DESMORONAMENTO
GRAMADO: Apesar dos escombros de prédio não terem atingido bairro, região não está segura; veja o que diz morador
Momentaneamente, situação do Três Pinheiros foi amenizada, relata morador do bairro que fica abaixo da encosta onde estava o prédio que caiu
Última atualização: 24/11/2023 15:08
ATUALIZAÇÃO:
- Prédio que desabou estava interditado há anos e era ocupado de forma irregular, diz Prefeitura de Gramado
- Prefeito de Gramado decreta estado de calamidade e fala sobre causas da movimentação de terra e queda de prédio
Após os escombros do prédio que desabou em Gramado não terem atingido as casas e prédios do bairro Três Pinheiros, moradores falam que, momentaneamente, a preocupação foi amenizada.
Desde o domingo (19), o bairro, que fica às margens da Estrada da Pedreira (perimetral), foi evacuado por questões de segurança.
O risco iminente de queda do prédio, localizado no bairro Planalto, havia sido constatado pelo Corpo de Bombeiros da cidade. Rachaduras na Rua das Azaleias começaram a ser percebidas pelos residentes do local na manhã sábado (18), e não pararam de aumentar.
“Parece que o peso do prédio inteiro saiu das nossas costas”, diz Eder Rossa, que mora no Três Pinheiros. Ele e outros residentes fizeram vigília por três dias, com apoio da Brigada Militar. Desde a quarta-feira (22), saíram das proximidades e todo o acesso ao bairro foi bloqueado. “Trouxe um alívio a queda, a sensação de que as coisas estão se resolvendo”, completa.
Contudo, Eder cita que está em contato com os demais moradores para alertar que ainda não é seguro retornar às casas. A informação é endossada pela Prefeitura. No domingo, o coordenador da Defesa Civil de Gramado, Cássio Júnior, esclareceu que não era apenas o prédio evacuado que corria o risco de desabar, mas sim toda a encosta, árvores e demais edificações.
A estrutura da perimetral também apresenta rachaduras. “O prédio era um dos problemas, mas têm vários outros. É o começo de resolver toda a situação”, pondera Eder.
Conforme ele, a estimativa dos próprios moradores é que cerca de 440 pessoas tenham deixado o bairro, por causa dos riscos de deslizamentos.