SAFRA 2023
Colheita de oliveiras deve ultrapassar as 10 toneladas em Gramado
Expectativa é que crescimento seja de mais de 100% em relação a 2022
Última atualização: 02/02/2024 14:25
Foi dada a largada para a colheita de azeitonas em Gramado. Iniciada nesta semana, o Rio Grande do Sul é considerado o maior produtor do fruto no País. E na região da Serra, o Parque Olivas de Gramado é referência, tanto pelo crescimento, quanto pela qualidade dos produtos que ali são gerados.
As expectativas para esta terceira safra do empreendimento são altas por parte da equipe. A estimativa é que sejam colhidas mais de 10 toneladas, um crescimento de mais de 100% em relação a safra de 2022. No ano passado, aproximadamente 4 toneladas de azeitonas foram retiradas das árvores.
Plantações
Até a quinta-feira, dia 23, a equipe da olivicultura composta por 15 pessoas fará a colheita dos cerca de 12,3 mil pés de oliveiras, em 29 hectares de área plantada.
Para retirar os frutos das árvores, a maior parte é feita manualmente. Um equipamento automático é utilizado apenas em áreas mais altas. Por ser um terreno de declive, o uso da escada, por exemplo, não é recomendado. O efeito da máquina, entretanto, é uma chuva de azeitonas, que caem sobre uma proteção que é colocada no chão, onde, após, as azeitonas são depositadas em caixas.
O Olivas possui seis varietais de azeitonas: Arbequina, Picual, Frantoio, Koroneik, Ascolana e Manzanilla. A com maior produção, conforme o azeitólogo e sócio do parque, André Bertolucci, é a Koroneic, que representa 40% da safra. Esse fruto é a base principal do azeite terroir serrano. "Ela é fundamental, é a polinizadora das demais espécies e sem ela nada acontece", comenta.
Processo
Do campo até se tornar o líquido dourado, os processos são rápidos e intensos. "Temos 24 horas para colher e extrair, começando às 7 horas da manhã e terminando às 2 horas da madrugada. É a semana mais longa do ano, mas também a mais gratificante, porque esperamos o ano todo por esse momento. É uma dádiva poder colher esses frutos da terra", conta André.
Fabricação
Depois do olival, inicia-se o processo de fabricação no lagar. Lá é feita a lavagem e desfolhamento das azeitonas. Após, elas passam por uma batedeira e moinhos de martelos metálicos, onde uma pasta homogênea é feita e então passa por uma centrifuga de alta rotatividade, para separar o caroço. Depois de outros processos e passagens por filtros, o líquido termina em um tanque de inox com nitrogênio para evitar o mínimo contato com oxigênio.
Para se fazer um litro do azeite são necessários em torno de dez quilos de azeitonas.
Especial
A cada fim de safra, um azeite especial é criado para celebrar o momento. Neste ano, Bertolucci adianta que o produto a ser elaborado será um blend de campo, multivarietal com os seis tipos do fruto que o Olivas possui.
Este mesmo produto será enviado para concursos e concorrerá com azeites premium da Itália, Grécia e Portugal. "Temos produzido azeites de altíssima qualidade, fazendo frente com os melhores do mundo. O Brasil hoje é referência em azeite de oliva extravirgem", justifica André.
Em 2021, na primeira safra, o terroir serrano foi considerado um dos 500 melhores azeites do mundo pelo principal catálogo da área, o Flos Olei, de Milão.
Produtividade e cuidados
A tendência é que a produtividade em alguns setores do Olivas seja maior com o andar dos anos, porque as oliveiras ainda não estão produzindo em sua plenitude. "Quando a oliveira chega em um estágio de vida em torno de 8 a 12 anos, ela atinge o ápice da sua produtividade. Provavelmente em 5 anos vamos triplicar ou quadruplicar nossa produção na proporção toneladas por hectar", frisa o azeitólogo.
Para que a produção continue expandindo, os cuidados ocorrem durante todo o ano. "Os manejos são constantes, porque as oliveiras têm cuidados muito específicos. Como não ter outros tipos de cultivos, a poda em cálice e evitar plantio em áreas que acumulam água", finaliza André.
