TEMPESTADE

CATÁSTROFE NO RS: Moradores de Gramado voltam a ser retirados de casa por risco de deslizamentos

Isolamento e evacuação de parte do bairro Três Pinheiros aconteceu na tarde desta quarta-feira (1º); episódio semelhante ocorreu há pouco mais de cinco meses

Publicado em: 01/05/2024 17:11
Última atualização: 01/05/2024 17:42

A cena dos moradores do bairro Três Pinheiros, em Gramado, sendo retirados de casa por risco de deslizamentos de terra volta a se repetir pouco mais de cinco meses depois. Na tarde desta quarta-feira (1º), a Defesa Civil da cidade interditou residências que ficam próximas da perimetral.

 

Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Moradores se recusam a sair das residênciasMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL

 

O grande volume de chuva que está atingindo o Estado nesta semana preocupa as equipes de segurança, pois a área está em monitoramento desde o final de novembro de 2023, quando episódio semelhante foi registrado. Conforme a Prefeitura de Gramado, a medida é uma ação emergencial, com o intuito de preservar vidas.

Segundo estudo do local, realizado pela empresa Azambuja Engenharia e Geotecnia, contratada pelo Executivo de Gramado, a área de risco na encosta do bairro Três Pinheiros está chegando perto da capacidade limite de absorção de água.

“Estamos fazendo a retirada dessas pessoas por cautela e de forma preventiva. Será por um curto período até que volte à normalidade”, explica do coordenador da Defesa Civil da cidade, Cássio Júnior. De acordo com ele, o trabalho de campo ainda é realizado e, por isso, não é possível informar o número de moradores impactados com a medida.

Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL
Perimetral, no bairro Três Pinheiros, é uma das áreas monitoradas em GramadoMônica Pereira/GES-ESPECIAL

No bairro, os residentes estão sendo notificados e precisam assinar um termo afirmando que estão cientes da situação de risco. Alguns dizem que continuarão nas casas. Neste primeiro momento, de acordo com Cássio, as residências localizadas na área mapeada como mais crítica é que receberam os avisos. A Brigada Militar acompanhou o trabalho.

Conforme o coordenador, seguindo os estudos, o trecho em que há maior possibilidade de movimentação de massa é entre a rótula da perimetral até as proximidades da escadaria do bairro. “Queremos salvar vidas e estamos notificando para que não aconteça nada e para que os moradores tenham tempo hábil de sair”, reforça, salientando que as equipes estão em intenso ritmo de trabalho para garantir a segurança da comunidade.

Juliana Klement é uma das moradoras que se opõe a deixar a casa em que mora. “Já tive que sair naquela época e não quero sair de novo. Não fizeram nada nesse meio tempo”, destaca, afirmando que teve prejuízo financeiro na época, pois tem inquilinos no terreno.

Um deles é Uanderson Clayton, que está há três meses no local. “Não tenho para onde ir”, aponta.

Alan Corrêa é morador do bairro Três Pinheiros, em Gramado Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Na mesma rua, mas em uma área não considerada de risco para evacuação neste momento está a família de Andreza Barcellos, de 30 anos, e do Alan Corrêa, de 33. Eles estão na residência desde o início deste ano e contam que sabiam da situação que ocorreu meses atrás. “Por enquanto está tranquilo aqui, a gente não vai precisar sair, mas temos receio”, conta a auxiliar de saúde bucal. O casal afirma que percebeu a queda de árvores nas últimas horas. 

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