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RACHADURAS NO SOLO

GRAMADO: Prefeito decreta estado de calamidade e fala sobre causas da movimentação de terra e queda de prédio

Prefeitura de Gramado fez esclarecimentos sobre a situação da cidade da Serra gaúcha nesta sexta-feira (24)

Mônica Pereira
Publicado em: 24/11/2023 às 14h:31 Última atualização: 24/11/2023 às 15h:22
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O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, acompanhado de secretários municipais, prestou esclarecimentos sobre a situação do município, em decorrência dos temporais. Conforme dados do Executivo, 60% da chuva esperada para todo ao ano caiu sobre a cidade apenas nos últimos três meses.

Com o acumulado, movimentações de terra ocorreram, rachaduras apareceram nas ruas, pessoas tiveram que sair de suas casas por causa do risco de deslizamentos e até mesmo um prédio desabou.

Prefeitura emite decreto de calamidade em Gramado



Prefeitura emite decreto de calamidade em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

O secretário de Planejamento de Gramado, Rafael Bazzan, atesta que, até o momento, os indícios apontam que o volume de chuva é o único indicador da causa dessas movimentações de massa que estão acontecendo pela cidade, percebidas mais fortemente desde o sábado (18).

Com duas mortes e alguns registros de feridos leves em ocorrências, a Prefeitura de Gramado passou de estado de emergência para o de calamidade pública, na quinta-feira. Com isso, é possível acelerar contratações para atender necessidades da comunidade.

Rachaduras na Rua das Azaleias, no Planalto | Jornal NH



Rachaduras na Rua das Azaleias, no Planalto

Foto: Mônica Pereira/GES-Especial

“Tudo que foi possível, nós fizemos”, atesta o prefeito, ao ressaltar que aguarda os laudos técnicos para poder dar os próximos passos.

Esse trabalho técnico está sendo realizado na cidade desde a segunda-feira (20). O Executivo destaca que, além dos dois geólogos da Prefeitura, houve a contratação de três especialistas: um da empresa Azambuja Engenharia, outro da Construtora Toniolo, Busnello e um professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). No domingo (26), as equipes voltam a campo para uma nova vistoria nos pontos de risco.

“Nunca vimos tanta água jorrar”, aponta Nestor, ao reforçar que foi esse acumulado que está causando as movimentações de terra e que os pontos identificados como de risco estão sendo monitorados. “A água que foi o fenômeno que ocasionou todos esses deslizamentos”, cita.

Ainda, o prefeito pontua que o Plano Diretor da cidade já havia iniciado um estudo sobre áreas e que, os locais mais afetados, como o bairro Planalto, Três Pinheiros, Loteamento Orlandi, Alphaville, Piratini e Várzea Grande, não tiveram diagnóstico como de risco. “São bairros consolidados da nossa cidade, com construções há muitos anos”, complementa.

Na segunda-feira (27), o prefeito de Gramado vai para Brasília participar de uma audiência com a Defesa Civil e também atuar nas articulações políticas para garantir liberação de recursos para a cidade.

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