ZOO REGENERATIVO
Gramadozoo lança novo conceito para reintroduzir animais na natureza
Um novo recinto está sendo preparado para receber os bichanos, onde não terão contato com humanos
Última atualização: 18/10/2023 21:46
O Gramadozoo cria uma nova tendência: o zoológico regenerativo, com um recinto especial, sem contato direto de humanos. O parque do município se prepara para receber animais com condições de serem reintroduzidos na natureza e onde o visitante poderá participar da experiência, mas de uma forma diferenciada. Será um local especial onde os bichanos poderão ser observados e acompanhados pela equipe técnica e também pelo público.
Inaugurado em 2008, o Gramadozoo completou 15 anos em setembro e foi pioneiro ao cuidar de animais exclusivamente da fauna brasileira. Sem grades ou jaulas, os recintos foram projetados para dar a sensação de que os animais estão em seus habitats naturais.
“Em 2008, fizemos a opção por não termos animais exóticos no plantel. Os principais objetivos foram zelar pelo bem-estar das espécies brasileiras e contribuir com a educação ambiental”, afirma o diretor do Gramadozoo, Marcos Souza Gomes.
Segundo o diretor, o conceito de zoo regenerativo busca criar um novo olhar para o segmento. “Sem qualquer tipo de aporte financeiro do poder público, mantemos firmes nossos propósitos e, ao completar 15 anos, entendemos que era necessário reforçar o papel dos zoológicos perante a sociedade. Trabalhamos fortemente com educação ambiental. Cada vez mais o visitante entende qual o seu papel no cuidado e proteção da fauna silvestre brasileira. Ficamos muito satisfeitos com isso”, destaca Gomes.
Com o zoo regenerativo, o empreendimento busca alertar sobre a importância ambiental e social dos zoológicos. “Ao longo desses 15 anos, atendemos muitos animais que foram reintroduzidos na natureza. Já realizamos esse trabalho há muito tempo. Agora, poderemos proporcionar ao visitante esse olhar”, afirma o diretor.
No recinto especial de regeneração, os animais receberão o mínimo possível de interferência humana. “Poderão ser observados pela equipe e os visitantes, mas sem contato com humanos. Por exemplo, para cada espécie atendida, iremos colocar a comida de forma que fique mais próxima do que encontrariam em seu habitat natural. O trabalho vai visar primordialmente à reintrodução”, salienta Gomes.
“Nosso pilar principal sempre foi o bem-estar animal. Permanecem apenas aqueles que não têm condições de voltar à vida livre. E recebem todo o cuidado para a qualidade de vida”, completa.