A manhã que antecede os dias de Natal é marcada por tragédia em Gramado. Uma aeronave de pequeno porte, modelo Piper Cheyenne — anteriormente conhecido como PA-42-1000, caiu sobre um estabelecimento comercial, atingiu residência e telhados próximos, na RS-235, no bairro Avenida Central. Ao menos 15 pessoas foram socorridas até as 11 horas.
O avião turbohélice decolou pouco depois das 9 horas, do Aeroporto de Canela. O destino era a cidade de Jundiaí, em São Paulo. A queda ocorreu cerca de cinco quilômetros após. Ainda não há informações sobre número de passageiros. No momento do acidente, havia chuva forte e presença intensa de neblina na Região das Hortênsias.
A aeronave teria perdido altitude, quando bateu no telhado de um edifício, próximo a Prolar. Em seguida, atingiu o segundo andar de uma residência e a pousada Floratta. Na casa, uma pessoa teria escapado sem ferimento. Já no empreendimento hoteleiro, dois hóspedes teriam ficado feridos, conforme informações preliminares.
Ainda, uma loja de móveis, com o impacto, pegou fogo. Lá, os trabalhadores, com a chuva, decidiram chegar mais tarde para iniciar o horário de atendimento, com isso, não havia ninguém na hora do incidente.
O forte barulho, com o impacto, chegou a atingir outros estabelecimentos, localizados do outro lado da RS-235, inclusive.
Conforme o aviador Alessandro Conte, que está no local do acidente para auxiliar órgãos de segurança, os destroços chegaram a ficar espalhados num raio de, aproximadamente, 100 metros.
Na lateral da loja Toque e Retoque, restos da aeronave, como uma asa, podem ser visualizados.
Até o momento, 15 pessoas foram encaminhadas ao Hospital Arcanjo São Miguel (HASM). Além de ferimentos, vítimas inalaram a fumaça e tiveram intoxicação.
A RS-235 está bloqueada a partir da rótula do posto de combustíveis Sapatus, para passagem. Os motoristas são orientados a evitarem utilizar a rodovia. Ainda, quem precisar se deslocar até Canela deve utilizar a estrada entre o Mato Queimado/Caracol.
O local está bloqueado num raio de 800 metros, conforme a major da Brigada Militar, Claudia Maldaner. “Pedimos que os curiosos não venham para cá e os veículos que não precisam transitar, não o façam”, diz. Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil, entre outras autoridades, trabalham no perímetro. Caminhões-pipa também são encaminhados para auxiliar no combate às chamas.
Ainda não há informações sobre a identidade das vítimas.
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