Os períodos de chuva continuam causando preocupações em Gramado. Dos 238 pontos monitorados em maio, alguns seguem com vigilância técnica constante, como a área que compreende o entorno da Emílio Leobet, a conhecida Estrada Velha.
Com os desmoronamentos que aconteceram no último mês, a Defesa Civil interditou casas, devido aos riscos. A Estrada Velha ficou entre os dias 17 de maio e 10 de junho bloqueada para o trânsito de veículos. Atualmente, o fluxo é permitido entre 7 e 19 horas.
A secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira, explica que ainda não é possível permitir o retorno dos moradores e nem liberar que veículos transitem pela via em qualquer hora do dia.
“Porque com as chuvas do final de semana, os nossos monitoramentos apontaram que segue tendo uma movimentação de solo. Isso é um pouco preocupante e, por isso, em um sentido de prevenção, ainda não alteramos a possibilidade de retorno às casas e de liberação integral da avenida”, frisa.
Cristiane conta que a contratação da BSE Engenharia para que realize os estudos técnicos no local foi firmada na quinta-feira (20). A empresa é a mesma que está realizando outros mapeamentos na cidade, como no Loteamento Orlandi e Piratini. “Mas é importante dizer que, antes disso, nós já, através da Procuradoria, fizemos algumas intervenções necessárias para começar a instalar os equipamentos de monitoramento e diagnóstico”, acrescenta.
A Prefeitura de Gramado protocolou, junto ao governo federal, um pedido de R$ 167,6 milhões para realizar as obras. A solicitação é para execução de contenção e pavimentação asfáltica em trechos da Rua Gil, Emílio Leobet e Rua da Santinha.
Outras obras
Dentre as obras na cidade que devem iniciar nos próximos dias, estão as de contenção no bairro Três Pinheiros e na RS-235, próximo ao Parque Knorr. As empresas estão contratadas e aguardam tempo firme para iniciar o trabalho.
No interior
Outro ponto citado pela secretária é na zona rural. Segundo ela, “a comunidade não foi esquecida”. Desde a última semana, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) está vistoriando áreas urbanas e houve o pedido para que a atuação seja estendida também para a rural.
“Os técnicos vão fazer todo o mapeamento, uma setorização das áreas vulneráveis e das áreas de risco para que a gente possa ter esses dados. Tendo este mapeamento, que até a próxima semana eles tendem a concluir essas visitas, nós vamos passar por um segundo passo que está sendo construído pelas áreas técnicas da Secretaria do Meio Ambiente com a Secretaria do Planejamento”, comenta Cristiane, ao adiantar que será desenvolvido um plano de mitigação e de alertas especificamente para o interior.
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