SAÚDE

"Houve o atraso, mas isso está superado", diz diretor do São Miguel sobre problemas no pagamento dos funcionários

Carlos Gober Libardi e o secretário da Saúde, Jeferson Moschen, falam sobre a situação financeira do hospital de Gramado; saiba mais

Publicado em: 19/01/2024 11:59
Última atualização: 19/01/2024 12:09

"O hospital não deve nada para ninguém. Houve o atraso, mas isso está superado". A frase é do interventor e diretor do Hospital Arcanjo São Miguel, Carlos Gober Libardi, em resposta aos questionamentos do Jornal de Gramado sobre os atrasos nos pagamentos relatados por um funcionário da casa de saúde gramadense.

Carlos Gober Libardi Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Dinheiro do caixa

Após anos de indefinição sobre a venda do único hospital da cidade, que até então era privado, em outubro de 2023, a Prefeitura efetivou a compra, tornando-o público.

O secretário da Saúde, Jeferson Moschen, esclarece que, durante o período, foi tomada a decisão de investir o dinheiro que estava no caixa do hospital. "Estava com esse processo de compra e venda sendo encaminhado e decidimos que realizaríamos as melhorias necessárias. A empresa compraria tudo, inclusive, o valor que estava em caixa", atesta.

Dessa forma, segundo os representes do Executivo, a casa de saúde dependia dos valores encaminhados mensalmente pelo governo federal, por exemplo, para cumprir os pagamentos com os funcionários. Por isso, houve o atraso no salário de janeiro de 2024. "Recebemos o valor somente no dia 11 de janeiro. Mas dos 380 funcionários, somente 80 não receberam no quinto dia útil", comenta Gober.

Repasse federal

Secretário da Saúde de Gramado, Jeferson Moschen Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
O hospital recebe aproximadamente R$ 587 mil do chamado Teto Mac, que é destinado para folha de pagamento, serviços médicos e exames. E foi esse o recurso que demorou a chegar nos cofres. "A Prefeitura antecipou o valor para que não atrasasse mais dias o pagamento dos salários. Eu explique tudo isso aos que não receberam na data correta", completa Gober.

No caso da segunda parcela do 13º, em dezembro do ano passado, o secretário garante que houve atraso de apenas um dia por falta de recurso, e que no outro aconteceu um erro de digitação no sistema que não foi percebido de forma imediata.

"Mas é importante que a comunidade saiba que o hospital está 100% em dia com seus compromissos", ressalta Gober, comentado que, por muitas vezes, os funcionários receberam antes da data prevista. Ainda, o interventor salienta que o São Miguel não paga plano de saúde para os colaboradores, mas que faz o desconto em folha para quem deseja aderir ao serviço.

"Nós temos 380 funcionários para atender, uma comunidade de turistas e a nossa comunidade local que precisa que nós tenhamos concentração e foco. Isso nós não vamos perder", assegura Jeferson.

Melhorias para a casa de saúde

Depois que o contrato foi assinado pelo Executivo, iniciou-se uma nova etapa junto às esferas governamentais para ampliar os repasses de verba para manter a estrutura funcionando. Jeferson pondera também que a casa de saúde tem condições de criar uma reserva financeira. “Muito dessa reserva foi construída com os valores recebidos na época da Covid”, conta.

“Hoje, temos diversos serviços no hospital que foram criados com aquele valor de caixa, como a pediatria. Estamos em obras também para a construção da nova ala de endoscopia e colonoscopia. Serão duas salas em um espaço moderno em que teremos condição de triplicar os nossos atendimentos”, cita Gober, apontando que ainda há outras reformas que precisam ser realizadas. “Temos que trocar o telhado, a parte elétrica do segundo andar, pintura”, corrobora.

O secretário da Saúde adianta também que apresentou ao governo do Estado um projeto de R$ 2,7 milhões para reforma do bloco cirúrgico do São Miguel, bem como da maternidade. “São áreas vitais porque geram receita para o hospital”, concluí Jeferson.

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