O Hospital Arcanjo São Miguel (HASM) registra nos últimos 25 dias mais de 3,8 mil pacientes atendidos. O crescente aumento e fluxo alto de demandas, faz com que a direção da casa de saúde alterne e inicie um plano de contingência a partir desta sexta-feira (26).
Agora, casos menos graves – aqueles que recebem fichas azul ou verde – serão encaminhados a Rede de Atenção Básica e ao Centro de Atendimento Integrado a Saúde (Cais).
A medida ocorre, conforme comunicado pela Prefeitura, pela sobrecarga do setor de emergência em virtude da procura por atendimentos leves e intermediários que poderiam ser sanados na Rede de Atenção Básica ou consultórios médicos. A decisão foi tomada após reunião na quinta-feira (25), entre membros do hospital e Secretaria da Saúde.
Assim, o HASM recebe pacientes classificados como casos amarelo, laranja e vermelho, conforme preconiza o protocolo de Manchester, adotado pelo Ministério da Saúde.
Os demais poderão procurar o Cais, que funciona junto ao Centro Municipal de Saúde, diariamente, das 8 às 20 horas. “Estamos priorizando casos que possuem riscos de vida, como forma de resguardar os pacientes que estão em situações mais graves, conforme modelo adotado em outras emergências do Estado que estão sobrecarregadas”, avalia o interventor do HASM, Carlos Gober.
De acordo com a pasta municipal, o fluxo já é adotado pelo município desde agosto de 2023, mas a população segue procurando o hospital em situações de casos leves e intermediários, fazendo com que a capacidade de atendimento hospitalar esteja próxima do limite.
O secretário da Saúde, Paulo Felippe de Carvalho, está promovendo reuniões com as equipes da pasta para traçar um plano de contingência visando desafogar o fluxo de pacientes no hospital. Entre as possibilidades que estão sendo avaliadas está a ampliação do horário de atendimento do Cais e a contratação emergencial de novos profissionais.
“Estamos entrando em um período no qual tradicionalmente aumenta a demanda pelos serviços de saúde. Mais do que nunca contamos com a compreensão da comunidade em casos não urgentes, para que procurem nossas unidades de saúde ou o Cais”, ressalta Paulo Felippe.
Entenda a classificação de risco
A classificação de risco é uma forma de estabelecer uma hierarquia conforme a gravidade, determinando a prioridade clínica para o atendimento.
Fichas azuis – Situações não agudas. O tempo para o agendamento deve considerar a história, vulnerabilidade e o quadro clínico da queixa. O paciente recebe orientação específica e/ou sobre as ofertas da unidade. Adiantamento de ações previstas em protocolos.
Fichas verdes – Situações agudas ou agudizadas. Consideram-se situações que precisam de atendimento no mesmo dia, sendo baixo o risco biológico ou havendo risco de vulnerabilidade psicossocial importante.
Fichas amarelas – Risco moderado. São condições que necessitam de atendimento prioritário, entre dez e 60 minutos. Inicialmente, a equipe de enfermagem pode oferecer medidas de conforto até a nova avaliação do profissional mais indicado para o caso.
Fichas laranjas – Quadro grave. Apesar de constituir uma situação de emergência, o paciente apresenta uma estabilidade maior do que os pacientes atendidos com classificação vermelha.
Fichas vermelhas – Alto risco de vida. O atendimento deve ser imediato. A intervenção da equipe deve ocorrer no momento da chegada do paciente, sendo obrigatória a presença do médico.
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