Foi dada a largada para a colheita de azeitonas em Gramado. Iniciada nesta semana, o Rio Grande do Sul é considerado o maior produtor do fruto no País. E na região da Serra, o Parque Olivas de Gramado é referência, tanto pelo crescimento, quanto pela qualidade dos produtos que ali são gerados.
As expectativas para esta terceira safra do empreendimento são altas por parte da equipe. A estimativa é que sejam colhidas mais de 10 toneladas, um crescimento de mais de 100% em relação a safra de 2022. No ano passado, aproximadamente 4 toneladas de azeitonas foram retiradas das árvores.
Plantações
Até a quinta-feira, dia 23, a equipe da olivicultura composta por 15 pessoas fará a colheita dos cerca de 12,3 mil pés de oliveiras, em 29 hectares de área plantada.
Para retirar os frutos das árvores, a maior parte é feita manualmente. Um equipamento automático é utilizado apenas em áreas mais altas. Por ser um terreno de declive, o uso da escada, por exemplo, não é recomendado. O efeito da máquina, entretanto, é uma chuva de azeitonas, que caem sobre uma proteção que é colocada no chão, onde, após, as azeitonas são depositadas em caixas.
O Olivas possui seis varietais de azeitonas: Arbequina, Picual, Frantoio, Koroneik, Ascolana e Manzanilla. A com maior produção, conforme o azeitólogo e sócio do parque, André Bertolucci, é a Koroneic, que representa 40% da safra. Esse fruto é a base principal do azeite terroir serrano. "Ela é fundamental, é a polinizadora das demais espécies e sem ela nada acontece", comenta.
Processo
Do campo até se tornar o líquido dourado, os processos são rápidos e intensos. "Temos 24 horas para colher e extrair, começando às 7 horas da manhã e terminando às 2 horas da madrugada. É a semana mais longa do ano, mas também a mais gratificante, porque esperamos o ano todo por esse momento. É uma dádiva poder colher esses frutos da terra", conta André.
Fabricação
Depois do olival, inicia-se o processo de fabricação no lagar. Lá é feita a lavagem e desfolhamento das azeitonas. Após, elas passam por uma batedeira e moinhos de martelos metálicos, onde uma pasta homogênea é feita e então passa por uma centrifuga de alta rotatividade, para separar o caroço. Depois de outros processos e passagens por filtros, o líquido termina em um tanque de inox com nitrogênio para evitar o mínimo contato com oxigênio.
Para se fazer um litro do azeite são necessários em torno de dez quilos de azeitonas.
Especial
A cada fim de safra, um azeite especial é criado para celebrar o momento. Neste ano, Bertolucci adianta que o produto a ser elaborado será um blend de campo, multivarietal com os seis tipos do fruto que o Olivas possui.
Este mesmo produto será enviado para concursos e concorrerá com azeites premium da Itália, Grécia e Portugal. "Temos produzido azeites de altíssima qualidade, fazendo frente com os melhores do mundo. O Brasil hoje é referência em azeite de oliva extravirgem", justifica André.
Em 2021, na primeira safra, o terroir serrano foi considerado um dos 500 melhores azeites do mundo pelo principal catálogo da área, o Flos Olei, de Milão.
Produtividade e cuidados
A tendência é que a produtividade em alguns setores do Olivas seja maior com o andar dos anos, porque as oliveiras ainda não estão produzindo em sua plenitude. "Quando a oliveira chega em um estágio de vida em torno de 8 a 12 anos, ela atinge o ápice da sua produtividade. Provavelmente em 5 anos vamos triplicar ou quadruplicar nossa produção na proporção toneladas por hectar", frisa o azeitólogo.
Para que a produção continue expandindo, os cuidados ocorrem durante todo o ano. "Os manejos são constantes, porque as oliveiras têm cuidados muito específicos. Como não ter outros tipos de cultivos, a poda em cálice e evitar plantio em áreas que acumulam água", finaliza André.