R$ 450 MILHÕES
Construção do Hard Rock Hotel Gramado está prevista para iniciar em 2023
Obras da primeira fase devem durar quatro anos. Além da operação hoteleira, empreendimento instalado nas margens da RS-235 também terá multipropriedade
Última atualização: 16/07/2024 10:34
Para 2027. Essa é a expectativa de início da operação do Hard Rock Hotel em Gramado. Após um ano de trabalho no terreno que receberá as futuras instalações, as obras de construção civil devem começar em 2023.O empreendimento da marca norte-americana ficará nas margens da RS-235, no Carazal, próximo ao Laken, em uma área de 143 mil metros quadrados, com 87 mil metros quadrados de construção total. Até o final deste ano, o detalhamento dos projetos de interiores dos apartamentos e das áreas do hotel deve ser concluído.
A temática será música, mas com influência de artigos e da história da região. "São elementos que vão remeter à história do trem, as raízes que permeiam a cidade", ressalta o executivo do Hard Rock Hotel Gramado, Victor Nakamura. "Quem vai ficar no Hard Rock vai ter inspiração de tudo o que compõe Gramado. Não terá uma decoração de interiores americanizada", garante.
Além da área exclusiva para os hóspedes, o empreendimento terá uma vila gastronômica com 16 espaços, que poderão ser ocupados por lojas e restaurantes, centro de eventos com capacidade para até 1,5 mil pessoas, SPA e locais para casamentos e shows ao ar livre. Na primeira fase da obra, serão instaladas cinco piscinas, sendo duas internas e três externas, bem como um restaurante inspirado em um galpão de Centro de Tradições Gaúchas (CTG).
O executivo revela que mais de 30 arquitetos atuaram na missão de adaptar a construção aos declives e aclives do terreno para que tudo tivesse "a cara da Serra". Victor comenta que não haverá grandes mudanças para quem enxergar o empreendimento pela rodovia. "Vamos ter uma entrada discreta e explorar mais a parte interna da área", adianta.
O Hard Rock Hotel de Gramado conta com três grupos que formam os investidores e proprietários do empreendimento. O Toctao, que atua em diferentes setores da engenharia, Argon, de serviços financeiros, e Mundo Planalto, que já possui negócios na região e comercializa, atualmente, um resort que está sendo construído dentro da Vinícola Dom Cândido, em Bento Gonçalves, com sistema de cotas.
Esses são os responsáveis pelo aporte financeiro e construção do empreendimento, em um custo estimado na casa dos R$ 450 milhões. A operação hoteleira ficará sob cuidado da marca Hard Rock, mas com mão de obra local.
Empreendimento também terá multipropriedade
O mercado das chamadas cotas é algo novo dentro da marca Hard Rock, mas bastante disseminado e conhecido na região da Serra gaúcha. "O mercado de Gramado é bem aquecido e consolidado com outras marcas. Só que a gente acredita muito no projeto e que temos um produto muito exclusivo. Estamos pensando nos detalhes que vão impressionar", argumenta o executivo, complementando que a multipropriedade proporciona uma ocupação da cidade ao longo do ano todo.
O Hard Rock será construído em três fases, com a primeira com 430 apartamentos e chegando ao total de 858, em um prazo estimado de 15 anos. "Verificamos uma evolução natural da demanda. Se fizermos os 400 apartamentos e vermos que a operação está destoando dos resultados que a gente espera, é claro que vamos segurar a expansão. A gente entende que hoje, com as operações que já existem, estamos com um projeto do tamanho de Gramado", exemplifica.
Preservação ambiental
O executivo comenta que a preservação ambiental é uma das preocupações do empreendimento. Ele ressalta que o tamanho do terreno permitia uma construção física maior, contudo, a ideia sempre foi ter muita área verde no entorno do hotel.
Uma empresa de consultoria ambiental presta atendimento ao Hard Rock Hotel de Gramado e realiza monitoramento periódico da fauna e flora existentes.
