Mais de R$ 100 milhões. Esse é o valor estimado para a reconstrução das áreas atingidas pelas chuvas, em Gramado, conforme o Executivo municipal.
Os prejuízos estruturais da tempestade vão desde áreas de deslizamentos e quedas de árvores em estradas, até a casas totalmente destruídas. São 188 pontos atendidos desde o início deste mês pelas equipes técnicas da Prefeitura, com 24 áreas evacuadas e mais de 1,5 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Com as chuvas que não dão trégua por mais de dois dias seguidos, as movimentações de massa continuam e acabam se agravando. O Piratini e o Loteamento Orlandi são exemplos, bem como a área da Rua Emílio Leobet, entre os bairros Dutra e Avenida Central, que engloba também a Rua Gil.
Além disso, outros locais que estavam com obras recentemente finalizadas precisarão ser reparadas, como o asfalto na Linha São Roque.
A declaração de situação de calamidade, no dia 3 de maio, é um facilitador para a contratação de empresas que possam resolver os problemas. O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, afirma que uma empresa de Santa Catarina iniciará um trabalho em Gramado, que envolve o diagnóstico, projeto e obra. A primeira área de atuação será na Emílio Leobet, também conhecida como “Estrada Velha”.
Com o aumento das despesas e queda na arrecadação, em função da baixa movimentação turística, Nestor projeta um “descontrole de caixa”. “Estamos com uma arrecadação em praticamente zero e ainda tendo essas obras que precisam ser realizadas, máquinas terceirizadas que estão trabalhando para desobstruir estradas”, aponta.
O prefeito cita que adquiriu R$ 200 mil em materiais de construção para consertos de casas danificadas e mais R$ 150 mil foram empenhados para equipar a Defesa Civil.
“Cada dia é um dia. Estamos aguardando as respostas do governo federal dos projetos que serão aprovados, e aguardando que o Estado consiga acenar com alguns recursos. Estamos revendo o orçamento e aguardando a retomada do turismo”, reforça.
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