15 PONTOS
CATÁSTROFE NO RS: Gramado divulga mapas com áreas de risco e locais evacuados; confira
Prefeitura de Gramado divulgou no final da tarde de sexta-feira (10), os 15 pontos da cidade que precisaram ser evacuados ao longo da última semana
Última atualização: 12/05/2024 21:06
A Prefeitura de Gramado divulgou no final da tarde de sexta-feira (10), os 15 pontos da cidade que precisaram ser evacuados ao longo da última semana. Nos mapas, constam as casas e edifícios que foram interditados pela Defesa Civil, assim como a classificação por nível de risco.
Os espaços foram definidos nas cores verde, amarela e vermelha.
Na área verde, o risco é considerado baixo. Qualquer registro de alteração no solo durante os monitoramentos, moradores serão alertados pelas equipes da Defesa Civil municipal.
Nas amarelas, o risco é moderado. Os moradores devem evacuar as residências, mas podem acessar as estruturas para retirada dos seus pertences, sem poder permanecer.
Por fim, nas vermelhas, o perigo à vida é elevado e os residentes devem evacuar imediatamente as residências, sem possibilidade de acesso às estruturas em virtude do risco iminente de colapso.
Cada mapa possui a data de elaboração na sua legenda e pode sofrer alteração conforme critérios técnicos e a precipitação de chuva. As equipes têm analisado de forma diária os locais, para entender os deslizamentos de terra e erosão do solo, com rachaduras.
A divulgação das cartas georreferenciais ocorre após mapas serem compartilhados em redes sociais, através de grupos. A Prefeitura de Gramado ressalta que as únicas imagens confiáveis são as publicadas oficialmente via Executivo.
"Em razão dessas chuvas em excesso, optamos por disponibilizar os mapas de todas as localidades. Percebemos a circulação de mapas no WhatsApp que estão desatualizados", comenta a procuradora-geral Mariana Reis.
Os moradores desalojados ainda devem procurar o pavilhão da Igreja São José Operário, na Rua Tristão Oliveira, nº 397.
Como estão as áreas
"Numa decisão técnica e afim de dar a informação e ser transparente, pedindo a compreensão da comunidade, elaboramos os mapas daqueles bairros que existe uma situação mais complexa, para a pessoa se sentir mais segura e saber o que fazer", reitera a secretária do Meio Ambiente Cristiane Bandeira.
"Estamos com equipes técnicas indo nessas demandas conforme somos chamados, e dentro de um critério que observa a movimentação no solo, ruptura no solo, vegetação que se move, a estrutura da edificação com rachaduras, identificamos casa a casa nos mapas. Se tua casa não está pintada em amarelo ou vermelho, fique tranquilo", complementa a responsável pela pasta ambiental.
A Linha Ávila e a Linha Ávila Alta possuem áreas tanto classificadas como verdes, quanto vermelhas. Na Linha Ávila Baixa, os terrenos são divididos entre moderado e elevado. São pelo menos oito residências evacuadas, sem possibilidade de buscar os pertences, e cinco que também devem sair de casa, mas podem entrar para retirar documentos e itens pessoais.
O bairro Três Pinheiros passou novamente a ter predomínio de alto risco, com poucas áreas em verde e amarela.
No Piratini, a situação é preocupante. As casas localizadas na Henrique Bertoluci, na Afonso Oberherr e Guilherme Dal Ri devem sair de casa imediatamente, pelos altos riscos. Na Getúlio Vargas, também devem evacuar a localidade.
Já o Condomínio Alphaville, também que possui monitoramento permanente, foi classificado como de baixo risco, com exceção de alguns imóveis afetados pela movimentação de solo.
O bairro Avenida Central, próximo da Avenida das Hortênsias, nas proximidades de Canela, também registrou erosão de solo e prédio com moderado perigo. A área de encosta apresentou rachaduras devido às últimas chuvas.
No bairro Várzea Grande - Famastil, apenas um imóvel está com classificação vermelha. O restante das proximidades tem baixo risco.
A Linha Quilombo, onde uma pessoa faleceu e houve desmoronamento de terra atingindo diversas casas, encontra-se como de elevado risco.
O Altos da Viação Férrea foi classificado como área verde. Entretanto, seis residências têm necessidade de evacuação, com os moradores podendo retirar seus pertences pessoais.
Na Linha Moreira, há um casa interditada.
No Loteamento Orlandi, que é afetado por movimentações no solo desde novembro do ano passado, divide-se entre residências com baixo, médio e elevado risco. São 16 residências como de altíssimo risco e 29 com chance moderada de colapso.
No Loteamento Wiltgen, a delimitação do terreno também se divide entre médio e alto riscos.
Na Linha Pedras Brancas, onde seis pessoas morreram soterradas, os imóveis dividem-se entre baixo e alto risco.
Por fim, na área central, um edifício na Rua Dr. Carlos Nelz está classificado como de elevado risco. Na Garibaldi, quatro imóveis foram interditados e tiveram que sair de casa. Outros cinco foram classificados como de baixo risco.