SEGURANÇA
Dados de homicídios triplicam em Gramado em 2022
Foram no total sete assassinatos no município. Desses, apenas dois têm relação com o narcotráfico
Última atualização: 15/01/2024 16:23
O ano de 2022 terminou com crescimento na taxa de homicídios em Gramado. Durante os 12 meses do ano passado, foram, no total, sete assassinatos no município. À nível de comparação, enquanto em 2020 foram registrados quatro homicídios, em 2021 foram dois, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Isso representa um aumento em, pelo menos, três vezes os dados de crimes contra a vida de 2021 para 2022 no município.
Apesar dos números preocuparem, houve uma mudança no perfil dessas ocorrências. Destes sete homicídios, apenas dois têm relação com organizações criminosas de tráfico de drogas. "Em 2018, por exemplo, tivemos o ápice do narcotráfico. Naquele ano foram oito homicídios apenas com essa relação. Ao longo de alguns anos tivemos um predomínio daquelas execuções típicas de tráfico. Com um forte trabalho de repressão, inteligência e prevenção, conseguimos reduzir drasticamente os crimes desta natureza", afirma o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Gramado, Gustavo Barcellos.
Caso aberto
Dos inquéritos de homicídios, apenas um está em aberto. O crime tem relacionamento com o tráfico de drogas. Contudo, Barcellos completa que há uma linha de investigação definida.
"É uma investigação complexa, porque a vítima só foi morta aqui, não vendia drogas aqui, não era daqui. Foi trazido, sequestrado e executado aqui. Mas já temos uma suspeita. O inquérito segue em andamento", diz.
Brigas e motivações pessoais
Desentendimentos, brigas, motivações pessoais e passionais foram as causas da maioria dos crimes envolvendo mortes no ano passado, incluindo, um feminicídio em novembro.
"Quando os fatos têm esse tipo de motivação, de natureza pessoal e às vezes muito íntima, é muito difícil da Polícia adotar medidas preventivas, porque aquilo está dentro da pessoa, como o caso do feminicídio. Crimes vinculados ao tráfico, por ações e investigações, esses sim, conseguimos com que haja uma diminuição", comenta titular da DP, Gustavo Barcellos.
'Vejo aumento como circunstancial'
"Estes crimes contra a vida têm prioridade absoluta. No momento que a Polícia Civil toma conhecimento, já vai à rua. Porque quanto mais tempo passa, mais difícil fica para elucidar. É como diz uma expressão 'tempo que passa é verdade que foge', então buscamos agir com rapidez", diz o delegado de Gramado.
"Vejo o aumento como circunstancial, não é uma tendência. O indicador, claro, preocupa, porque a tendência mundial é o homicídio. Mas tenho este diagnóstico pelas circunstâncias dos fatos que ocorreram. Foi um número acima do que gostaríamos. Gostaríamos que não tivesse nenhum, como entre 2014 e 2015. Mas aconteceram, e o importante é que a Polícia foi ágil e competente e conseguiu responsabilizar os autores", finaliza o delegado.
O ano de 2022 terminou com crescimento na taxa de homicídios em Gramado. Durante os 12 meses do ano passado, foram, no total, sete assassinatos no município. À nível de comparação, enquanto em 2020 foram registrados quatro homicídios, em 2021 foram dois, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Isso representa um aumento em, pelo menos, três vezes os dados de crimes contra a vida de 2021 para 2022 no município.
Apesar dos números preocuparem, houve uma mudança no perfil dessas ocorrências. Destes sete homicídios, apenas dois têm relação com organizações criminosas de tráfico de drogas. "Em 2018, por exemplo, tivemos o ápice do narcotráfico. Naquele ano foram oito homicídios apenas com essa relação. Ao longo de alguns anos tivemos um predomínio daquelas execuções típicas de tráfico. Com um forte trabalho de repressão, inteligência e prevenção, conseguimos reduzir drasticamente os crimes desta natureza", afirma o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Gramado, Gustavo Barcellos.
Caso aberto
Dos inquéritos de homicídios, apenas um está em aberto. O crime tem relacionamento com o tráfico de drogas. Contudo, Barcellos completa que há uma linha de investigação definida.
"É uma investigação complexa, porque a vítima só foi morta aqui, não vendia drogas aqui, não era daqui. Foi trazido, sequestrado e executado aqui. Mas já temos uma suspeita. O inquérito segue em andamento", diz.
Brigas e motivações pessoais
Desentendimentos, brigas, motivações pessoais e passionais foram as causas da maioria dos crimes envolvendo mortes no ano passado, incluindo, um feminicídio em novembro.
"Quando os fatos têm esse tipo de motivação, de natureza pessoal e às vezes muito íntima, é muito difícil da Polícia adotar medidas preventivas, porque aquilo está dentro da pessoa, como o caso do feminicídio. Crimes vinculados ao tráfico, por ações e investigações, esses sim, conseguimos com que haja uma diminuição", comenta titular da DP, Gustavo Barcellos.
'Vejo aumento como circunstancial'
"Estes crimes contra a vida têm prioridade absoluta. No momento que a Polícia Civil toma conhecimento, já vai à rua. Porque quanto mais tempo passa, mais difícil fica para elucidar. É como diz uma expressão 'tempo que passa é verdade que foge', então buscamos agir com rapidez", diz o delegado de Gramado.
"Vejo o aumento como circunstancial, não é uma tendência. O indicador, claro, preocupa, porque a tendência mundial é o homicídio. Mas tenho este diagnóstico pelas circunstâncias dos fatos que ocorreram. Foi um número acima do que gostaríamos. Gostaríamos que não tivesse nenhum, como entre 2014 e 2015. Mas aconteceram, e o importante é que a Polícia foi ágil e competente e conseguiu responsabilizar os autores", finaliza o delegado.
Apesar dos números preocuparem, houve uma mudança no perfil dessas ocorrências. Destes sete homicídios, apenas dois têm relação com organizações criminosas de tráfico de drogas. "Em 2018, por exemplo, tivemos o ápice do narcotráfico. Naquele ano foram oito homicídios apenas com essa relação. Ao longo de alguns anos tivemos um predomínio daquelas execuções típicas de tráfico. Com um forte trabalho de repressão, inteligência e prevenção, conseguimos reduzir drasticamente os crimes desta natureza", afirma o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Gramado, Gustavo Barcellos.