As chuvas excessivas que caíram na Região das Hortênsias afetaram o funcionamento de estradas. Deslizamentos de terra, água na pista e enchentes entre a Serra gaúcha e Vale do Sinos, Paranhana e capital, trouxeram medo à população e riscos de desabastecimento em mercados das cidades.
A consequência foi uma corrida às compras. Famílias levavam itens em quantidade, para estocar e não faltar. Associado ao problema nos deslocamentos de fornecedores e caminhões até Gramado e Canela, que não conseguiam chegar pelas quedas de barreiras, diversos estabelecimentos surpreenderam quem ia adquirir, principalmente, produtos de cesta básica, pães, carnes e frutas e verduras. O cenário era de prateleiras vazias.
No Rissul, a situação caótica ainda permanece. Já na entrada um cartaz foi colocado, assim como em diferentes corredores da estrutura. “Devido às fortes chuvas, enchentes e bloqueios de estradas, que afetam nosso Estado, alguns produtos do mix das nossas lojas não podem ser abastecidos. Diante dessa situação delicada, pedimos atenção sobre o volume excessivo na hora das compras. O momento pede por consciência e solidariedade. Esperamos que estejam seguros”, diz o comunicado.
Conforme um funcionário do empreendimento, a normalização por lá deve demorar. Apesar de diversas estradas terem sido desbloqueadas, a distribuidora, em Esteio, foi afetada pelas enchentes. No super de Gramado, no hortifrúti, havia apenas banana e batata.
Massas, farinhas, arroz, feijão, açúcar e leite estavam em falta. Assim como água mineral, que havia em pouca quantidade.
Situação diferente
Entretanto, a comunidade não deve ficar apavorada e fazer compras em grandes quantidades como forma de prevenção. Isso porque a reportagem visitou e conversou com os responsáveis por outros mercados localizados pelo município gramadense.
Em três estabelecimentos localizados no bairro Floresta, todos tinham verduras, frutas e legumes. Apenas produtos pontuais estavam em falta. Nos locais também havia itens básicos de consumo, que pertencem a cesta básica.
“Nos surpreendemos com o movimento, pois tínhamos estoque para dois meses e acabou em dias. Até terça-feira (7) estávamos mais defasados, devido a impossibilidade de vinda de fornecedores de Sapiranga, por exemplo. Mas conseguimos comprar com outras distribuidoras. Alguns itens ainda chegam em pouca quantidade, como leite e água mineral, mas acreditamos que até o final de semana já normalize”, relata a profissional que trabalha no Dia a Dia.
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