Cuidar do corpo e da mente é o segredo para a longevidade e a boa saúde. Nesse sentido, exercícios físicos são aliados em busca de qualidade de vida, que ajudam a prevenir doenças e dão mais vitalidade. Uma das modalidades que tem ganhado cada vez mais adeptos é a corrida de rua.
A mais tradicional prova no Brasil é a corrida de São Silvestre, realizada no último dia de cada ano, em São Paulo. Em 2024, chegou na 99ª edição, contando com 37,5 mil competidores de diversos lugares do mundo.
- GESTÃO 2025-2028: Nestor Tissot toma posse como prefeito de Gramado pela quarta vez; Câmara de Vereadores define mesa diretora para 2025
Depois de 18 anos, o País voltou a figurar no pódio com a brasileira Nubia de Oliveira Silva, que conquistou o terceiro lugar, com o tempo de 53m29. A prova foi vencida pela queniana Agnes Keino, que percorreu o trajeto de 15 quilômetros em 51m25. Na segunda posição chegou a também queniana Cynthia Chemweno, que fez em 52m11.
Representante local
E tinha uma gramadense junto no pelotão de corredores. Rosimari Schneider, que completou 50 anos na quinta-feira, dia 2, participou do evento esportivo pela primeira vez.
- RELATO DE UM GUERREIRO: Conheça a história do bombeiro que trabalhou nas tragédias aéreas de 1995 e 2024 em Gramado
Moradora do bairro Carniel, ela conta que nunca foi sedentária e gostava de caminhadas. Aos 41 anos, passou por uma cirurgia no menisco e foi orientada pelo médico a praticar um exercício físico. “Foi então que eu busquei a corrida, que se tornou um estilo de vida para mim. Eu sempre falo: enquanto o corpo cansa, a mente descansa”, declara.
Em 2021, Rosimari passou o período de festividades de final de ano hospitalizada. Ela teve que realizar um procedimento de apendicite seguida de peritônio. “O médico, depois de saber que eu era corredora, falou que era isso que estava me salvando”, recorda. “Foram 15 longos e dolorosos dias no hospital, mas eu dizia que sairia de lá e iria correr ainda mais. Nasci novamente”, complementa.
Participar da São Silvestre foi a realização de um sonho. “É uma festa que se faz para comemorar o ano e brindar o próximo. E foi exatamente o que fiz, corri sem pressa, curti cada minuto, parei, fiz fotos de corredores que eu conhecia virtualmente, filmei, cantei e sambei – sim, tinha roda de samba durante o percurso”, descreve.
“Só não consegui segurar as lágrimas. Olhei para o céu várias vezes e agradeci a Deus por estar ali, vivenciando aquele momento”, pondera Rosimari, reforçando que, para uma gramadense, a chamada “subida da Brigadeiro”, um dos pontos de inclinação da prova, foi superada com tranquilidade. A dificuldade foi encarar o forte sol e a temperatura na casa dos 30°C.
- HO HO HO: Conheça a história do Papai Noel de Gramado, que se sente realizado em levar alegria a multidões
Para a corredora, a prática esportiva mudou a vida dela e tem muitos benefícios a longo prazo. “Faça isso hoje, experimente mudar um pouco a cada dia. Aproveite seu momento de saúde e juventude. Você pode até ficar parado, mas o tempo não para”, aconselha. “Para viver mais e viver melhor. Esse é o motivo pelo qual eu corro”, finaliza.
LEIA TAMBÉM