SAÚDE EM ALERTA
Com casos confirmados de dengue em Gramado, Vigilância Ambiental deve colocar armadilhas para mosquito
Gramado tem se estruturado para ampliar a prevenção; cuidados básicos ajudam
Última atualização: 17/02/2024 11:50
A alta de casos de dengue no País tem acendido um alerta. Somente nestes primeiros dois meses do ano já são mais de 500 mil registros em todo o território nacional e, ao menos, 75 óbitos por causa da doença.
Segundo dados do governo do Estado, até a quarta-feira, dia 14, o Rio Grande do Sul tinha 1,3 mil casos confirmados. Além disso, três pessoas morreram em decorrência da doença.
O levantamento aponta que Canela não tem nenhum caso confirmado até o momento. São três notificações, uma em análise e outras duas descartadas. Em Gramado, são nove casos confirmados neste ano. Das 42 notificações, ainda há 12 casos sob investigação e 21 descartados.
Para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypt, a comunidade precisa montar uma força-tarefa. Autoridades reforçam que poucos minutos por semana da rotina são capazes de eliminar os focos, evitando o acúmulo de água parada.
Trabalho de conscientização
O coordenador da Vigilância Ambiental, José Mário da Silva, destaca que a cidade tem se equipado para encarar o mosquito. Desde 2021, quando assumiu o cargo, o número de visitas às residências cresceu, saindo de 3,3 mil para 47 mil, no ano passado. E até a tecnologia auxilia. Em locais fechados e de difícil acesso, um drone é utilizado para fazer o mapeamento de possíveis criadouros.
Mesmo com poucos casos, todos da equipe vivem em constante alerta. Em 2023, o primeiro óbito por dengue da história de Gramado foi registrado.
Os atuais seis agentes de combate às endemias da Secretaria da Saúde tem a missão de orientar a população. Para este ano, a expectativa é que o trabalho seja reforçado com a chegada de novos profissionais, contratados através de processo seletivo.
"Conseguimos quebrar muitas barreiras porque as pessoas não nos deixavam entrar. Agora, com a atuação que estamos fazendo, com palestras nas escolas e essa conscientização durante o ano inteiro, está muito melhor", declara José.
O mapeamento da Prefeitura mostra que há 14 mil edificações em área urbana e em torno de 3 mil na área rural da cidade, que precisam ser vistoriadas constantemente.
Em 2023, Gramado investiu R$ 17 mil na compra de equipamentos para montar um laboratório próprio para análise dos mosquitos. A operação deve ser iniciada em breve, assim que José receber um treinamento por parte do governo estadual. A novidade deve agilizar os processos, já que as amostras não precisarão mais ser encaminhadas para o laboratório regional, que fica em Canela.
Várzea tem mais casos
O coordenador da Vigilância Ambiental, José Mário da Silva, destaca que a cidade tem se equipado para encarar o mosquito. Desde 2021, quando assumiu o cargo, o número de visitas às residências cresceu, saindo de 3,3 mil para 47 mil, no ano passado. E até a tecnologia auxilia. Em locais fechados e de difícil acesso, um drone é utilizado para fazer o mapeamento de possíveis criadouros.
Mesmo com poucos casos, todos da equipe vivem em constante alerta. Em 2023, o primeiro óbito por dengue da história de Gramado foi registrado.
Os atuais seis agentes de combate às endemias da Secretaria da Saúde tem a missão de orientar a população. Para este ano, a expectativa é que o trabalho seja reforçado com a chegada de novos profissionais, contratados através de processo seletivo.
"Conseguimos quebrar muitas barreiras porque as pessoas não nos deixavam entrar. Agora, com a atuação que estamos fazendo, com palestras nas escolas e essa conscientização durante o ano inteiro, está muito melhor", declara José.
O mapeamento da Prefeitura mostra que há 14 mil edificações em área urbana e em torno de 3 mil na área rural da cidade, que precisam ser vistoriadas constantemente.
Em 2023, Gramado investiu R$ 17 mil na compra de equipamentos para montar um laboratório próprio para análise dos mosquitos. A operação deve ser iniciada em breve, assim que José receber um treinamento por parte do governo estadual. A novidade deve agilizar os processos, já que as amostras não precisarão mais ser encaminhadas para o laboratório regional, que fica em Canela.
Procedimentos adotados
O coordenador do setor explica que todos os casos de pacientes que buscam as unidades básicas de saúde ou o hospital chegam até o conhecimento da Vigilância Ambiental. Mesmo quando ainda não há confirmação de dengue, são realizadas vistorias na residência e no local de trabalho, em uma investigação das áreas possíveis de contaminação.
Quando larvas são encontradas, inicia o trabalho de bloqueio, que é a aplicação de inseticida em um raio de 300 metros. "Precisamos eliminar qualquer possibilidade de ter uma fêmea contaminada rodando por ali", pondera José.
