Os moradores do bairro Piratini, em Gramado, um dos locais que teve casas interditadas por causa do risco de deslizamento de terra, afirmam que vão contratar uma perícia particular para identificar o que de fato ocasionou rachaduras em residências, especialmente na Rua Nelson Dinnebier.
Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Eles apontam que as chuvas contribuíram, mas que os problemas começaram a aparecer após o início das obras de interligação dos bairros Piratini e Prinstrop, no início deste ano. A estimativa é que 45 mil metros cúbicos de rocha sejam retirados do local, já que há um desnível de cerca de 20 metros entre as vias que serão ligadas, a Abramo Éberle (Piratini) e a Theobaldo Prinstrop, junto ao condomínio Alphaville.
Devido ao risco de deslizamentos de terra, as obras de empreendimentos que possuem atividade de denotação no entorno dos bairros mais atingidos tiveram as licenças suspensas, conforme atesta a secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira.
“Por uma questão de prevenção, até que a gente tenha total segurança de que isso não está impactando com a movimentação do solo, nós, de forma preventiva, dentro daquilo que temos legitimidade, suspendemos as licenças e as autorizações para esse tipo de atividade”, esclarece.
A obra de ligação entre o Piratini e Prinstrop também foi paralisada.
O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, pondera que áreas em que não há registro de denotações, como no interior, também estão apresentando os mesmos problemas. “Pelos estudos que fizeram até agora, mas que não são definitivos, não tem nada a ver”, frisa. Nestor também se mostrou a favor dos estudos privados.
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