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SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

CATÁSTROFE NO RS: Sindicatos fecham acordo para flexibilização trabalhista em Gramado; entenda o que muda

Intuito das medidas é preservar os empregos na cidade, que está com o turismo prejudicado em função da situação climática do Estado

Mônica Pereira
Publicado em: 14/05/2024 às 17h:25
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Depois de análises de propostas e contrapropostas, os sindicatos que representam empresários e trabalhadores da hotelaria e gastronomia de Gramado chegaram a um acordo para flexibilização de leis trabalhistas. Com o turismo praticamente zerado, em função da situação climática que o Estado vive, o intuito das medidas é preservar os empregos.

Turismo em Gramado está em situação delicada, por causa da catástrofe climática que atinge o Estado



Turismo em Gramado está em situação delicada, por causa da catástrofe climática que atinge o Estado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

“Precisamos olhar além das chuvas e dos alagamentos. A preocupação reside, também, na falta de expectativa de retomada do turismo no RS no curto prazo. Os efeitos já são visíveis”, atesta o presidente do Sindtur Serra Gaúcha, Claudio Souza, representante do setor patronal.

Entre as ações acordadas com o Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado (Sintrahg) está a antecipação de férias, com pagamento de 25% no início desse período. Além disso, agora há a possibilidade de antecipar folgas de todos os feriados do ano, inclusive, de forma retroativa a partir do dia 1º de maio.

Os empresários também podem fazer a suspensão do contrato de trabalho na modalidade de bolsa de qualificação pelo prazo de 60 dias, com recomendação de pagamento de ajuda compensatória de 25% do salário-base do trabalhador.

O presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, cita que foi fundamental a persistência do sindicato para melhorar os itens do acordo, como a diminuição de 90 para 60 dias de suspensão do contrato de trabalho e o pagamento de parte das férias já no começo no período.

“Agora vamos fiscalizar para evitar que existam demissões indevidas no nosso segmento. Não podemos aceitar que tenham como razão a situação da calamidade. Se há calamidade, mais se justifica manter as pessoas nos seus empregos, porque isso vai passar e a economia precisa voltar ao normal o mais rápido possível”, aponta.

O Sindtur já havia definido um acordo, na última semana, com o sindicato laboral de Canela, que abrange também as cidades de São Francisco de Paula e Nova Petrópolis. “Fizemos um trabalho muito forte de negociação, sabíamos que seria este o caminho para nosso setor ter um norte. Agora, vamos trabalhar para que o nosso turismo retome sua força na região”, pondera a executiva do Sindtur, Lisa Gottschalk.

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