O produto pulverizado é o Cielo, considerado moderno e que não produz fumaça. "As partículas são pequenas e não conseguimos ver olho nu. Temos até equipamento de alta performance, que é acoplado em uma caminhonete, e outro que vai nas costas dos agentes. O produto é muito seguro, até recomendamos que as pessoas abram as casas para que o inseticida faça o bloqueio por completo. O mosquito tem o hábito de se esconder atrás de cortinas e embaixo de camas e sofás", revela José.
"A gente se preparou para essa guerra"
"Somos uma equipe técnica, seguindo portarias e determinações do Ministério da Saúde. A gente se preparou para essa guerra", afirma a diretora da Vigilância e Ações em Saúde, Flávia Oliveira, reforçando a importância do trabalho feito pela Secretaria da Saúde.
Ela destaca os treinamentos com as equipes dos postos de saúde e do hospital e a aquisição de testes rápidos para dengue. "É um ganho muito grande no tratamento. Agilizamos o diagnóstico, tratamos o paciente de forma mais ágil e iniciamos toda a parte de cuidado com a Vigilância Ambiental", esclarece.
"A população tem que nos ajudar, pois isso depende de cada um, de cada família. A dengue mata, é um risco para todos. Se cada um tirar dez minutos de um dia na semana para vistoriar os quintais, olhar o entorno de sua casa, conseguimos vencer essa batalha", argumenta.
Para o secretário da Saúde, Jeferson Moschen, o pedido é de apoio da comunidade. "Precisamos que todos estejamos juntos. A população precisa sair a campo, evitar qualquer foco de água parada", corrobora.
Uso de ovitrampas na cidade
Armadilhas para combate à dengue serão instaladas em breve em Gramado. Ao todo, 88 ovitrampas vão simular o ambiente ideal para a procriação, com devido acompanhamento técnico.
A metodologia consiste em fazer uma coleta segura dos ovos do inseto, mapeamento de forma mais eficaz os locais de proliferação.
Dentro de um vaso com água, uma pequena palheta de madeira com área rugosa é fixada com um clipe de metal. Usando levedura de cerveja, a fêmea é atraída para o local e deposita os ovos. Depois de cinco dias, a água é jogada fora e inicia o processo de identificação. "Com contato com o oxigênio, os ovos do Aedes Aegypt vão ficar escuros", esclarece o coordenador.
Segundo José, além de uma maneira mais prática de verificação, a armadilha faz com que a fêmea não fique por aí depositando os ovos. "Ela vai ser atraída para a ovitrampa em vez de um pneu com água parada", comenta.
Outro projeto que entrará em vigor é o Aedes do Bem, que são caixas com ovos geneticamente modificados, que acabam se transformados em mosquitos machos capazes de limitar a reprodução e diminuir o número de fêmeas. Gramado conta com 100 kits que foram doados por uma empresa.
A alta de casos de dengue no País tem acendido um alerta. Somente nestes primeiros dois meses do ano já são mais de 500 mil registros em todo o território nacional e, ao menos, 75 óbitos por causa da doença.
Segundo dados do governo do Estado, até a quarta-feira, dia 14, o Rio Grande do Sul tinha 1,3 mil casos confirmados. Além disso, três pessoas morreram em decorrência da doença.
O levantamento aponta que Canela não tem nenhum caso confirmado até o momento. São três notificações, uma em análise e outras duas descartadas. Em Gramado, são nove casos confirmados neste ano. Das 42 notificações, ainda há 12 casos sob investigação e 21 descartados.
Para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypt, a comunidade precisa montar uma força-tarefa. Autoridades reforçam que poucos minutos por semana da rotina são capazes de eliminar os focos, evitando o acúmulo de água parada.
Trabalho de conscientização
O coordenador da Vigilância Ambiental, José Mário da Silva, destaca que a cidade tem se equipado para encarar o mosquito. Desde 2021, quando assumiu o cargo, o número de visitas às residências cresceu, saindo de 3,3 mil para 47 mil, no ano passado. E até a tecnologia auxilia. Em locais fechados e de difícil acesso, um drone é utilizado para fazer o mapeamento de possíveis criadouros.
Mesmo com poucos casos, todos da equipe vivem em constante alerta. Em 2023, o primeiro óbito por dengue da história de Gramado foi registrado.
Os atuais seis agentes de combate às endemias da Secretaria da Saúde tem a missão de orientar a população. Para este ano, a expectativa é que o trabalho seja reforçado com a chegada de novos profissionais, contratados através de processo seletivo.
"Conseguimos quebrar muitas barreiras porque as pessoas não nos deixavam entrar. Agora, com a atuação que estamos fazendo, com palestras nas escolas e essa conscientização durante o ano inteiro, está muito melhor", declara José.
O mapeamento da Prefeitura mostra que há 14 mil edificações em área urbana e em torno de 3 mil na área rural da cidade, que precisam ser vistoriadas constantemente.
Em 2023, Gramado investiu R$ 17 mil na compra de equipamentos para montar um laboratório próprio para análise dos mosquitos. A operação deve ser iniciada em breve, assim que José receber um treinamento por parte do governo estadual. A novidade deve agilizar os processos, já que as amostras não precisarão mais ser encaminhadas para o laboratório regional, que fica em Canela.
