RECICLAGEM
Conheça a história de uma cooperativa em Canela que deseja transformar o lixo em qualidade de vida
Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis atua desde fevereiro na triagem da coletiva seletiva e orgânica do município
Última atualização: 05/04/2024 10:42
Caminhões com toneladas de lixo diariamente são levados para um pavilhão localizado no bairro Distrito Industrial, em Canela. Restos de comida, plásticos, embalagens, papéis. Ainda tem componentes eletrônicos e eletrodomésticos que não funcionam mais e que foram descartados de forma incorreta, na coleta seletiva. Até mesmo roupas com etiquetas são colocadas em sacolas e vão parar na triagem.
No município canelense, um grupo assumiu o trabalho de triagem da coleta. É a Cooperativa de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis da Região das Hortênsias (Coocamarh), formada por famílias de baixa renda.
O intuito, entretanto, não é apenas trabalhar e selecionar onde cada objeto deve ir. Mas sim, transformar o meio ambiente e oportunizar uma outra qualidade de vida para os trabalhadores.
Trabalho
A cooperativa foi criada ainda em 2023. Após a legalização do grupo e a realização de diversas reuniões no Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela (Cidica), o intuito era alugar uma área onde o trabalho pudesse ser iniciado.
Com a desistência da antiga empresa que fazia a triagem da cidade, a Prefeitura de Canela fechou um contrato com a Coocamarh. "O nosso objetivo principal é chegarmos a 40% de triagem até o final do ano. Quando iniciamos conseguíamos menos de 5%", revela uma das coordenadoras, Jaqueline Lourenço.
Atualmente, o aproveitamento é de 15%. São 19 pessoas trabalhando diariamente no local. Entre os requisitos, está ser cadastrado no CadÚnico. O principal setor que envolve colaboradores é a esteira - onde, a maioria, são mulheres quem fazem a seleção e separação dos itens, colocando-os em contêineres devidamente identificados com o tipo de material. "Quanto mais a população separar, mais eles vão poder triar, com isso aumentará a renda das famílias", diz a coordenadora do Conselho Municipal de Meio Ambiente e uma das idealizadoras, Laci Gross.
Desafios
O principal desafio na hora de fazer a triagem é justamente pelo lixo não ter sido separado de forma correta antes, na residência dos moradores. Restos de alimentos e até mesmo fraldas vão misturados com plásticos e outros itens que podem ser reciclados.
"Vem muita coisa orgânica, acaba que temos que triar as duas coisas juntas. É preciso conscientizar e que a comunidade saiba os dias que há a coleta seletiva orgânica e os dias da seletiva", reitera Jaqueline.
São cerca de 30 a 40 toneladas por dia de lixo, trazidos por seis caminhões. "Em feriados, datas comemorativas, eles vêm e retornam", complementa a coordenadora. "A gente faz o possível para dar conta."
Após a triagem, há diferentes destinações. O material orgânico é recolhido e destinado a um aterro em São Leopoldo. Já o seletivo é compactado e após vendido. Os vidros também são comercializados, assim como o lixo eletrônico, que tem suas peças separadas.
Conscientizar
A ideia é que o trabalho da cooperativa envolva a conscientização da população. Assim, um dos projetos é ir nos bairros e fazer visitas nas casas, para falar sobre a coleta.
A cooperativa conta também com a reimplantação da Agenda Ambiental, programa que visa trabalhar na prática a separação dos resíduos nas escolas.
"Reciclagem tem sua emoção"
Jaqueline trabalha desde os 14 anos com reciclagem. Hoje, com 20 anos, afirma que encontrou a área em que se sente realizada.
"É maravilhoso. Já trabalhei em serraria, pousada, fazendo café da manhã. Mas a reciclagem tem sua emoção, pois ajudo o meio ambiente, é muito bom ver o lixo que foi separado, reciclado", explica. "E claro que levo o trabalho para casa, lá tem uma lixeira em cima da pia para o orgânico e tem outra para o seletivo", afirma.