A bióloga Bruna Braunn é quem faz o monitoramento e elaboração de relatórios que são submetidos à Prefeitura. Mais de 3 mil xaxins foram transplantados, assim como outras espécies que devem, posteriormente, fazer parte do paisagismo do hotel. "Todo o corte de árvores foi feito de forma gradual para o deslocamento da fauna nativa e para que não tivesse nenhum acidente com algum animal que poderia ter no local. As áreas são conectadas com o vale e os animais conseguem se deslocar e ter uma área de vida maior", aponta.
Contrapartidas
Como contrapartidas, estabelecidas pelo Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), devido às consequências causadas pela instalação do empreendimento na cidade, uma série de medidas precisa ser adotada. Victor pondera que R$ 2,3 milhões devem ser pagos à administração municipal neste ano. O recurso, no total de R$ 5,1 milhões, é para um fundo municipal de uso livre, que pode ser empregado em obras ou outros projetos públicos.
Para Victor, o valor é o mais expressivo dentro dos pagamentos de contrapartidas dos projetos que atua. "É aquele respeito que a gente fala, a gente pede licença para entrar em Gramado. Antes de chegar como um grupo que está explorando a cidade, a gente está investindo", ressalta.
Uma área de 86 hectares na Linha São Roque foi adquirida pelo grupo, registrada como de preservação permanente. O executivo destaca que se está decidindo o que será feito, mas que o local pode virar uma reserva ecológica onde trabalhos de educação ambiental possam ser realizados. Ainda na área ambiental, R$ 2,2 milhões serão para investimentos no Parque dos Pinheiros.
Por fim, um outro acordo de contrapartida para a cidade é a construção de 12 casas que serão destinadas para as forças de segurança de Gramado. Anteriormente, o projeto previa a instalação das residências no Loteamento Carazal, contudo, a Prefeitura deve indicar outra área.
Para 2027. Essa é a expectativa de início da operação do Hard Rock Hotel em Gramado. Após um ano de trabalho no terreno que receberá as futuras instalações, as obras de construção civil devem começar em 2023.O empreendimento da marca norte-americana ficará nas margens da RS-235, no Carazal, próximo ao Laken, em uma área de 143 mil metros quadrados, com 87 mil metros quadrados de construção total. Até o final deste ano, o detalhamento dos projetos de interiores dos apartamentos e das áreas do hotel deve ser concluído.
A temática será música, mas com influência de artigos e da história da região. "São elementos que vão remeter à história do trem, as raízes que permeiam a cidade", ressalta o executivo do Hard Rock Hotel Gramado, Victor Nakamura. "Quem vai ficar no Hard Rock vai ter inspiração de tudo o que compõe Gramado. Não terá uma decoração de interiores americanizada", garante.
Além da área exclusiva para os hóspedes, o empreendimento terá uma vila gastronômica com 16 espaços, que poderão ser ocupados por lojas e restaurantes, centro de eventos com capacidade para até 1,5 mil pessoas, SPA e locais para casamentos e shows ao ar livre. Na primeira fase da obra, serão instaladas cinco piscinas, sendo duas internas e três externas, bem como um restaurante inspirado em um galpão de Centro de Tradições Gaúchas (CTG).
O executivo revela que mais de 30 arquitetos atuaram na missão de adaptar a construção aos declives e aclives do terreno para que tudo tivesse "a cara da Serra". Victor comenta que não haverá grandes mudanças para quem enxergar o empreendimento pela rodovia. "Vamos ter uma entrada discreta e explorar mais a parte interna da área", adianta.
O Hard Rock Hotel de Gramado conta com três grupos que formam os investidores e proprietários do empreendimento. O Toctao, que atua em diferentes setores da engenharia, Argon, de serviços financeiros, e Mundo Planalto, que já possui negócios na região e comercializa, atualmente, um resort que está sendo construído dentro da Vinícola Dom Cândido, em Bento Gonçalves, com sistema de cotas.