Várzea tem mais casos
O coordenador da Vigilância Ambiental, José Mário da Silva, destaca que a cidade tem se equipado para encarar o mosquito. Desde 2021, quando assumiu o cargo, o número de visitas às residências cresceu, saindo de 3,3 mil para 47 mil, no ano passado. E até a tecnologia auxilia. Em locais fechados e de difícil acesso, um drone é utilizado para fazer o mapeamento de possíveis criadouros.
Mesmo com poucos casos, todos da equipe vivem em constante alerta. Em 2023, o primeiro óbito por dengue da história de Gramado foi registrado.
Os atuais seis agentes de combate às endemias da Secretaria da Saúde tem a missão de orientar a população. Para este ano, a expectativa é que o trabalho seja reforçado com a chegada de novos profissionais, contratados através de processo seletivo.
"Conseguimos quebrar muitas barreiras porque as pessoas não nos deixavam entrar. Agora, com a atuação que estamos fazendo, com palestras nas escolas e essa conscientização durante o ano inteiro, está muito melhor", declara José.
O mapeamento da Prefeitura mostra que há 14 mil edificações em área urbana e em torno de 3 mil na área rural da cidade, que precisam ser vistoriadas constantemente.
Em 2023, Gramado investiu R$ 17 mil na compra de equipamentos para montar um laboratório próprio para análise dos mosquitos. A operação deve ser iniciada em breve, assim que José receber um treinamento por parte do governo estadual. A novidade deve agilizar os processos, já que as amostras não precisarão mais ser encaminhadas para o laboratório regional, que fica em Canela.
Procedimentos adotados
O coordenador do setor explica que todos os casos de pacientes que buscam as unidades básicas de saúde ou o hospital chegam até o conhecimento da Vigilância Ambiental. Mesmo quando ainda não há confirmação de dengue, são realizadas vistorias na residência e no local de trabalho, em uma investigação das áreas possíveis de contaminação.
Quando larvas são encontradas, inicia o trabalho de bloqueio, que é a aplicação de inseticida em um raio de 300 metros. "Precisamos eliminar qualquer possibilidade de ter uma fêmea contaminada rodando por ali", pondera José.
O produto pulverizado é o Cielo, considerado moderno e que não produz fumaça. "As partículas são pequenas e não conseguimos ver olho nu. Temos até equipamento de alta performance, que é acoplado em uma caminhonete, e outro que vai nas costas dos agentes. O produto é muito seguro, até recomendamos que as pessoas abram as casas para que o inseticida faça o bloqueio por completo. O mosquito tem o hábito de se esconder atrás de cortinas e embaixo de camas e sofás", revela José.
"A gente se preparou para essa guerra"
"Somos uma equipe técnica, seguindo portarias e determinações do Ministério da Saúde. A gente se preparou para essa guerra", afirma a diretora da Vigilância e Ações em Saúde, Flávia Oliveira, reforçando a importância do trabalho feito pela Secretaria da Saúde.
Ela destaca os treinamentos com as equipes dos postos de saúde e do hospital e a aquisição de testes rápidos para dengue. "É um ganho muito grande no tratamento. Agilizamos o diagnóstico, tratamos o paciente de forma mais ágil e iniciamos toda a parte de cuidado com a Vigilância Ambiental", esclarece.
"A população tem que nos ajudar, pois isso depende de cada um, de cada família. A dengue mata, é um risco para todos. Se cada um tirar dez minutos de um dia na semana para vistoriar os quintais, olhar o entorno de sua casa, conseguimos vencer essa batalha", argumenta.
Para o secretário da Saúde, Jeferson Moschen, o pedido é de apoio da comunidade. "Precisamos que todos estejamos juntos. A população precisa sair a campo, evitar qualquer foco de água parada", corrobora.
Uso de ovitrampas na cidade
Armadilhas para combate à dengue serão instaladas em breve em Gramado. Ao todo, 88 ovitrampas vão simular o ambiente ideal para a procriação, com devido acompanhamento técnico.
A metodologia consiste em fazer uma coleta segura dos ovos do inseto, mapeamento de forma mais eficaz os locais de proliferação.
Dentro de um vaso com água, uma pequena palheta de madeira com área rugosa é fixada com um clipe de metal. Usando levedura de cerveja, a fêmea é atraída para o local e deposita os ovos. Depois de cinco dias, a água é jogada fora e inicia o processo de identificação. "Com contato com o oxigênio, os ovos do Aedes Aegypt vão ficar escuros", esclarece o coordenador.
Segundo José, além de uma maneira mais prática de verificação, a armadilha faz com que a fêmea não fique por aí depositando os ovos. "Ela vai ser atraída para a ovitrampa em vez de um pneu com água parada", comenta.
Outro projeto que entrará em vigor é o Aedes do Bem, que são caixas com ovos geneticamente modificados, que acabam se transformados em mosquitos machos capazes de limitar a reprodução e diminuir o número de fêmeas. Gramado conta com 100 kits que foram doados por uma empresa.