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Gramado trabalha em projetos para construção de habitações sociais e casas populares

Ideia é abrigar famílias que estão em aluguel social ou moram em locais de risco; Loteamento Carazal segue sem definições

Mônica Pereira
Publicado em: 15/07/2022 às 03h:00 Última atualização: 06/01/2025 às 11h:22
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Uma espera que se prolonga há décadas e que ainda não tem prazo de conclusão. São mais de 20 anos de expectativa pelo futuro do Loteamento Carazal.

Carazal conta com 153 terrenos, que devem ser destinados para moradias populares



Carazal conta com 153 terrenos, que devem ser destinados para moradias populares

Foto: Carlos Borges/Divulgação

Foi ainda no primeiro semestre de 2016 quando a Prefeitura de Gramado iniciou a tramitação na Câmara de Vereadores do projeto que destina terrenos do loteamento para moradias populares. A ideia do Município na época era que os lotes fossem adquiridos por moradores para posterior construção de casas, tudo financiado através da Caixa Econômica Federal. A sanção da lei sobre os critérios para essa aquisição ocorreu em dezembro de 2016. Contudo, até hoje, os terrenos estão vazios.

Em 2019, uma atualização dos interessados na compra das áreas foi realizada e um sorteio aconteceu em setembro. Dali, 140 famílias foram contempladas para que tivessem prioridade no processo, além de outras 280 suplentes.

Acompanhando a situação há anos, a atual secretária de Cidadania e Assistência Social, Vera Simão, conta que muitos empecilhos surgiram no caminho, como a demora para as liberações ambientais. “E, em 2019, infelizmente, foi criada uma falsa expectativa, porque foi feito o recadastramento e sorteio. Alguns até chegaram a enviar a documentação para a Caixa”, destaca.

Sem prazo

Em agosto de 2020, a Caixa apresentou exigências de modificação no projeto. Ao invés das 153 casas – 140 para os moradores e outras 13 destinadas para forças de seguranças – solicitou que a proposta fosse alterada para a construção de prédios com blocos de apartamentos. O problema é que o Plano Diretor não autoriza no zoneamento as edificações plurifamiliares. A expectativa é que a nova proposta do Plano Diretor seja aprovada ainda neste ano.

“A gente não sabe o que vai acontecer naquele espaço. É preciso concluir várias etapas para que isso possa ser resolvido”, pondera a secretária.

Até que isso tenha uma definição, pessoas que foram sorteadas três anos atrás continuam com o desejo de conquistar a casa própria. Um desses exemplos é o da cozinheira Zilda Camargo, de 61 anos, que mora no bairro Três Pinheiros. O nome dela consta na lista dos que terão prioridade no chamamento. “Infelizmente, até agora nada. Só fazem propaganda em época de eleição, mas depois passa os quatro anos e nada”, diz. “É meu sonho ter a minha casinha própria”, ressalta, reforçando que, com o valor mais acessível e possibilidade de parcelamento proposto na época, conseguiria arcar com os custos do terreno e construção.

Parcerias 

A Prefeitura de Gramado também iniciou conversas com grandes construtoras que atuam na cidade. A perspectiva é criar uma parceria para que essas empresas construam unidades habitacionais populares. “Estamos estudando o que podemos fazer, como facilitar taxas e agilizar liberações, para que isso possa sair do papel e fazermos um acordo para que as pessoas possam pagar um valor mais acessível. Assim, acredito que a gente possa começar a chamar essas famílias que estão na lista do Carazal. Mas tudo isso vai ser estudado. Estamos buscando primeiro a parceria para que tenhamos essa possibilidade”, frisa Vera Simão.

Aluguel social 

Em outra linha de frente das moradias populares, a Secretaria de Assistência Social cadastrou junto ao governo federal um projeto para construção de 40 apartamentos destinados para famílias em situação de vulnerabilidade social e que moram em áreas invadidas e de risco. O custo estimado da obra é de R$ 7 milhões.

Gramado tem atualmente cerca de 25 famílias em aluguel social, com auxílio financeiro municipal. Dentre essas, 12 foram retiradas das casas onde moravam no Loteamento Vila Diva, no bairro Jardim, considerado um local de risco. “Além desses 40 apartamentos que solicitamos recurso para o governo federal, vamos atualizar o projeto que temos da nossa última gestão, que são 16 apartamentos para atender primeiro essas famílias que estão em aluguel social. Esses serão construído com recursos próprios da Prefeitura, mas ainda não temos estimativa de quando deve iniciar”, destaca a secretária.

A área para construção desses apartamentos será no Loteamento Celita, no bairro Várzea Grande.

Sem prazo

Em agosto de 2020, a Caixa apresentou exigências de modificação no projeto. Ao invés das 153 casas – 140 para os moradores e outras 13 destinadas para forças de seguranças – solicitou que a proposta fosse alterada para a construção de prédios com blocos de apartamentos. O problema é que o Plano Diretor não autoriza no zoneamento as edificações plurifamiliares. A expectativa é que a nova proposta do Plano Diretor seja aprovada ainda neste ano.

“A gente não sabe o que vai acontecer naquele espaço. É preciso concluir várias etapas para que isso possa ser resolvido”, pondera a secretária.

Até que isso tenha uma definição, pessoas que foram sorteadas três anos atrás continuam com o desejo de conquistar a casa própria. Um desses exemplos é o da cozinheira Zilda Camargo, de 61 anos, que mora no bairro Três Pinheiros. O nome dela consta na lista dos que terão prioridade no chamamento. “Infelizmente, até agora nada. Só fazem propaganda em época de eleição, mas depois passa os quatro anos e nada”, diz. “É meu sonho ter a minha casinha própria”, ressalta, reforçando que, com o valor mais acessível e possibilidade de parcelamento proposto na época, conseguiria arcar com os custos do terreno e construção.

Parceria com construtoras


Vera Simão



Vera Simão

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL


A Prefeitura de Gramado também iniciou conversas com grandes construtoras que atuam na cidade. A perspectiva é criar uma parceria para que essas empresas construam unidades habitacionais populares. “Estamos estudando o que podemos fazer, como facilitar taxas e agilizar liberações, para que isso possa sair do papel e fazermos um acordo para que as pessoas possam pagar um valor mais acessível. Assim, acredito que a gente possa começar a chamar essas famílias que estão na lista do Carazal. Mas tudo isso vai ser estudado. Estamos buscando primeiro a parceria para que tenhamos essa possibilidade”, frisa Vera Simão.

 

Aluguéis sociais

Em outra linha de frente das moradias populares, a Secretaria de Assistência Social cadastrou junto ao governo federal um projeto para construção de 40 apartamentos destinados para famílias em situação de vulnerabilidade social e que moram em áreas invadidas e de risco. O custo estimado da obra é de R$ 7 milhões.

Gramado tem atualmente cerca de 25 famílias em aluguel social, com auxílio financeiro municipal. Dentre essas, 12 foram retiradas das casas onde moravam no Loteamento Vila Diva, no bairro Jardim, considerado um local de risco. “Além desses 40 apartamentos que solicitamos recurso para o governo federal, vamos atualizar o projeto que temos da nossa última gestão, que são 16 apartamentos para atender primeiro essas famílias que estão em aluguel social. Esses serão construído com recursos próprios da Prefeitura, mas ainda não temos estimativa de quando deve iniciar”, destaca a secretária.

A área para construção desses apartamentos será no Loteamento Celita, no bairro Várzea Grande.

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