Gramado é palco da inovação, empreendedorismo, tecnologia e comunicação com o início da Gramado Summit nesta quarta-feira (10). O evento ocorre no Centro de Eventos Serra Park.
Em sua sétima edição, a atração que é feita por uma equipe composta por 12 mulheres, além do CEO e fundador Marcus Rossi, tem expectativa de receber 15 mil pessoas.
São mais de 400 palestrantes, em sete palcos e dez trilhas de conteúdo, além de 500 empresas presentes na feira de negócios em 28 mil metros quadrados de área construída dentro dos pavilhões.
De 600 para 15 mil pessoas
A abertura contou com uma fala de Marcus Rossi, que relembrou a trajetória e crescimento do evento ao longo dos últimos sete anos. Na primeira edição, em 2017, foram 600 participantes, enquanto que em 2018, 2,5 mil. Ano a ano, o número de pessoas que chegam para conhecer e fazer parte, aumenta.
“O tempo passou. E se chegamos aqui, podemos ir além. Digo com tranquilidade, é o melhor evento de inovação do País. São 362 dias trabalhando para que estes três sejam impecáveis. 15 mil pessoas é gente pra caramba, conseguimos e chegamos numa Gramado Summit histórica”, reitera Marcus.
Conforme o CEO, pela primeira vez, 23 estados brasileiros estão presentes na conferência de inovação. “A estimativa é que R$ 60 milhões sejam gerados diretos para a economia local, como impacto do evento”, diz. Ainda, 70% do público é de fora do Rio Grande do Sul.
Considerando o número estimado de participantes, durante uma média de cinco dias na cidade, o cálculo prevê um gasto estimado de R$ 800 por dia – incluindo despesas em hospedagem, alimentação e transporte na cidade.
Os valores não incluem compra de passagens aéreas, negócios gerados na feira dentro do evento, assim como a própria compra do ingresso – que tinha preços variáveis entre R$ 1.490 e R$ 2.190.
Novidades e expansão
Rossi aproveitou para enfatizar que o evento vem seguindo e acompanhando tendências. O palco geek, voltado ao universo dos games é uma delas. O novo espaço conta com a participação de quadrinistas, roteiristas e profissionais do mercado nerd.
“O mercado dos games já é maior que da indústria do cinema e da música juntos”, pontua Marcus.
Outra grande novidade anunciada pelo fundador do evento gramadense é a expansão da marca Gramado Summit para o mercado internacional. Nos dias 26 e 27 de setembro, será realizada a primeira edição em Punta del Este, no Uruguai.
“Todo ano, sem exceção, somos procurados por representantes de Estados, entidades, para buscar um novo destino. Mas nós não queremos sair de casa. Até que em uma conversa, entendemos que talvez o próximo grande passo da Gramado Summit não estava no Brasil”, conta o CEO.
Assim, o evento será expandido para as terras uruguaias, após firmação de uma parceria com o governo do Uruguai. A expectativa é receber 2 mil pessoas e cerca de 50 palestrantes. “O negócio não tem que ter apenas propósito. Tem que ter alma. Agora, vamos criar a nossa própria concorrência”, explica Rossi.
O ingresso para os dois dias custará R$ 490.
Pensamento em 2025
Durante sua participação na abertura, o fundador da Summit reiterou que as vendas para o evento de 2025 já estão abertas. No próximo ano, a conferência de inovação ocorrerá em novo período, de 4 a 6 de junho.
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“Teremos a mudança da data, voltando para o friozinho gramadense, para que os participantes possam se agendar e usufruir de outros eventos que ocorrem no mesmo período”, justifica Rossi.
O ingresso para os três dias de evento terá valor promocional durante o período de realização, até esta sexta-feira. Nestes dias, custará R$ 790.
Presença estadual
A primeira palestra da programação foi com o governador do Estado, Eduardo Leite, e a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp.
Os representantes estaduais trouxeram informações e abordaram o assunto Passado, presente e futuro: Qual o RS que queremos?. Durante cerca de 30 minutos, trouxeram dados sobre a área de inovação no Estado, os programas para fomentar o empreendedorismo e o crescimento de startups que atuam no segmento tecnológico e digital.
Atualmente, o Rio Grande do Sul é o segundo estado em inovação no Brasil, primeiro em patentes e empreendedores inovadores e o sexto em número de startups. São 1,3 mil ativas e 18 parques tecnológicos. Destes, dois estão entre os melhores do País.
“Uma característica da inovação é o risco. E nem todo mundo consegue suportar altos riscos. Então o Estado entra como suporte, em fomento de crédito e assumindo parte do risco. O nosso Estado tem programas, tem projetos que buscam incentivar”, diz Leite.
A secretária Simone reiterou sobre a importância de falar sobre empreendedorismo e inovação desde a base, nas instituições de ensino.
“Para desenhar esse futuro, precisamos que as crianças e os jovens estejam preparados. Temos dois programas especiais, um vinculado a formação dos professores e alunos de escolas estaduais, que é o Educar para Inovar, e o segundo Professor do Amanhã, porque quando falamos da dinâmica dos ecossistemas de inovação, das startups, todos nós precisamos estar preparados”, afirma a representante da pasta.
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