Esses são os responsáveis pelo aporte financeiro e construção do empreendimento, em um custo estimado na casa dos R$ 450 milhões. A operação hoteleira ficará sob cuidado da marca Hard Rock, mas com mão de obra local.
Empreendimento também terá multipropriedade
O mercado das chamadas cotas é algo novo dentro da marca Hard Rock, mas bastante disseminado e conhecido na região da Serra gaúcha. "O mercado de Gramado é bem aquecido e consolidado com outras marcas. Só que a gente acredita muito no projeto e que temos um produto muito exclusivo. Estamos pensando nos detalhes que vão impressionar", argumenta o executivo, complementando que a multipropriedade proporciona uma ocupação da cidade ao longo do ano todo.
O Hard Rock será construído em três fases, com a primeira com 430 apartamentos e chegando ao total de 858, em um prazo estimado de 15 anos. "Verificamos uma evolução natural da demanda. Se fizermos os 400 apartamentos e vermos que a operação está destoando dos resultados que a gente espera, é claro que vamos segurar a expansão. A gente entende que hoje, com as operações que já existem, estamos com um projeto do tamanho de Gramado", exemplifica.
Preservação ambiental
O executivo comenta que a preservação ambiental é uma das preocupações do empreendimento. Ele ressalta que o tamanho do terreno permitia uma construção física maior, contudo, a ideia sempre foi ter muita área verde no entorno do hotel.
Uma empresa de consultoria ambiental presta atendimento ao Hard Rock Hotel de Gramado e realiza monitoramento periódico da fauna e flora existentes.
A bióloga Bruna Braunn é quem faz o monitoramento e elaboração de relatórios que são submetidos à Prefeitura. Mais de 3 mil xaxins foram transplantados, assim como outras espécies que devem, posteriormente, fazer parte do paisagismo do hotel. "Todo o corte de árvores foi feito de forma gradual para o deslocamento da fauna nativa e para que não tivesse nenhum acidente com algum animal que poderia ter no local. As áreas são conectadas com o vale e os animais conseguem se deslocar e ter uma área de vida maior", aponta.
Contrapartidas
Como contrapartidas, estabelecidas pelo Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), devido às consequências causadas pela instalação do empreendimento na cidade, uma série de medidas precisa ser adotada. Victor pondera que R$ 2,3 milhões devem ser pagos à administração municipal neste ano. O recurso, no total de R$ 5,1 milhões, é para um fundo municipal de uso livre, que pode ser empregado em obras ou outros projetos públicos.
Para Victor, o valor é o mais expressivo dentro dos pagamentos de contrapartidas dos projetos que atua. "É aquele respeito que a gente fala, a gente pede licença para entrar em Gramado. Antes de chegar como um grupo que está explorando a cidade, a gente está investindo", ressalta.
Uma área de 86 hectares na Linha São Roque foi adquirida pelo grupo, registrada como de preservação permanente. O executivo destaca que se está decidindo o que será feito, mas que o local pode virar uma reserva ecológica onde trabalhos de educação ambiental possam ser realizados. Ainda na área ambiental, R$ 2,2 milhões serão para investimentos no Parque dos Pinheiros.
Por fim, um outro acordo de contrapartida para a cidade é a construção de 12 casas que serão destinadas para as forças de segurança de Gramado. Anteriormente, o projeto previa a instalação das residências no Loteamento Carazal, contudo, a Prefeitura deve indicar outra área.
A temática será música, mas com influência de artigos e da história da região. "São elementos que vão remeter à história do trem, as raízes que permeiam a cidade", ressalta o executivo do Hard Rock Hotel Gramado, Victor Nakamura. "Quem vai ficar no Hard Rock vai ter inspiração de tudo o que compõe Gramado. Não terá uma decoração de interiores americanizada", garante.