O edifício residencial Ana Carolina, que desmoronou na madrugada da quinta-feira (23), em Gramado, estava interditado desde julho 2020. A informação é da Prefeitura de Gramado, que cita que a medida foi tomada após uma denúncia pelo Fala Cidadão.
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A Defesa Civil esteve no local e constatou o risco. Um laudo de um engenheiro civil corroborou com a decisão pública de interditar a construção. “E ele nunca foi liberado, ele continuava interditado”, aponta o secretário de Planejamento do município, Rafael Bazzan.
Ele explica que para haver a revogação, é preciso um laudo técnico, o que, conforme ele, nunca foi apresentado. Assim, os dois apartamentos que tinham moradores no sábado (18), quando o Corpo de Bombeiros constatou o risco iminente de queda, eram ocupados de forma irregular.
O engenheiro civil e de segurança do trabalho Anderson Zimmermann foi o profissional responsável pelo projeto de reforço estrutural com estacas e estruturas metálicas adicionais, finalizado há seis meses. “Não posso garantir, mas acredito que se não fosse o complemento, a estrutura teria caído antes”, ressaltou em entrevista ao Grupo Sinos, na quinta-feira (23).
A Prefeitura atesta que está verificando o que levou ao descumprimento da interdição e o que de fato ocasionou a queda.
A secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira, entretanto, afirma que as atenções do poder público precisam estar voltadas ao todo e não somente ao prédio.
“O prédio não foi o motivo das rachaduras, estava no caminho. Por isso, veio abaixo”, corrobora o prefeito de Gramado, Nestor Tissot.
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