RACHADURAS NO SOLO
GRAMADO: Prefeito decreta estado de calamidade e fala sobre causas da movimentação de terra e queda de prédio
Prefeitura de Gramado fez esclarecimentos sobre a situação da cidade da Serra gaúcha nesta sexta-feira (24)
Última atualização: 24/11/2023 15:22
O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, acompanhado de secretários municipais, prestou esclarecimentos sobre a situação do município, em decorrência dos temporais. Conforme dados do Executivo, 60% da chuva esperada para todo ao ano caiu sobre a cidade apenas nos últimos três meses.
Com o acumulado, movimentações de terra ocorreram, rachaduras apareceram nas ruas, pessoas tiveram que sair de suas casas por causa do risco de deslizamentos e até mesmo um prédio desabou.
O secretário de Planejamento de Gramado, Rafael Bazzan, atesta que, até o momento, os indícios apontam que o volume de chuva é o único indicador da causa dessas movimentações de massa que estão acontecendo pela cidade, percebidas mais fortemente desde o sábado (18).
Com duas mortes e alguns registros de feridos leves em ocorrências, a Prefeitura de Gramado passou de estado de emergência para o de calamidade pública, na quinta-feira. Com isso, é possível acelerar contratações para atender necessidades da comunidade.
“Tudo que foi possível, nós fizemos”, atesta o prefeito, ao ressaltar que aguarda os laudos técnicos para poder dar os próximos passos.
Esse trabalho técnico está sendo realizado na cidade desde a segunda-feira (20). O Executivo destaca que, além dos dois geólogos da Prefeitura, houve a contratação de três especialistas: um da empresa Azambuja Engenharia, outro da Construtora Toniolo, Busnello e um professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). No domingo (26), as equipes voltam a campo para uma nova vistoria nos pontos de risco.
“Nunca vimos tanta água jorrar”, aponta Nestor, ao reforçar que foi esse acumulado que está causando as movimentações de terra e que os pontos identificados como de risco estão sendo monitorados. “A água que foi o fenômeno que ocasionou todos esses deslizamentos”, cita.
Ainda, o prefeito pontua que o Plano Diretor da cidade já havia iniciado um estudo sobre áreas e que, os locais mais afetados, como o bairro Planalto, Três Pinheiros, Loteamento Orlandi, Alphaville, Piratini e Várzea Grande, não tiveram diagnóstico como de risco. “São bairros consolidados da nossa cidade, com construções há muitos anos”, complementa.
Na segunda-feira (27), o prefeito de Gramado vai para Brasília participar de uma audiência com a Defesa Civil e também atuar nas articulações políticas para garantir liberação de recursos para a cidade.