NA SERRA GAÚCHA

FESTIVAL DE CINEMA: Filme que retrata vida de Mussum é o grande vencedor da edição; veja lista completa de ganhadores

Noite de sábado foi de premiações no Palácio dos Festivais

Publicado em: 20/08/2023 11:25
Última atualização: 17/10/2023 19:15

A obra cinematográfica Mussum, O Filmis foi o grande vencedor do 51º Festival de Cinema de Gramado. A produção do diretor estreante Silvio Guindane narra a trajetória de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, e saiu com seis Kikitos na noite de sábado (19). O filme entra em cartaz nas salas de cinema no dia 2 de novembro.

Ator Ailton Graça do longa-metragem brasileiro "Mussum, O Filmis" Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto

A produção sobre Mussum levou as estatuetas de melhor filme, melhor ator para Ailton Graça, melhor atriz coadjuvante para Neusa Borges, melhor ator coadjuvante para Yuri Marçal, melhor trilha musical e melhor filme pelo júri popular, além de uma menção honrosa.

“Essa é a primeira vez que estou recebendo um prêmio, e isso começou quando eu era criança e minha mãe perguntou para mim e meu irmão o que queríamos ser. Eu disse carroceiro, advogado, engenheiro agrônomo, cientista, professor… e sendo ator eu posso ser tudo isso”, celebrou o ator Ailton Graça.

“O cinema me salvou. A arte salva, o cinema salva, e hoje eu estou retornando a este Festival, e um dia eu fui ao circo, um dia eu li um livro, e um dia eu comecei a fazer cinema, ainda criança aqui neste Festival”, disse o diretor Silvio Guindane, que recebeu Prêmio Especial do Júri em 1996 por sua atuação no filme Como Nascem os Anjos.

Também presente na cerimônia, Mussunzinho, filho de Mussum, disse ter certeza que o pai estava com eles: “Vocês retrataram de uma forma perfeita o velho [Mussum], e eu vou ter o maior prazer de daqui a alguns anos sentar com o meu filho e mostrar ele da forma mais aproximada que eu poderia mostrar”.

Outros dois longas foram consagrados no Palácio dos Festivais: Tia Virgínia, com cinco prêmios e Mais Pesado é o Céu, que levou quatro troféus. O documentário Anhangabaú, de Lufe Bollini, e o longa-metragem gaúcho Hamlet, de Zeca Brito, que levou cinco kikitos, foram os melhores filmes em suas mostras.

A noite ainda prestou uma homenagem à Léa Garcia, que faleceu na cidade da Serra gaúcha, no dia em que seria homenageada. Seu filho, Marcelo Garcia, recebeu o Troféu Oscarito pela mãe no último dia 15. Neste sábado, o público novamente de pé aplaudiu a atriz na lembrança do in memorian, ao lado de outros talentos do audiovisual que faleceram no último ano.

Veja a lista completa de premiados

Longas-metragens Brasileiros

  • Melhor Filme: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane
  • Melhor direção: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu”
  • Melhor ator: Aílton Graça, por “Mussum, O Filmis”
  • Melhor atriz: Vera Holtz, por “Tia Virgínia”
  • Melhor Roteiro: Fábio Meira, por “Tia Virgínia”
  • Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu”
  • Melhor Montagem: Firmino Holanda e Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu”
  • Melhor Trilha Musical: Max de Castro, por “Mussum, O Filmis”
  • Melhor Direção de Arte: Ana Mara Abreu, por “Tia Virgínia”
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Neusa Borges, por “Mussum, O Filmis”
  • Melhor Ator Coadjuvante: Yuri Marçal, “Mussum, O Filmis”
  • Melhor Desenho de Som: Rubem Valdés, por “Tia Virgínia”
  • Prêmio especial do júri: Ana Luiza Rios de “Mais Pesado é o Céu”
  • Menção Honrosa: Vera Valdez, por “Tia Virgínia”
  • Menção Honrosa: Martin Macias Trujillo, por “Mussum, O Filmis”
  • Júri da Crítica: “Tia Vírginia”, de Fábio Meira
  • Júri Popular: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane

Prêmio SEDAC/IECINE de Longas-metragens Gaúchos

  • Melhor filme: “Hamlet”, de Zeca Brito
  • Melhor direção: Zeca Brito, por “Hamlet”
  • Melhor ator: Fredericco Restori, por “Hamlet”
  • Melhor atriz: Carol Martins, por “O Acidente”
  • Melhor roteiro: Marcelo Ilha Bordin e Bruno Carboni, de “O Acidente”
  • Melhor fotografia: Bruno Polidoro, Joba Migliorin, Lívia Pasqual e Zeca Brito, por “Hamlet”
  • Melhor direção de arte: Richard Tavares, de “O Acidente”
  • Melhor montagem: Jardel Machado Hermes, de “Hamlet”
  • Melhor Desenho de Som: Kiko Ferraz, Ricardo Costa e Cristian Vaz, por “Céu Aberto”
  • Melhor trilha Musical: Rita Zart e Bruno Mad, por “Céu Aberto”
  • Júri Popular: “Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues

Longas-metragens Documentais

  • Melhor Filme: “Anhangabaú”, de Lufe Bollini

Curtas-metragens Brasileiros

  • Melhor Desenho de Som: Kiko Ferraz, por “Sabão Líquido”
  • Melhor Trilha Musical: Mano Teko e Aquahertz, por “Yãmî-Yah-Pá”
  • Melhor Direção de Arte: Felipe Spooka e Jacksciene Guedes, por “Casa de Bonecas”
  • Melhor Montagem: Luiza Garcia, por “Camaco”
  • Melhor Roteiro: Fabiano Barros e Rafael Rogante, por “Ela Mora Logo Ali”
  • Melhor Fotografia: Morzanel Iramari, por “Mãri-Hi – A árvore do Sonho”
  • Melhor Atriz: Agrael de Jesus, por “Ela Mora Logo Ali”
  • Melhor Ator: Phillipe Coutinho, por “Sabão Líquido”
  • Prêmio Especial do Júri: “Mãri-Hi – A Árvore do Sonho”
  • Menção Honrosa: “Cama Vazia”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
  • Melhor Curta Júri da Crítica: “Camaco”, de Breno Alvarenga
  • Melhor Filme pelo Júri Popular: “Ela Mora Logo Ali’, de Fabiano Barros e Rafael Rogante
  • Melhor Direção: Mariana Jaspe, por “Deixa”
  • Melhor Filme: “Remendo”, de Roger Ghil
  • Prêmio Canal Brasil de Curtas: “Yãmî-Yah-Pá”, de Vladimir Seixas

Mostra de Filmes Universitários

  • Melhor filme: Cabocolino, de João Marcelo

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