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HOMENAGEM AOS MOTORISTAS

Conheça a história da família que administra famoso passeio em Gramado há 43 anos

Josué e os irmãos herdaram o negócio do pai, e mantêm o legado da empresa de geração em geração

Mônica Pereira
Publicado em: 28/07/2024 às 11h:22
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O Dia do Motorista é comemorado em 25 de julho, data que homenageia aqueles que desempenham um papel crucial no País. É deles a responsabilidade de conduzir vidas e cargas estradas afora. Na Serra gaúcha, o turismo é fortalecido por esses profissionais, sempre atentos ao trânsito para levar turistas para conhecer a região.

Josué Cardoso trabalha há 20 anos como motorista de ônibus turístico em Gramado



Josué Cardoso trabalha há 20 anos como motorista de ônibus turístico em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

E é com um característico veículo que a família Cardoso ganha a vida há 43 anos. Os irmãos Paulo, Marcos e Josué seguem os passos do falecido pai, Abraão, que adquiriu o negócio em 1981 – dois anos após o Fumacinha iniciar a operação.

Criado com o intuito de prestar informações e também contar fatos históricos e curiosos sobre Gramado, hoje é um dos mais tradicionais passeios da cidade. Ao longo do tempo, foi preciso se modernizar. O bondinho deu lugar a um micro-ônibus vermelho com janelas grandes, para um tour panorâmico.

E é sobre rodas que Josué, que tem 41 anos, trabalha desde os 13. No começo, ajudava na cobrança de ingressos. Em 2004, tornou-se um dos motoristas. E são várias as histórias. Assim como o legado foi passando de geração em geração, ele recorda que muitas famílias voltam para fazer o passeio com os filhos e netos.

“Explicamos sobre o nome do município, emancipação, histórias que a gente ouvia do nosso pai, a nossa vivência desde pequenos aqui em Gramado. Até sobre a diferença entre as construções alemãs e italianas. Vamos adaptando o passeio conforme o que as pessoas vão nos pedindo ao longo do tempo”, declara.

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“É preciso paciência”

Josué trabalha há 20 anos como motorista do Fumacinha



Josué trabalha há 20 anos como motorista do Fumacinha

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Entre os desafios da profissão e a responsabilidade de levar até 30 pessoas por viagem, a de lidar com os condutores é uma das mais estressantes.

“A gente anda a 15 quilômetros por hora. Estamos passeando também. O pior mesmo é a falta de educação dos motoristas, que não conseguem ter um pouco de paciência, esperar o outro passar”, ressalta. “Mas é gratificante quando a gente chega no final e as pessoas dizem que gostaram, nos aplaudem, contam que não conheciam os locais em que a gente passou”, frisa.

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Agradecendo por não terem sofrido nenhum acidente grave, Josué destaca que a empresa segue diversas regras para manter a segurança dos passageiros e as licenças da Prefeitura. Um engenheiro de trânsito foi contratado para mapear o roteiro seguido pelo Fumacinha e um novo veículo deve começar a circular até o final do ano, atendendo às exigências de renovação da frota. Atualmente, o negócio é gerido pelos três irmãos e há dois funcionários.

O passeio tem como ponto de partida e de chegada a Igreja Matriz São Pedro. Durante aproximadamente 1h10, percorre 25 locais turísticos nos bairros Centro, Bavária e Planalto. No Lago Negro, há 20 minutos de parada para que os turistas possam descer e tirar fotos. São cinco horários diários – 9h45, 11 horas, 12h30, 14 horas e 15h15 – e o tour custa R$ 40 por pessoa, com meia-entrada para idosos e crianças de 2 a 10 anos.

“A pandemia foi o pior momento”

Josué Cardoso trabalha há 20 anos como motorista de ônibus turístico em Gramado



Josué Cardoso trabalha há 20 anos como motorista de ônibus turístico em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A empresa é a fonte de renda dos irmãos, que depende da movimentação turística. As chuvas de maio afetaram, contudo, já houve uma pequena recuperação. “O movimento está bom, mas inferior ao esperado para esta época do ano”, revela Josué. “Tiveram dias em maio e junho que a gente não fez nenhum passeio”, aponta. “Mesmo com o aeroporto fechado, o pessoal ainda vem. A pandemia foi o pior momento. Não ver ninguém na rua foi bem triste. Nós ficamos quase 80 dias parados”, relembra.

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