SAÚDE

Índices de vacinação revertem queda e crescem no ano de 2023 em Gramado

Município segue tendência estadual e trabalha para aumentar ainda mais a cobertura vacinal

Publicado em: 05/01/2024 11:29
Última atualização: 05/01/2024 11:29

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Rio Grande do Sul registrou aumento de cobertura vacinal em 2023. Esse crescimento se reflete em Gramado.

Vacinação em Gramado Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

Atualmente, são 18 tipos de vacinas oferecidas de forma gratuita, pelo SUS, na rotina de adultos, idosos, gestantes, adolescentes e crianças. Há, ainda, 19 imunizantes especiais para pessoas com comorbidades, oferecidas pelo Centro de Referencia em Imunobiológicos Especiais.

Conforme a enfermeira Ellen Pedroso, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Gramado, os dados de 2023 ainda são preliminares, pois a plataforma de análise está em construção pelo governo federal. "Em 2023, houve uma recuperação na cobertura em relação a 2021 e 2022. Mas ainda estamos longe das coberturas vacinais alcançadas em anos anteriores, como 2014 e 2016", explica.

Os dados

No RS, o destaque ficou para os números da vacina pneumocócica, cujos índices saltaram de 72,7% em 2022, para 78,8% em 2023. O Estado também ampliou as coberturas da difteria, tétano e coqueluche (DTP), que passou de 72,7% para 76,2% no último ano.

Em Gramado, praticamente todos os indicadores tiveram crescimento na análise da cobertura vacinal de crianças menores de 1 ano. A BCG (contra tuberculose) e Pneumocócica alcançaram praticamente 100% de cobertura.

Outras aplicações que tiveram aumento de procura em crianças pequenas foram a Rotavírus Humano, pulando de 71,51% para 95,39% de cobertura; Poliomielite, que subiu de 72,07% para 90,57%; DTPa gestante, que cresceu de 71,54% para 92,98%; e a Meningococo C, que teve crescimento de 75,7% em 2022, para 91,67% em 2023.

Assim, enquanto que há dois anos a média de cobertura vacinal era de 73,43%, em 2023, o índice passou a ser de 87,82%.

Apesar do número positivo, o objetivo da Vigilância Epidemiológica é aumentar mais esses dados. Em 2014, a cobertura chegou a 108,9%, superando as estimativas em diversos imunizantes.

Trabalho para aumentar os números

A Secretaria da Saúde vem trabalhando de forma conjunta com a Educação, em ações para realizar vacinação em crianças e adolescentes nas escolas. Mas, conforme o setor de Imunizações, muitos responsáveis não autorizam que a caderneta seja verificada.

"Somente 85% dos meninos de 9 anos têm a vacina contra HPV dose um, e apenas 40% completou o esquema. Já as meninas têm coberturas acima de 95%, nas duas doses. A vacina protege contra o câncer do colo de útero e de pênis, além das verrugas causadas pelo HPV. Vacina é sinônimo de esperança e que muitas pessoas serão salvas de doenças", pontua Ellen.

"Salve a sua vida de quem você ama"

Um dos dados que preocupa se refere aos adolescentes. A vacina da meningite, que protege contra o Meningococo A, C, W e Y e está disponível para 11 e 12 anos de idade, tem cobertura máxima de 30%. "Ou seja, são mais de 2 mil adolescentes que não foram vacinados", lamenta.

"As vacinas já erradicaram doenças muito perigosas, terminam com pandemias. Não tem nada mais gratificante que uma carteirinha cheia de carimbos. Salve a sua vida e de quem você ama, dizendo sim à vacinação", diz Ellen.

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