza, conhecido como Caíque Marquez, responderão pelo crime de peculato. O processo é derivado das últimas fases da Operação Cáritas, ocorridas no final de 2022.
Conforme a denúncia recebida pela 1ª Vara da Comarca de Canela, através do juiz Vancarlo Anacleto, após investigação oriunda do inquérito policial, o trio "em comunhão de vontades e conjugação de esforços, teria desviado, em proveito próprio, a quantia de R$ 61.950,00".
Ainda, no despacho o juiz coloca que Caíque e Paulo, que respondem em liberdade, não poderão mudar de residência sem comunicação prévia.
Inquérito
A suspeita do crime havia sido compartilhada pela própria Polícia Civil na data em que Ângelo foi preso, 14 de dezembro.
Na ocasião, o delegado titular Vladimir Medeiros, sem citar nomes, informou que havia superfaturamento na contratação de produção de áudios de narração em atração que ocorre na Catedral de Pedra, no valor de R$ 60 mil, onde R$ 50 mil teria sido devolvido ao agente público. O contrato foi feito sem licitação.
Defesas
Os advogados Ricardo Cantergi e Jair da Veiga Filho trabalham na defesa de Ângelo e de Caíque. Cantergi informou ao Jornal de Gramado que deve responder à acusação até quinta-feira, dia 16. Já Jair informou que tentará um acordo de não persecução penal, que dependerá do MP e do Tribunal de Justiça.
A reportagem tenta contato com o empresário Paulo Cezar mas até a publicação não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Audiência de instrução
Na tarde de terça-feira, ocorreu a audiência de instrução do primeiro crime pelo qual Sanches se tornou réu, assim como o diretor de eventos Elias da Rosa e a ex-diretora da pasta Camila Pavanatti, que também respondem por peculato. Testemunhas de acusação foram ouvidas. Na ocasião, o ex-secretário solicitou ao juiz uma reconsideração da prisão preventiva. Vancarlo afirmou que a manutenção da prisão ainda se fazia necessária. O advogado Ricardo Cantergi deve entrar com um pedido por escrito nos próximos dias.
Veículo repassado não pode ser usado
O veículo Jeep Compass SUV 4x4, pertencente a uma das empresas investigadas na oitava fase da Cáritas e que estaria relacionada a esquemas de organização criminosa dentro da Secretaria do Meio Ambiente, teve seu destino mudado no final da tarde da quarta-feira, dia 8. Em julho, o carro havia sido entregue, conforme decisão judicial, ao Corpo de Bombeiros de Canela, para uso administrativo. Ele chegou a ser adaptado ao modelo e protocolos específicos para uso administrativo e operacional da guarnição. Também foi adesivado e pintado.
Contudo, a 4ª Câmara Criminal determinou, em ação de mandado de segurança, que o Jeep não seja utilizado pela corporação e guardado em depósito. "A modificação das características do automóvel descumpre, em linha de princípio, com a responsabilidade sobre o uso e conservação do bem. Destaque-se, no ponto, que pende de análise a apelação que discute pedido de restituição do automóvel e outros bens apreendidos em nome da empresa postulante", afirma o desembargador relator na decisão expedida, Júlio Cesar Finger.
O ex-secretário de Turismo de Canela, Ângelo Sanches, se tornou pela segunda vez réu após novo recebimento de denúncia do Ministério Público por parte do Poder Judiciário. Ele, junto do empresário Paulo Cezar da Rosa e do jornalista de Gramado Carlos Henrique Marquez de Souza, conhecido como Caíque Marquez, responderão pelo crime de peculato. O processo é derivado das últimas fases da Operação Cáritas, ocorridas no final de 2022.
Conforme a denúncia recebida pela 1ª Vara da Comarca de Canela, através do juiz Vancarlo Anacleto, após investigação oriunda do inquérito policial, o trio "em comunhão de vontades e conjugação de esforços, teria desviado, em proveito próprio, a quantia de R$ 61.950,00".
Ainda, no despacho o juiz coloca que Caíque e Paulo, que respondem em liberdade, não poderão mudar de residência sem comunicação prévia.
Inquérito
A suspeita do crime havia sido compartilhada pela própria Polícia Civil na data em que Ângelo foi preso, 14 de dezembro.
Na ocasião, o delegado titular Vladimir Medeiros, sem citar nomes, informou que havia superfaturamento na contratação de produção de áudios de narração em atração que ocorre na Catedral de Pedra, no valor de R$ 60 mil, onde R$ 50 mil teria sido devolvido ao agente público. O contrato foi feito sem licitação.
Defesas
Os advogados Ricardo Cantergi e Jair da Veiga Filho trabalham na defesa de Ângelo e de Caíque. Cantergi informou ao Jornal de Gramado que deve responder à acusação até quinta-feira, dia 16. Já Jair informou que tentará um acordo de não persecução penal, que dependerá do MP e do Tribunal de Justiça.
A reportagem tenta contato com o empresário Paulo Cezar mas até a publicação não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Audiência de instrução
Na tarde de terça-feira, ocorreu a audiência de instrução do primeiro crime pelo qual Sanches se tornou réu, assim como o diretor de eventos Elias da Rosa e a ex-diretora da pasta Camila Pavanatti, que também respondem por peculato. Testemunhas de acusação foram ouvidas. Na ocasião, o ex-secretário solicitou ao juiz uma reconsideração da prisão preventiva. Vancarlo afirmou que a manutenção da prisão ainda se fazia necessária. O advogado Ricardo Cantergi deve entrar com um pedido por escrito nos próximos dias.
Veículo repassado não pode ser usado
O veículo Jeep Compass SUV 4x4, pertencente a uma das empresas investigadas na oitava fase da Cáritas e que estaria relacionada a esquemas de organização criminosa dentro da Secretaria do Meio Ambiente, teve seu destino mudado no final da tarde da quarta-feira, dia 8. Em julho, o carro havia sido entregue, conforme decisão judicial, ao Corpo de Bombeiros de Canela, para uso administrativo. Ele chegou a ser adaptado ao modelo e protocolos específicos para uso administrativo e operacional da guarnição. Também foi adesivado e pintado.
Contudo, a 4ª Câmara Criminal determinou, em ação de mandado de segurança, que o Jeep não seja utilizado pela corporação e guardado em depósito. "A modificação das características do automóvel descumpre, em linha de princípio, com a responsabilidade sobre o uso e conservação do bem. Destaque-se, no ponto, que pende de análise a apelação que discute pedido de restituição do automóvel e outros bens apreendidos em nome da empresa postulante", afirma o desembargador relator na decisão expedida, Júlio Cesar Finger.