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Entenda como turismo de Gramado foi impactado pelo fechamento do Aeroporto Salgado Filho

Turismo foi duramente afetado pelo menor número de visitantes. Cerca de 86% da economia de Gramado gira em torno do segmento

Fernanda Steigleder Fauth
Publicado em: 19/10/2024 às 13h:04 Última atualização: 19/10/2024 às 13h:05
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Faltam dois dias para a retomada dos voos no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Sem decolagens e pousos no terminal há cinco meses, devido à enchente de maio, o setor turístico da Serra gaúcha anseia pelo retorno destes passageiros. Estima-se que, pelo menos, 50% do público que chega à capital, sobe a Região das Hortênsias, para conhecer Gramado e Canela. 

Movimentação turística em Gramado foi menor em 2024 com fechamento do aeroporto



Movimentação turística em Gramado foi menor em 2024 com fechamento do aeroporto

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

O turismo foi duramente afetado pelo menor número de visitantes. Cerca de 86% da economia de Gramado gira em torno do segmento. Antes das chuvas e da catástrofe climática, as expectativas da Secretaria de Turismo do município eram positivas para um crescimento de público. Em 2023, foram cerca de 8 milhões de pessoas que passaram pelas estradas em direção à Região das Hortênsias. 

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“Nossa expectativa era passar dos 80% de ocupação hoteleira em 2024, porque todo o comportamento deste ano, de janeiro a abril, estava melhor do que ano passado. Então a previsão era ir aumentando, mas infelizmente, acabou diminuindo”, coloca o secretário de Turismo de Gramado, Ricardo Bertolucci Reginato.

O reflexo da tragédia nos números

O movimento existente após as enchentes não foi o suficiente para as empresas passar o mês. “Perdemos em torno de 50% do fluxo mensal. Foram em torno de 1,5 mil demissões, sem ajuda e incentivos do governo federal, todos tiveram dificuldades com o fluxo de caixa, que foi a zero”, lamenta o presidente do Sindtur Serra gaúcha, Claudio Souza.

Em maio, mês em que as enchentes atingiram o Estado, houve apenas 12% de ocupação hoteleira na cidade. Em comparação com o ano passado, representa uma queda drástica, de 48%.

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“Em junho, fechamos com 35% de ocupação e, no mesmo mês em 2023, em 65%. Em julho, quando começamos toda a estratégia de retomada, a gente fechou na casa dos 55% e, ano passado, em 76%”, relata o secretário Ricardo sobre os números do efeito da catástrofe em relação ao turismo.

Nos empreendimentos do município, a queda foi sentida. Na Rede Laghetto Hotéis são 12 estabelecimentos em Gramado e dois em Canela. Em todos, a oscilação foi observada.

“Tivemos alguns cancelamentos com as enchentes. Nos primeiros meses, a média era em torno de 30% de ocupação. Nos finais de semana a gente manteve as reservas nas alturas, com público local e regional. Só que sabemos que dois dias da semana não pagam as contas”, afirma a gerente de Vendas, Carine Santos.

No parque temático Mini Mundo, considerado um dos mais tradicionais de Gramado, a redução no número de visitantes também foi significativa. 

“Calculando, em torno de 60%. Não há onde a gente converse que não há [a redução]. Acreditamos que os números melhorarão, com o destino voltando a ser falado. Mas talvez esse ano não alcance ainda os números das edições anteriores. Talvez no primeiro trimestre de 2025 ainda haja uma redução, volte a ter um público ideal apenas na própria Páscoa”, coloca a diretora de Operações, Gisele Nienow.

Tradicional parque de Gramado, Mini Mundo passou por mudanças durante os últimos meses



Tradicional parque de Gramado, Mini Mundo passou por mudanças durante os últimos meses

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

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