Em Canela, a coleta funciona da seguinte maneira: segundas, quartas e sextas-feiras são recolhidos orgânicos; nas terças, quintas-feiras e sábados, o lixo seletivo.
Caminhões com toneladas de lixo diariamente são levados para um pavilhão localizado no bairro Distrito Industrial, em Canela. Restos de comida, plásticos, embalagens, papéis. Ainda tem componentes eletrônicos e eletrodomésticos que não funcionam mais e que foram descartados de forma incorreta, na coleta seletiva. Até mesmo roupas com etiquetas são colocadas em sacolas e vão parar na triagem.
No município canelense, um grupo assumiu o trabalho de triagem da coleta. É a Cooperativa de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis da Região das Hortênsias (Coocamarh), formada por famílias de baixa renda.
O intuito, entretanto, não é apenas trabalhar e selecionar onde cada objeto deve ir. Mas sim, transformar o meio ambiente e oportunizar uma outra qualidade de vida para os trabalhadores.
Trabalho
A cooperativa foi criada ainda em 2023. Após a legalização do grupo e a realização de diversas reuniões no Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela (Cidica), o intuito era alugar uma área onde o trabalho pudesse ser iniciado.
Com a desistência da antiga empresa que fazia a triagem da cidade, a Prefeitura de Canela fechou um contrato com a Coocamarh. "O nosso objetivo principal é chegarmos a 40% de triagem até o final do ano. Quando iniciamos conseguíamos menos de 5%", revela uma das coordenadoras, Jaqueline Lourenço.
Atualmente, o aproveitamento é de 15%. São 19 pessoas trabalhando diariamente no local. Entre os requisitos, está ser cadastrado no CadÚnico. O principal setor que envolve colaboradores é a esteira - onde, a maioria, são mulheres quem fazem a seleção e separação dos itens, colocando-os em contêineres devidamente identificados com o tipo de material. "Quanto mais a população separar, mais eles vão poder triar, com isso aumentará a renda das famílias", diz a coordenadora do Conselho Municipal de Meio Ambiente e uma das idealizadoras, Laci Gross.
Desafios
O principal desafio na hora de fazer a triagem é justamente pelo lixo não ter sido separado de forma correta antes, na residência dos moradores. Restos de alimentos e até mesmo fraldas vão misturados com plásticos e outros itens que podem ser reciclados.
"Vem muita coisa orgânica, acaba que temos que triar as duas coisas juntas. É preciso conscientizar e que a comunidade saiba os dias que há a coleta seletiva orgânica e os dias da seletiva", reitera Jaqueline.
São cerca de 30 a 40 toneladas por dia de lixo, trazidos por seis caminhões. "Em feriados, datas comemorativas, eles vêm e retornam", complementa a coordenadora. "A gente faz o possível para dar conta."
Após a triagem, há diferentes destinações. O material orgânico é recolhido e destinado a um aterro em São Leopoldo. Já o seletivo é compactado e após vendido. Os vidros também são comercializados, assim como o lixo eletrônico, que tem suas peças separadas.
Conscientizar
A ideia é que o trabalho da cooperativa envolva a conscientização da população. Assim, um dos projetos é ir nos bairros e fazer visitas nas casas, para falar sobre a coleta.
A cooperativa conta também com a reimplantação da Agenda Ambiental, programa que visa trabalhar na prática a separação dos resíduos nas escolas.
"Reciclagem tem sua emoção"
Jaqueline trabalha desde os 14 anos com reciclagem. Hoje, com 20 anos, afirma que encontrou a área em que se sente realizada.
"É maravilhoso. Já trabalhei em serraria, pousada, fazendo café da manhã. Mas a reciclagem tem sua emoção, pois ajudo o meio ambiente, é muito bom ver o lixo que foi separado, reciclado", explica. "E claro que levo o trabalho para casa, lá tem uma lixeira em cima da pia para o orgânico e tem outra para o seletivo", afirma.
Em Canela, a coleta funciona da seguinte maneira: segundas, quartas e sextas-feiras são recolhidos orgânicos; nas terças, quintas-feiras e sábados, o lixo seletivo.